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palavras-chave: 4º trimestre é morno para educacionais? Os motivos para olhar balanços do setor; invistaja.info;
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ListenToMarket: 4º trimestre é morno para educacionais? Os motivos para olhar balanços do setor – Áudio gerado às: 15:50:56
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O pontapé inicial para a temporada de balanços do quarto trimestre de 2023 (4T23) do setor educacional da B3 será dado pela Yduqs (YDUQ3) nesta quinta-feira (14) depois do fechamento do mercado. Apesar de ser visto como um trimestre usualmente com menos novidades do âmbito operacional dado o ciclo de admissão, analistas citam motivos para acompanhar o setor nesta temporada. Entre os destaques, Yduqs e Cogna (COGN3) devem apresentar números positivos, com manutenção do forte desempenho observado nos primeiros três trimestres de 2023. A razão do otimismo é o sólido volume de admissões de alunos.
O quarto trimestre, no entanto, costuma sofrer com a sazonalidade para as empresas do ensino superior e será o momento, de acordo com o Itaú BBA, que investidores poderão monitorar taxas de desistências dos alunos.
“Devido ao menor volume de matrículas, os 4º trimestres tendem normalmente a apresentar poucos destaques, uma vez que refletem os números de captação dos 1Ts e 3Ts. Na nossa visão, as empresas poderão se beneficiar do cenário positivo trazido pelos fortes ciclos de captação durante o ano de 2023, com melhorias na comparação anual na receita e, em alguns casos, nas margens”, aponta o Research da XP.
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Os números deverão apresentar também o ciclo de admissões do primeiro trimestre de 2024 e o BBA tem expectativa de que o ciclo seja marcado por volumes elevados, em especial no segmento presencial. Outra projeção do banco é que as companhias apresentem ajustes nos preços nos cursos presenciais, uma vez que os cursos do segmento digital seguem com cenário muito competitivo e não comportam aumento de preços no momento.
Também na visão do Morgan Stanley, o 4T23 é um trimestre menos relevante para as operações. “No entanto, argumentamos que é importante ficar atento aos resultados por três razões principais: (i) as operações com ações por parte de alguns investidores, principalmente locais, são muito orientadas pelos resultados, (ii) as ações de educação são particularmente mais voláteis entre as small caps, sendo assim importante acompanhar esses eventos, e ( iii) as empresas costumam dar sinalizações importantes sobre a evolução das captações do 1T24 — o mais importante catalisador do ano”, avalia o banco.
Confira o que esperar para os resultados das maiores companhias do setor:
Yduqs (YDUQ3)
A Yduqs (YDUQ3), que apresentará seus dados em 14 de março, deverá apresentar fortes números de admissão no segmento digital, de acordo com análises da XP e do BBA. O avanço deverá seguir o guidance (orientação da companhia para o período, em inglês) de crescimento de 10 a 20% em 2023, na comparação anual. A receita líquida consolidada deverá ficar em R$ 1,2 bilhões para o trimestre, com crescimento na unidade de negócios digital, para o BBA e o BofA. O avanço da frente digital poderá impulsionar maior alavancagem operacional e levar o Ebitda ajustado consolidado para R$ 345 milhões, na projeção do BBA. O valor seria 10% superior ao visto no ano anterior, dentro do guidance da companhia de expansão de Ebitda de 5 a 15% ao ano. Na visão da XP, o Ebitda ajustado deve ficar mais próximo do limite superior da orientação fornecida no último trimestre, auxiliado por melhorias na margem ano após ano à medida que os cursos digitais e premium ganham relevância na mistura de receitas. A companhia deverá ser o destaque da temporada, segundo a corretora.
Ânima (ANIM3)
Ânima deverá apresentar desempenho sólido nos segmentos de negócios Digital e Inspirali, mas os resultados da vertical Core devem pesar no balanço, segundo o BBA. Como o grupo reduziu as bolsas de estudo oferecidas, há expectativa de queda nas taxas de retenção e expansão limitada no número de estudantes, na comparação anual, seguindo a tendência dos últimos trimestres. O banco estima receita líquida de R$ 902 milhões para o ano de 2023 e sustenta que inciativas de otimização de despesas administrativas devem impulsionar forte expansão de margem.
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“Vemos Ânima como a principal oportunidade de reclassificação após o resultado, já que margens fortes devem sustentar uma relação de alavancagem estável, mesmo com a queima sazonal de caixa no 4T”, considera o BofA.
Cogna (COGN3)
A XP estima que a Cogna apresentará resultados ligeiramente positivos, com aumento de receita líquida na comparação anual impulsionado pelo crescimento da Vasta e da Saber. Para o BBA, a companhia deverá ser impactada positivamente por mais um trimestre positivo da subsidiária Kroton, impulsionado pelo crescimento da receita de admissões no período, segundo o BBA. As projeções positivas do banco seguem, com expectativa de crescimento anual da Saber, favorecida por sazonalidade para o programa PNDL (Programa Nacional do Livro Didático). O programa avalia e distribui obras didáticas, pedagógicas e literárias para escolas públicas e a subsidiária da Cogna detém as principais editoras que fornecem materiais didáticos no PNDL.
A Vasta deverá apresentar melhoria na rentabilidade do trimestre em razão de ampliação de produtos de assinatura, mudança para produtos mais premium dentro do portfólio e crescimento de soluções complementares, com margens mais altas. A subsidiária deverá ter receita líquida total de R$ 551 milhões, com margem Ebitda ajustada de 42% no trimestre. A projeção do banco para a receita líquida consolidada do grupo Cogna é R$ 1,8 bilhões, com melhoria na rentabilidade em todas as unidades de negócio impulsionando a margem Ebitda recorrente em 1 ponto percentual, para 28,8%.
Cruzeiro do Sul (CSED3)
A Cruzeiro do Sul apresentará crescimento de receita no quarto trimestre, de acordo com a análise do BBA, motivada pela admissão mais forte no segmento de educação à distância. A expectativa do banco é de taxas de desistência controladas e boas taxas de renovação para divisão presencial. A expectativa da XP é de resultados ligeiramente positivos, impulsionados por números de admissão tanto no campus quanto no ensino digital. A projeção de receita líquida é de R$ 598 milhões, pelo BBA, com maior investimento em despesas de marketing impactando a rentabilidade. O investimento, porém, deve ser compensado por despesas PDA mais baixas, conforme analisa o banco.
Ser Educacional (SEER3)
O desempenho forte, como visto no terceiro trimestre de 2023, deverá ser mantido na Ser Educacional, tanto no segmento híbrido quanto EaD, para o BBA. A XP projeta resultados ligeiramente positivos, com possibilidade de crescimento da receita total na comparação anual pelos ciclos sólidos de admissão apresentados. A projeção do BBA é de receita líquida consolidada de R$ 478 milhões para o trimestre, com ganhos contínuos de eficiência graças a iniciativas de otimização. A expectativa é que os ganhos compensem as despesas PDA mais elevadas, esperadas em razão de ambiente macroeconômico visto pelo banco como desafiador. O Ebitda ajustado deverá ficar em R$ 89 milhões, segundo o BBA, com margem de 18,5%. Para a XP, o lucro líquido ajustado ficará em R$ 13 milhões, prejudicado por despesas financeiras líquidas.
Vitru
Por fim, a Vitru, que deve em breve migrar ações da Nasdaq para a B3, deverá apresentar trimestre positivo, por sólido volume de admissões, na comparação anual, em especial no segmento digital. A projeção é que a Vitru apresente dinâmicas favoráveis no tíquete médio tanto na Uniasselvi quanto na Unicesumar. Espera-se uma receita líquida consolidada de R$ 494 milhões. Em termos de rentabilidade, o aumento da alavancagem operacional provavelmente será contrabalançado por um aumento nas despesas PDA devido ao ambiente macroeconômico mais desafiador, resultando em uma margem de Ebitda ajustada de 31,1%, uma redução de 1,2 ponto percentual em relação ao ano anterior.
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REFLEXÃO: Rich Greifner, da Motley Fool: Pense a longo prazo, seja paciente e busque por retornos assimétricos.
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