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Edição MarketMsg e invistaja.info
palavras-chave: Gestora volta à carga contra Gafisa (GFSA3) e Tanure antes de nova assembleia; invistaja.info;
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ListenToMarket: Gestora volta à carga contra Gafisa (GFSA3) e Tanure antes de nova assembleia – Áudio gerado às: 17:30:51
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A Esh Capital retomou sua ofensiva para tentar comprovar que o empresário Nelson Tanure tem posição de controle na Gafisa (GFSA3) com mais de 30% de seu capital social, o que teria disparado a poison pill prevista no estatuto da empresa para a realização de uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) nas mesmas condições para 100% dos acionistas (o chamado tag along). Por sua vez, a Gafisa acusa a Esh na Justiça de provocar oscilações atípicas de seus papéis e de difamação.
Em pedido encaminhado à Justiça de São Paulo na semana passada, a qual o (invistaja.info) teve acesso, a Esh, do gestor Vladimir Timerman pede a produção antecipada de provas contra o que chama de uma “intrincada rede de veículos de investimento e estruturas societárias” que beneficiaria Tanure a montar uma posição entre 40% e 50% na Gafisa “sem que qualquer das obrigações inerentes à poison pill fossem adimplidas”. O caso será analisado pela 2ª Vara Empresarial de São Paulo.
Segundo o pedido da Esh, que possui cerca de 15% dos papéis da Gafisa, a produção antecipada de provas é necessária por um princípio de simetria de informações aos acionistas, uma vez que a gestora conseguiu convocar uma nova assembleia geral extraordinária (AGE) de acionista para o dia 10 de fevereiro, em que irá debater se houve ou não disparo da poison pill.
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Vale lembrar que na última AGE, ocorrida em 9 de janeiro, a Esh saiu derrotada de sua tentativa de evitar um aumento de capital da Gafisa e de tentar responsabilizar a administração da construtora por causa de prejuízos recentes.
Na ocasião, o CEO da construtora, Henrique Blecher, citou a necessidade da operação de R$ 78 milhões para o caixa da empresa para fazer frente à forte demanda por capital de giro que o negócio exige. No entanto, o aumento de capital acabou por diluir acionistas que não acompanharam o movimento – entre eles a Esh.
O (invistaja.info) procurou a Gafisa para comentar o caso e ainda não obteve resposta. Também tenta contato com Nelson Tanure, Banco Master, Planner, Trustee e MAM Asset.
Tanure e Gafisa
O empresário Nelson Tanure, controlador da Prio (PRIO3) e da Alliar (AALR3), começou a montar posição na Gafisa em 2019, após o antigo controlador, o investidor sul-coreano Mu Hak You, precisar se desfazer de sua participação de 50,17% na companhia por conta de uma frustrada operação no mercado. Como desenrolar do episódio, Tanure se tornou acionista de referência da Gafisa.
Porém, na visão da Esh Capital, uma gestora que tem uma cultura ativista, Tanure estaria se omitindo, por meio de veículos de investimentos, o tamanho de sua participação na Gafisa. No pedido encaminhado à Justiça, a gestora aponta que existe uma rede entre o empresário e as empresas Planner, Trustee, MAM Asset e Banco Master para ter uma posição acima de 40% na companhia sem ter que realizar uma OPA com tag along ao restante dos acionistas.
Ainda de acordo com a gestora, esse movimento ganhou tração após a ofensiva iniciada por ela contra a administração da Gafisa, que resultou na AGE do dia 9 de janeiro. Nos dias que antecederam a assembleia, as ações da construtora dispararam cerca de 400%, protagonizando o primeiro grande rali da Bolsa em 2023.
Para associar as empresas e Nelson Tanure no mesmo bolo acionário, a Esh aponta que a holding Banvox seria o ponto de encontro entre todos. Segundo a acusação, além de Tanure – que possui debêntures conversíveis em ações da Banvox –, são acionistas dela Maurício Quadrado e Daniel Vocaro, responsáveis por MAM Asset, Trustee e Planner (no caso de Quadrado) e Banco Master, de Vocaro.
“A ocultação de que os veículos e fundos de investimento geridos e/ou administrados por MAM Asset, Trustee e Planner e de interpostas pessoas, físicas ou jurídicas, agem representando o interesse de Nelson Tanure é outra clara violação do direito à informação dos acionistas”, argumentou a Esh.
hotWords: carga nova assembleia contra gestora (gfsa3)
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Gafisa contra-ataca
Também no dia 27 de janeiro, a Gafisa entrou na Justiça contra a Intrag, empresa de administração de fundos do Itaú, que cuida dos fundos da Esh Capital. A construtora acusa a gestora e Timerman de manipulação do mercado. A apuração é da coluna “Radar Econômico”, da revista Veja.
Segundo a reportagem, o escritório Warde Advogados, que representa a Gafisa, alega “atuação temerária dos fundos administrados pela Intrag e geridos pelo Esh tem sido extremamente danosa à imagem e aos negócios da Gafisa, bem como aos investidores”. A Gafisa acusa o gestor de comprar papéis de empresas para provocar oscilações atípicas com o objetivo de que “alguém” lucre.
Por fim, a construtora e membros do conselho de administração também entraram com queixa-crime contra Vladimir Timerman, por supostos crimes contra a honra.
Os membros do conselho de administração também entraram nesta semana com uma queixa-crime contra Timerman por supostos crimes contra a honra – calúnia e difamação –, acusando-o de orquestrar uma campanha difamatória contra a empresa.
Procurado pelo (invistaja.info), Timerman afirma que o processo promovido pela Gafisa e seus executivos é uma tentativa de intimidação. Também contestou a insinuação de que “alguém” teria lucrado com as oscilações. “Quem lucrou foi quem vendeu, eu não vendi as ações, eu comprei mais”, afirma.
O gestor disse que poderia ter acompanhado o aumento de capital da empresa a algo próximo de R$ 5,89 por ação, mas que remontou sua posição pelo valor de face, atualmente em cerca de R$ 12 por ação. “Isso só reforça que o senhor Tanure tem utilizado a companhia para atacar seu próprio acionista”, acrescentou.
Gestora cita Americanas
A Esh Capital utilizou o caso da Americanas (AMER3), que entrou em recuperação judicial após “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões, para reforçar seu pedido à Justiça. Segundo a gestora, a produção antecipada de provas se mostrou necessária no caso da varejista e o é para a construtora.
“O pedido de produção antecipada de provas acima foi deduzido no âmbito do caso da companhia Americanas S.A., que é mais um escândalo de desprezo e violação das obrigações legais e padrões de governa corporativa exigidos no mercado de capitais brasileiro, o que é justamente o mais um exemplo de tudo aquilo que vem sendo denunciado pelo Requerente [Esh] no âmbito da Gafisa”, afirmou.
Também faz correlação do caso com uma emissão de R$ 450 milhões em debêntures conversíveis em ações da Gafisa para compra de terrenos. A gestora acusa a construtora de ter beneficiado Tanure na compra de algumas áreas no Rio de Janeiro.
“Foi nesse contexto que Nelson Tanure fez com que a Gafisa adquirisse terrenos podres de empresa do seu próprio grupo econômico (a Wotan), sem as autorizações necessárias e sem realizar avaliações e auditorias (verdadeiramente) independentes sobre a viabilidade e pertinência da operação”, acrescentou a Esh.
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REFLEXÃO: Tim Hanson, da Motley Fool: Compre ações impressionantes por preços que não refletem sua grandiosidade.
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