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palavras-chave: Light (LIGT3): ação desaba com sinal de alerta; JP não acredita em recuperação judicial, mas está negativo com companhia; invistaja.info;
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ListenToMarket: Light (LIGT3): ação desaba com sinal de alerta; JP não acredita em recuperação judicial, mas está negativo com companhia – Áudio gerado às: 10:20:46
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A Light (LIGT3), que já vem sofrendo na Bolsa, viu sua ação cair 10,14% na sessão da última terça-feira (31), com volume três vezes acima da média diária, acumulando assim perdas de 66% em 12 meses e de 84% frente as máximas de janeiro de 2020. Na abertura desta quarta-feira (1), nova baixa: às 10h05 (horário de Brasília), os ativos caíam 8,14%, a R$ 3,50.
O que desencadeou a forte queda da ação da elétrica foi a notícia de que a empresa contratou a Laplace Finanças para assessorá-la na análise de estratégicas financeiras, visando, principalmente, melhorias em sua estrutura de capital.
O comunicado da Light veio após o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, publicar que a elétrica estava trabalhando em uma reestruturação financeira junto à Laplace em meio à necessidade de financiamento de R$ 3,3 bilhões nos próximos dois anos.
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A Light opera principalmente no segmento de distribuição de energia elétrica, sendo responsável pelo atendimento de toda a região metropolitana do Rio de Janeiro. A empresa sofre, entre outros problemas, com índices elevados de perdas não técnicas, devido a fatores como furtos de energia.
Além disso, um dos principais acionistas individuais da Light é Beto Sicupira, que também é acionista relevante da varejista em recuperação judicial Americanas (AMER3).
Neste contexto, aumentaram os temores de que a companhia possa não conseguir honrar as suas dívidas, o que poderia levar até a um futuro pedido de recuperação judicial ou, ao menos, um follow-on (oferta subsequente de ações). Para o JPMorgan, contudo, isso não deve acontecer – o que também não significa dias tranquilos para a companhia.
Conforme destaca o JPMorgan, a Light encerrou o terceiro trimestre de 2022 (3T22) com um índice de alavancagem de 3 vezes a dívida Líquida sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) nos últimos doze meses, com uma posição de caixa de R$ 4 bilhões e a maior parte da amortização da dívida prevista para 2025-27, ou seja, próxima ao término de sua concessão, em 2026.
Na avaliação do banco, a empresa tem liquidez suficiente para continuar com suas operações e necessidades de amortização da dívida nos próximos dois anos. Os títulos vencem em 2026 e têm o valor citado de R$ 3,3 bilhões.
Adicionalmente, a estratégia do novo CEO, Octavio Lopes (nome que foi bem recebido pelo mercado), é aumentar a geração de caixa e desalavancar, investindo com mais eficiência.
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Sobre o fato de Beto Sucupira, proprietário de 10% de participação na LIGT3, ser acionista relevante da Americanas, os analistas do JP dizem não achar que a elétrica esteja na mesma situação financeira da varejista.
De qualquer forma, os analistas seguem com recomendação underweight (exposição abaixo da média, equivalente à venda) para a ação da Light.
“Em nosso modelo assumimos uma redução no capex (investimentos em capital), mas o Ebitda continua abaixo do parâmetro regulatório com níveis altos de perdas de energia. Como resultado, projetamos uma relação entre dívida líquida e Ebitda da Light acima de 3 vezes para os próximos três anos”, aponta o JP.
A Light, na avaliação dos analsitas, continua sendo uma concessão de distribuição desafiadora, com fundamentos operacionais como perdas comerciais acima de 50% e alta alavancagem financeira, e está sediada em um estado que apresenta desafios macro, políticos e sociais.
“A decisão de não provisionar créditos tributários controversos não foi endossada por seus auditores, colocando outro grande risco em uma história já vacilante”, aponta.
O JP também lembra que a LIGT3 é uma corporação e pode estar sujeita a uma aquisição hostil; qualquer pessoa que adquira mais de 40% da empresa desencadeia a poison pill, ou seja, aciona cláusula do estatutos social da companhia que obriga o adquirente a realizar uma Oferta Pública para aquisição de Ações (OPA) com relação à totalidade de ações de emissão da companhia.
Contudo, os analistas do banco não acreditam que fusões ou aquisições sejam praticáveis sem definição da prorrogação da concessão e/ou rescisão com ressarcimento por investimentos não depreciados.
(com Reuters)
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