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Lucro da M.Dias Branco cai 21% e da Enauta tem baixa de 68,7% no 4º tri; BBA tem recomendação neutra para Gol e mais destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta quinta-feira (1)

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Edição MarketMsg e invistaja.info

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CMIG4 | EV/EBIT: 6.4 | DY: 0.0464 | P/L: 6.91 | Div.Brut/Pat.: 0.86 | ROE: 0.1639 | PSR: 0.784

BRASIL | invistaja.info — O noticiário corporativo é bastante movimentado na sessão desta quinta-feira (1). A indicação do novo presidente do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro, foi aprovada em reunião realizada na terça-feira pelo Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade (Corem). Ele foi indicado pela União para substituir André Brandão, que comunicou sua renúncia em março.

Já na temporada de resultados, a fabricante de alimentos M.Dias Branco apresentou lucro líquido de R$ 209,0 milhões no quarto trimestre do ano passado. O resultado representa queda de 21,1% na comparação com igual período de 2019, quando a empresa reportou lucro líquido de R$ 264,9 milhões. Enquanto isso, o lucro líquido da Enauta totalizou R$ 124 milhões em 2020, 32,6% inferior ao lucro registrado em 2019. No quarto trimestre, a companhia contabilizou lucro de R$ 38,2 milhões, queda de 68,7%.

No radar de recomendações, o Itaú BBA iniciou cobertura para a Gol com recomendação equivalente à neutra. Confira os destaques:

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Banco do Brasil (BBAS3)

A indicação do novo presidente do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro, foi aprovada em reunião realizada na terça-feira pelo Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade (Corem). Ele foi indicado pela União para substituir André Brandão, que comunicou sua renúncia em março.

Em manifestação em separado de seus votos, os membros do comitê Cibele Castro, Luiz Serafim Spinola Santos e Paulo Roberto Evangelista de Lima alertam que “a atuação deste Comitê, no particular, não deveria ser o de exclusivamente verificar a conformidade do processo, o atendimento aos requisitos legais ‘objetivos’ e a ausência de vedações, mas também o de apreciar ‘requisitos subjetivos’”.

E prosseguem em tom crítico. “Em nossa visão, tendo em conta que o indicado exercerá a função de principal executivo da companhia, cumulativamente à de membro do Conselho de Administração, caberia ao Corem ir além de uma análise burocrática, de forma a realizar juízo crítico acerca da aderência do perfil do candidato aos cargos para os quais foi indicado. Tal prática estaria melhor alinhada ao hígido e já usual processo interno da companhia para avaliação, preparação e seleção de seus futuros executivos, no qual a cultura da meritocracia vem sendo priorizada e valorizada”.

Com isso, acrescentam os membros do Corem, “negligenciar ou relegar a segundo plano o papel do Conselho de Administração na seleção e aprovação do principal executivo da companhia, como no presente caso, equivale a reduzir o Conselho a um mero homologador, o que não se coaduna com as Leis 6.404/1976 e 13.303/2016, tampouco com os manuais e códigos de melhores práticas de governança corporativa globalmente reconhecidos. Para enriquecimento do processo de escolha, por exemplo, poderia o controlador ter se valido de empresa especializada em recrutamento de executivos para a indicação do Presidente, ou mesmo envolvido o Conselho de Administração na proposição ou avaliação de potenciais candidatos”.

Petrobras (PETR3;PETR4) 

Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) têm cinco dias úteis para analisar se vão pedir a suspensão da venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) pela Petrobras ao Mubadala, fundo financeiro dos Emirados Árabes, anunciada no último dia 24. A medida tem como objetivo evitar “prejuízo ao interesse público”, como afirmou em plenário o ministro Walton Alencar, na última quarta-feira, 31.

O TCU questiona o valor de US$ 1,65 bilhão fechado com o Mubadala, que estaria abaixo do preço de mercado, de US$ 3,04 bilhões, definido pela própria Petrobras.

“Recebi Ofício do Subprocurador-Geral, Lucas Rocha Furtado, ressaltando a recente decisão do conselho de administração da Petrobras em vender a Refinaria Landulpho Alves (Rlam) a preços abaixo de seu valor de mercado”, disse o ministro, na sessão de ontem.

Questionada, a empresa enviou ao tribunal as justificativas por que seu conselho de administração e refinaria aprovaram a venda da refinaria abaixo desse valor. Com os documentos em mãos, o ministro repassou à área técnica a responsabilidade de analisar definitivamente o caso.

“Ante o risco de conclusão do negócio antes que este Tribunal possa se debruçar sobre a matéria, com possível prejuízo ao interesse público, bem como considerando as consequências que essa decisão possa carrear para a venda das demais refinarias, entendo fundamental determinar que a Unidade Técnica submeta a este Relator, em 5 dias úteis, análise conclusiva a respeito da necessidade ou não de concessão de cautelar para a suspensão da alienação em andamento”, afirmou o Alencar, em plenário.

Desde que as negociações com o Mubadala foram concluídas, o valor de US$ 1,65 bilhão, a ser pago pelo fundo, tem sido questionado pelo mercado. O Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) estimou a Rlam em US$ 3 bilhões. Enquanto analistas do banco BTG Pactual disser que o total a ser pago pelo ativo está 35% abaixo do limite inferior projetado por eles. A XP Investimentos avalia que, com esse dinheiro, a Petrobras vai conseguir atingir uma parcela muito pequena das suas metas financeiras.

Vale (VALE3) e siderúrgicas

Os futuros do vergalhão de aço e do minério de ferro na China avançaram nesta quinta-feira, apoiados por expectativas de maior demanda em meio a indicadores econômicos positivos e esforços do governo chinês para estimular o consumo. As vendas de escavadeiras nos primeiros dois meses de 2021 saltaram 149% frente ao mesmo período do ano anterior, segundo notícias na mídia estatal, sugerindo um setor de infraestrutura em alta.

Enquanto isso, o ministério da indústria e outros departamentos emitiram em conjunto um comunicado encorajando vendas de veículos elétricos em cidades menores e áreas rurais. Os futuros do minério de ferro na bolsa de commodities de Xangai DCIOcv1 também recuaram, com o contrato mais ativo, para maio, avançando 1,2%, para 1.104 iuanes por tonelada.

M.Dias Branco (MDIA3)

A fabricante de alimentos M.Dias Branco apresentou lucro líquido de R$ 209,0 milhões no quarto trimestre do ano passado. O resultado representa queda de 21,1% na comparação com igual período de 2019, quando a empresa reportou lucro líquido de R$ 264,9 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) atingiu R$ 192,2 milhões, recuo de 33,5% frente aos R$ 289,2 milhões do quarto trimestre do ano anterior. A margem Ebitda ficou em 11,3%, ante 17,1% de um ano antes, retração de 5,8 pontos porcentuais. A alavancagem da empresa (relação entre dívida líquida e Ebitda) ficou em 0,4 vez, ante 0,8 vez reportada em igual período do ano passado.

A receita líquida subiu 0,4% na mesma base comparativa, alcançando R$ 1,702 bilhão ante R$ 1,694 bilhão do quarto trimestre de 2019. Do montante total, R$ 45,9 milhões vieram da receita com vendas externas – alta de 201,3% na comparação anual.

A variação positiva da receita é atribuída pela companhia ao aumento de 18,9% no preço médio dos produtos, que foi suficiente para compensar a queda de 15,5% do volume de vendas no período. “Observamos desaceleração do nosso crescimento, fruto do arrefecimento da demanda e dos reajustes nos preços, especialmente na região de defesa (Norte e Nordeste)”, destacou a M. Dias em comunicado divulgado para imprensa e investidores.

O resultado da M. Dias Branco interrompe um ciclo de quatro altas consecutivas no lucro líquido. Já a receita cresceu pelo quinto trimestre seguido.

A companhia, assim como outras empresas do setor de alimentos, teve o desempenho nos três primeiros trimestres do ano passado impulsionado, em parte, pelo aumento na demanda doméstica por seus produtos, uma vez que as medidas de isolamento social resultaram no fechamento de food service e exigiram mais refeições em casa. No quarto trimestre, contudo, o desempenho do setor arrefeceu diante da retração no consumo de produtos derivados de farinha de trigo.

Em comunicado, a M. Dias aponta que seus resultados trimestrais foram afetados negativamente pela elevação dos custos dos insumos cotados em dólar, diante da desvalorização do real ante a moeda norte-americana – especialmente das duas principais commodities utilizadas na sua produção, trigo e óleo de palma.

Enauta (ENAT3)

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O lucro líquido da Enauta totalizou R$ 124 milhões em 2020, 32,6% inferior ao lucro registrado em 2019. No quarto trimestre, a companhia contabilizou lucro de R$ 38,2 milhões, queda de 68,7%.

A receita do quarto trimestre apresentou queda de 53,8% na base anual, para R$ 186,9 milhões, principalmente em funçãoda redução da produção do Campo de Atlanta. No período, a produção foi realizada por meio de um poço durante 60 dias e teve a produção interrompida nos demais dias. A receita do Campo também foi impactada pela queda do preço da commodity, parcialmente compensada pelo efeito positivo do ganho cambial.

Na comparação anual, a receita registrou queda de 15%, para R$ 945,4 milhões, refletindo principalmente a quedade produção do Campo de Manati, em função do declínio natural do Campo. “A redução da receita no Campo de Atlanta em 2020 se deve ao Brent médio de venda no período, que apresentou queda de 33,8% em relação ao ano de 2019, efeito compensado pela valorização do dólar médio de 34,4% no mesmo período, variando de uma média de R$ 4,00 ao longo doano de 2019 para R$ 5,20 no mesmo período em 2020. Também em 2020, a companhia registrou R$ 71,5 milhões referentes ao exercício das opções de venda, em comparação a um montante negativo de R$ 2,2 milhões em 2019”, destacou a companhia em seu release de resultados.

Gol (GOLL4)

O Itaú BBA iniciou cobertura para as ações da Gol com recomendação marketperform (desempenho em linha com a média do mercado) e preço-alvo de R$ 24,50 para os ativos GOLL4 e de US$ 9,50 para os American Depositary Receipts (ADRs, ou ações negociadas na NYSE) dos ativos.

As premissas atuais indicam um potencial de aumento limitado de 14%, mas os analistas apontam “estarem prontos para revisar as projeções para cima no caso de uma recuperação mais rápida”.

Os analistas ressaltam que a Gol tem reconstruído gradualmente sua rede após o forte impacto da crise COVID-19 no tráfego aéreo em 2020. Eles destacam que os ventos contrários de curto prazo com a segunda onda da pandemia impedem uma perspectiva mais construtiva para o primeiro semestre, mas o cenário base ainda indica um segundo semestre melhor.

Os analistas apontam que a oferta doméstica da Gol só retornará aos níveis de 2019 em 2022, seguido por uma adição gradual de capacidade a partir de então. “Esperamos que o setor permaneça racional, com todos os participantes buscando recuperar a lucratividade após os desafios de 2020 e do primeiro semestre de 2021 e com perspectivas ainda incertas; no entanto, é importante monitorar a capacidade dos recém-chegados, a adição de capacidade dos atuais players e os sinais de dinâmica de preços agressiva”, avaliam.

Assim, dado que a recuperação do segmento de negócios permanece um ponto de interrogação, a Gol terá que continuar a otimizar os ganhos com os viajantes a turismo, que não foram capazes de compensar totalmente a queda no tráfego no segmento corporativo até agora – uma tendência que deve continuar. Por outro lado, os rendimentos médios foram um tanto resilientes para a Gol.

“A estratégia de frota única da empresa (em busca constante de aumento da utilização da aeronave), o plano de transformação da frota atual e o controle rígido de custos / despesas continuarão a ser os principais impulsionadores para alcançar o CASK [ custo operacional dividido pelo total de assentos-quilômetro oferecidos]  mais baixo entre os pares e recuperar a lucratividade”, avaliam.

Quanto ao endividamento, os analistas apontam que a empresa tem adotado diversas medidas para preservar o caixa e fortalecer a liquidez, o que será vital para enfrentar a crise. Por outro lado, alguns desembolsos ocorrerão à medida que as operações se recuperarem junto com a melhora da demanda, apesar de alguns ganhos de eficiência em curso.

“Projetamos que a relação dívida líquida / Ebitda encerrará 2021 em 11,5 vezes, significativamente abaixo do nível de 2020, com quedas graduais a partir de então para 5,9 vezes em 2022 e 4,4 vezes em 2023. Não desconsideramos o potencial da GOL acessando o mercado de capitais novamente no próximo futuro, dada a queima de caixa relacionada à pandemia repentina em 2020, ventos contrários de curto prazo com a segunda onda de COVID-19, perspectivas ainda incertas à frente e desembolso de caixa na incorporação da Smiles”, ressaltam.

Cielo (CIEL3)

A Cielo informou na quarta-feira que concluiu a venda dos direitos da plataforma de processamento e ao autorizador de transações desenvolvidos pela empresa para a bandeira Elo por R$ 380 milhões.

A transação acertada com a própria Elo Serviços, deduzida de valores reconhecidos como receitas de licenciamento, de R$ 187,5 milhões, acrescida de atualização monetária, e líquida da baixa de custos residuais de desenvolvimento e efeitos fiscais, “produzirá um efeito inicialmente estimado em R$ 75,9 milhões e será lançada no resultado do primeiro trimestre”, informou a Cielo.

Copasa (CSMG3)

A Copasa MG (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) comunicou que a Arsae MG (Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais) divulgou os resultados sobre audiências públicas que discutiram metodologias para a reconstrução das tarifas da Copasa MG e da Copanor no próximo ciclo tarifário.

A Copasa diz que vai analisar o material e, possivelmente, se manifestar. A próxima etapa do processo, que compreende a definição da metodologia para os reajustes anuais, está prevista para conclusão em 30 de junho. A finalização do processo está prevista para 2 de julho, e a aplicação, para 1º de agosto.

Empresas de saúde

A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) aprovou o reajuste de preços dos remédios a partir desta quinta-feira, 1º de abril. A resolução está publicada em edição extra do Diário Oficial da União que circula desde a noite desta quarta-feira. 31. Segundo o texto, o ajuste máximo de preços permitido chega a 10,08%. A resolução traz três porcentuais máximos, de acordo com a classe terapêutica dos medicamentos: 10,08% (nível 1); 8,44% (nível 2); 6,79% (nível 3).

No último dia 15, a CMED já tinha definido em 4,88% o Fator de Ajuste de Preços Relativos entre Setores, denominado Fator Y, que é um dos itens considerados para se chegar ao índice de ajuste dos preços ao consumidor. Além disso, são levados também em conta a inflação acumulada em 12 meses, o fator de produtividade repassado ao consumidor (Fator X), já fixado em 3,29%.

As empresas produtoras deverão dar ampla publicidade aos preços de seus medicamentos, por meio de publicações em mídias especializadas de grande circulação. Esse preços não poderão ser superior aos preços publicados pela CMED no Portal da Anvisa.

Atom (ATOM3)

As ações da Atom dispararam 131% na quarta, após a Exame, controlada pelo BTG Pactual, comprar participação de 34,78% na companhia, especialista em publicações e materiais didáticos para o mercado financeiro. Após o acordo, a WHPH Participações e Empreendimentos, que detinha 69,569%, ficará com fatia de 34,78%. No âmbito da operação, ainda foi acertado um acordo de acionistas entre WHPH e Exame, segundo fato relevante mais cedo na quarta.

 

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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REFLEXÃO: Tim Hanson, da Motley Fool: Compre ações impressionantes por preços que não refletem sua grandiosidade.

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