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Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta terça-feira – 6/4

Índices futuros dos EUA têm leve queda após recordes da véspera; dados da China, debate sobre Orçamento continua e mais destaques

Informação para quem vive o mercado

Edição MarketMsg e invistaja.info

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FLRY3 | Liq.Corr.: 1.69 | Div.Brut/Pat.: 1.09 | Cresc.5anos: 0.0938 | PSR: 2.767 | Mrg.Ebit: 0.1645 | EV/EBITDA: 10.72

BRASIL | invistaja.info — A sessão desta terça-feira (6) é sem tendência definida para os principais índices mundiais, com os futuros dos EUA em leve baixa após recorde dos índices à vista na véspera.

No radar dos investidores, estão os dados da China, com o Índice do Gerente de Compras (PMI) Caixin/Markit do setor de serviços indicando crescimento em março, a 54,3 pontos frente 51,5 pontos de fevereiro.

O noticiário sobre o Orçamento de 2021, com os investidores acompanhando o desenvolvimento de um acordo entre o Congresso e o governo seguem no radar do mercado. Na véspera, em evento promovido pela XP e pelo (MarketMsg), Paulo Guedes, ministro da Economia, afirmou que o acordo sobre Orçamento caminha para veto parcial do presidente Jair Bolsonaro. Confira mais destaques:

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1.Bolsas mundiais

Os índices futuros americanos caem na sessão desta terça-feira (6), enquanto as bolsas europeias sobem e os mercados asiáticos fecharam sem direção definida.

Na segunda-feira, os índices americanos Dow Jones e S&P 500 fecharam em altas recordes, após a divulgação de dados positivos sobre desemprego no final da semana anterior.

Na sexta-feira (2), o Departamento de Emprego dos Estados Unidos reportou que a folha de pagamentos, excluindo o setor agropecuário, subiu 916 mil em março, bem acima da expectativa de 675 mil de economistas ouvidos pela Dow Jones e dos 647 mil do consenso Refinitiv.

É o maior crescimento desde agosto de 2020. A taxa de desemprego recuou de 6,2% para 6%, em linha com a expectativa de economistas ouvidos pela Dow Jones.

O otimismo também vem sendo impulsionado pelo forte ritmo de vacinação nos Estados Unidos, que imunizaram em média 3 milhões de pessoas por dia na última semana.

Nesta terça, no entanto, os índices futuros americanos têm tendência de queda. Investidores mantêm-se atentos para o noticiário sobre o pacote de investimentos em infraestrutura de US$ 2 trilhões defendido pelo presidente americano Joe Biden e a sua perspectiva de aprovação.

Biden propõe a elevação do imposto corporativo a 28%. Na segunda, o presidente democrata afirmou que não teme que a elevação afete a economia. O congressista democrata conservador Joe Manchin, da Virgína Ocidental, afirmou que se opõe à alta.

Na Ásia, os mercados fecharam na terça sem direção definida, apesar da divulgação de dados do setor de serviços da China coletados pela pesquisa do Índice do Gerente de Compras Caixin/Markit com o setor privado indicarem crescimento em março, marcando 54,3 pontos, frente aos 51,5 marcados em fevereiro. Qualquer pontuação acima de 50 indica expansão; abaixo, retração.

O índice Nikkei, do Japão, fechou em queda de 1,3%. O Kospi, da Coreia do Sul, teve alta de 0,2%.

Os mercados europeus subiram na quinta pela manhã, após o feriado de Páscoa, com as expectativas globais impulsionadas por dados econômicos positivos nos Estados Unidos e na China.

Todos os setores, com exceção de telecomunicações, têm altas, com destaque para o de recursos básicos, que lidera os ganhos com alta de 2,5%.

O foco do noticiário financeiro europeu é sobre a saída de funcionários de alto nível, e cortes em bônus e dividendos do banco suíço Credit Suisse. O banco anunciou perdas de US$ 4,7 bilhões em decorrência da desalavancagem forçada de mais de US$ 20 bilhões de posições ligadas à empresa de investimentos Archegos, do bilionário Bill Hwang.

O movimento se iniciou na semana retrasada, após a oferta de US$ 3 bilhões em ações da ViacomCBS por meio dos bancos Morgan Stanley e JPMorgan naufragar, levando a forte desvalorização dos papéis. Isso desencadeou uma série de eventos que levou corretores a serviço da Archegos a se retirarem em massa de suas posições, em uma liquidação de ações no valor de mais de US$ 20 bilhões.

A onda vendedora atingiu ações de empresas como Baidu e ViacomCBS, enquanto Nomura e Credit Suisse divulgaram que enfrentam perdas potencialmente significativas devido à sua exposição. Agora, o Credit Suisse diz esperar prejuízos antes de impostos de cerca de 900 milhões de francos suíços, o equivalente a US$ 960,4 milhões.

As apostas de Hwang ainda não estão claras, mas participantes do mercado estimam que seus ativos tenham aumentado de US$ 5 bilhões para US $ 10 bilhões nos últimos anos, e que as posições totais possam superar US$ 50 bilhões. Por isso, a rápida venda de derivativos pela Archegos tem tido tanto impacto sobre mercados globais.

Os investidores também repercutem a divulgação de dados da zona do euro. Às 5h30 foi divulgado o índice de Confiança do Investidor Sentix, relativo a abril, que marcou 13,1 pontos, acima da projeção de 7,5 pontos e do patamar anterior, de 5 pontos. Às 6h, foi divulgada a taxa de desemprego em fevereiro, que marcou 8,3%, resultado pior do que a projeção de 8,1%, e estável em relação ao indicador anterior. Nesta terça, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulga o seu relatório sobre Perspectivas da Economia Global e Estabilidade Financeira.

2. Agenda

Na agenda do dia, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, faz palestras em eventos do FMI e do Itaú. Às 9h, Jair Bolsonaro dá posse a sete ministros.

Entre os indicadores, serão divulgados os PMIs composto e de serviço do Brasil de março, às 10h. Às 11h, é divulgada a oferta de emprego Jolts, relativa a fevereiro nos Estados Unidos. No mesmo horário, é divulgado o índice IBD/TIPP de Otimismo Econômico.

O FMI divulga relatório sobre estabilidade financeira global às 11h30. Já às 14h, Kristalina Georgieva (FMI), David Malpass (Banco Mundial) e Janet Yellen (Tesouro) participam de evento da Reunião de Primavera.

Às 19h, a série de entrevistas Super Lives – 1 ano de pandemia, promovida pelo (MarketMsg) e XP, tem painel com Carlos Brito, CEO da AB InBev.

Assista à íntegra pelo vídeo acima. Veja a lista completa das próximas Super Lives clicando aqui

O Brasil registrou 2.698 novos casos de Covid na média móvel de sete dias, alta de 15% frente à média de 14 dias atrás. Em apenas um dia foram registradas 1.623 mortes por Covid.

As informações são do consórcio de veículos de imprensa que sistematiza dados sobre Covid coletados por secretarias estaduais de Saúde no Brasil, que divulgou, às 20h de segunda, o avanço da pandemia em 24 h.

A média móvel de novos casos em sete dias foi de 63.691, queda de 15% em relação ao patamar de 14 dias antes. Em apenas um dia foram registrados 39.629 casos.

20.023.132 pessoas receberam a primeira dose da vacina contra a Covid no Brasil, o equivalente a 9,46% da população. A segunda dose foi aplicada em 5.595.929 pessoas, ou 2,64% da população. Analistas vêm apontando a velocidade da imunização como um dos fatores a influenciarem a retomada da economia.

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Na segunda, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou a concessão de uma liminar para suspender decreto do governo de São Paulo que proíbe missas e cultos como forma de evitar aglomerações, respondendo a uma ação do PSD. Mendes enviou o caso ao plenário da Corte.

Sua decisão contraria o entendimento do ministro Nunes Marques que, no sábado, havia determinado liminarmente que governadores e prefeitos não poderiam proibir a celebração de atos religiosos, respondendo a uma ação da Anajure (Associação Nacional dos Juristas Evangélicos). Agora, caberá ao plenário dar a decisão final.

O levantamento com dados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) relativos ao período de 1º de março de 2020 a 1º de março de 2021, período que compreende desde o início da pandemia no Brasil, foram registrados 1.040 efeitos adversos em pessoas que usaram hidroxicloroquina.

Isso representa uma alta 306% casos adversos relacionados ao medicamento durante a pandemia em comparação com o ano anterior. Os dados constam do sistema de Notificações de Farmacovigilância da Anvisa, que é alimentado pelos sistemas e profissionais de saúde.

O levantamento foi realizado pelo jornal O Globo e atualizado pela agência internacional de notícias Reuters.Apesar de não haver confirmação científica da eficácia do remédio contra a Covid, ele vem sendo promovido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como tratamento.

Um evento adverso de um medicamento é um problema não relacionado anteriormente nos possíveis efeitos colaterais. No caso da cloroquina, os mais comuns são cefaléia (dor de cabeça forte), dores abdominais, náuseas e taquicardia.

Outro indicador do espalhamento do uso do medicamento é a localização dos registros de efeitos adversos. Enquanto entre 2019 e 2020, 334 dos 340 casos eram do Amazonas onde é usado com mais frequência para tratamento da malária, no período seguinte aparecem casos em 18 Estados, vários deles onde não são registrados casos de malária.

Na segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou novamente que o Brasil “precisa voltar a trabalhar”, e que o desemprego e o vírus são “problemas gravíssimos”. Ao entregar moradias para população de baixa renda em uma cidade do Distrito Federal, Bolsonaro também voltou a defender, indiretamente, o chamado “tratamento precoce” uso de medicamentos sem comprovação científica contra a Covid-19.

Bolsonaro afirmou que irá nesta semana à cidade catarinense de Chapecó para mostrar que “o vírus é grave, mas seus efeitos têm como ser combatidos”.

4. Auxílio emergencial

A Caixa Econômica Federal começa a pagar nesta terça a primeira parcela do auxílio emergencial de 2021. O programa liberará o equivalente a 15% da assistência de 2020. Em 2020, foram autorizados R$ 322 bilhões para o programa, e R$ 293 bilhões foram efetivamente gastos. Pelo Orçamento aprovado pelo Congresso, o teto para a nova rodada do auxílio será de R$ 44 bilhões.

Os primeiros a receberem, já nesta terça, são trabalhadores nascidos em janeiro e que não fazem parte do Bolsa Família. Para aqueles que fazem parte do Bolsa Família, os pagamentos se iniciam em 16 de abril.

Além disso, o jornal Valor Econômico informa que líderes do Centrão aguardam parecer do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre a peça do Orçamento aprovado pelo Congresso para decidir qual caminho tomar. “O TCU é um órgão de assessoramento do Legislativo e pode prestar grande ajuda nesta questão”.

De acordo com o jornal, o bloco político que faz parte da base do presidente Jair Bolsonaro ainda não tem um acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o Orçamento.

Apesar de ter sido aprovado pelo Congresso, o Orçamento não destina recursos suficientes para despesas obrigatórias, e ampliou os gastos com defesa, forças de segurança e emendas parlamentares destinadas a obras nos redutos eleitorais de congressistas. Caso permaneça como está, haveria risco de paralisação da máquina pública, por isso o Orçamento vem sendo chamado de “fictício”, é alvo do Tribunal de Contas da União e passa por novas negociações.

Na semana passada, o relator do Orçamento, Márcio Bittar, havia anunciado cortes de R$ 10 bilhões, com a devolução de emendas parlamentares. Fontes da equipe econômica ouvidas pelo Valor afirmam que conseguiram elevar esse valor para entre R$ 12,5 bilhões e R$ 13 bilhões.

Na segunda, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) acusou a equipe econômica de “mudar o discurso” após contribuir para a aprovação do Orçamento. A fala ocorreu em evento organizado pelo Itaú com investidores.

“Há um impasse hoje [em relação ao Orçamento], mas que definitivamente não foi criado pelo Congresso Nacional. Houve um trabalho feito a quatro, seis ou oito mãos, em que todos concordaram, e agora houve uma mudança de discurso por parte do Ministério da Economia (…) Temos que ter cautela com o discurso porque é fácil, às vezes, dizer que está tudo errado quando se contribuiu para o erro”.

Em evento promovido na segunda pela XP e pelo (invistaja.info) na série Super Lives, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, no entanto: “Não há desentendimento, briga, guerra. Disseram que havia uma guerra do presidente da Câmara [Arthur Lira] com o ministro da Economia ou uma guerra contra o Senado. Não é esse o clima”.

Durante a entrevista, Guedes explicitou o dilema enfrentado pelo governo sobre como agir com a peça orçamentária. De um lado, ele argumenta que o veto total poderia blindar a atual administração de riscos futuros de um enquadramento na Lei de Responsabilidade Fiscal, mas desagradaria parlamentares aliados. Por outro lado, o veto parcial poderia atender melhor os interesses políticos, embora deixe Bolsonaro mais exposto a riscos jurídicos no futuro.

“[O veto parcial] É possivelmente para onde a coisa está indo, porque, de um lado, você tendo um veto completo, estaria 100% blindado juridicamente. Agora, por outro lado, devolvendo apenas um ou outro excesso que é cometido, está, de certa forma, corrigindo, do ponto de vista dos acordos anteriores, mas pode ter algum vício de origem, pode ter ficado alguma subestimação que não é interessante do ponto de vista do governo. O que é politicamente mais conveniente pode ser juridicamente inconveniente, e vice-versa”, disse.

Além disso, Guedes disse esperar que o país chegue à imunização de rebanho contra a Covid-19 em até quatro meses e que, com isso, o impacto econômico gerado pelo agravamento da pandemia no início deste ano seja menor do que o verificado em 2020.

“Acho que esse baque com o recrudescimento da pandemia será menor, a queda será menor e muito mais curta do que a queda anterior, exatamente porque estamos com vacinação em massa, com isso tudo”, afirmou. “Eu espero que em três, quatro meses a gente tenha atingido aquele ponto crítico da imunização de rebanho e que retorno seguro ao trabalho vai acontecer”, acrescentou.

O ministro destacou que o país começou o ano consolidando sua recuperação econômica em V quando há uma forte e rápida recuperação após queda expressiva e que, assim que o pior da pandemia ficar para trás o governo retomará seu programa de trabalho, com reformas e privatizações. Veja mais clicando aqui. 

5. Radar corporativo

A Rede D’Or anunciou a aquisição, por meio de sua afiliada Clínica São Lucas, de 51% do Biocor, hospital de doenças cardiovasculares, localizado em Belo Horizonte (MG). Segundo a empresa, a empresa tem valor de firma de R$ 750 milhões, do qual será deduzido o endividamento líquido.

Já a Gol informou na segunda que a demanda da por assentos em seus voos domésticos em março foi 40,6% menor do que um ano antes, ilustrando a continuada pressão sobre o setor aéreo, diante das medidas de isolamento social para tentar conter a pandemia da Covid-19 no Brasil. Já a oferta de assentos pela companhia foi 39,7% menor, também no comparativo anual. Com isso, a taxa de ocupação das aeronaves diminuiu 1,1 ponto percentual em relação a março de 2020, primeiro mês da pandemia no país, para uma taxa de 71,8%.

Ainda no radar, o Ministério Público Federal decidiu pelo arquivamento de um requerimento do empresário Benjamin Steinmetz que acusava executivos da Vale  de práticas ilícitas, informou nesta segunda-feira a companhia, que agora avalia denunciar o israelense por calúnia e difamação. Ao fim de 2020, o empresário apresentou ao MPF supostas evidências de que a mineradora teria praticado crime de corrupção e tráfico de influencia em atividades relacionadas ao projeto minerário de Simandou, na República da Guiné. “A Vale entende que a decisão do Ministério Público Federal corrobora a lisura e probidade de sua atuação no mercado”, disse a companhia em comunicado nesta segunda-feira.

Já a Dasa define nesta terça-feira o preço por ação de sua oferta subsequente (follow-on), em operação que pode levantar cerca de R$ 5,7 bilhões e levar a companhia para o Novo Mercado.

 

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REFLEXÃO: Rich Greifner, da Motley Fool: Pense a longo prazo, seja paciente e busque por retornos assimétricos.

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