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palavras-chave: Fé no pai que o S&P cai: o futuro da economia dos EUA e por que é bom apostar contra a bolsa; invistaja.info;
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Caros(as) Leitores(as),
A economia americana, como sempre, é tema central das discussões sobre os preços de ativos financeiros ao redor do mundo. Verdadeiros exportadores de recessão, o que é um espirro para o “Tio Sam” pode ser uma gripe para o resto do mundo.
No ano passado, os verdadeiros “dissecadores de inflação” que o Brasil criou fizeram com que parte relevante da indústria de gestoras de recursos ganhassem dinheiro com as “falácias” de Jerome Powell e companhia no Federal Reserve (Fed, banco central americano).
O investidor estrangeiro, acostumado com uma inflação que “caía sozinha” e com juros muito baixos por muito tempo, acabou ignorando tamanho estímulo monetário e fiscal gerado ao longo da crise do Covid-19.
Passado esse momento inicial e perseguindo novas oportunidades de embolsar alguns dólares com os comportamentos erráticos do mercado, chegamos à próxima vítima após os juros nos EUA: o S&P 500, mais conhecido como “bolsa americana” nos corredores do Itaim e do Leblon.
Depois de erros absurdos (segundo o mercado) de política monetária, esse trade era óbvio e seria mole compor retorno com ele, certo? Bom, não é assim que a história foi contada até aqui.
O índice já sobe 7,28% em dólares – enquanto escrevo esta coluna – e 1,16% em reais. Para toda alma que escolheu ser vendedor dessa maravilhosa cesta de empresas, dormiu com pesadelos de um homem de cabelos brancos nativo de Omaha dizendo: “Never bet against America”.
Pois bem, o S&P não deveria cair?
Na última temporada de resultados, 80% das empresas do índice surpreenderam as expectativas do mercado com seus números trimestrais. Dentre os destaques, estavam elas, as “ex-queridinhas” big techs.
Podemos mudar a frase “falar é fácil, difícil é fazer” para “falar é fácil, difícil é vender o S&P”. Agora, uma legião de torcedores contra o índice começa a se reunir, todos esperando o dia que as benditas empresas americanas vão ajustar seus preços após tanto aperto monetário, diante de uma constrição de crédito bancário e, certamente, de uma recessão.
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Os dados até aqui, indicam a economia caminhando conforme o esperado pelo Fed. Isso posto, o calo no sapato do seu Jerônimo volta a apertar: o mercado de trabalho.
No último payroll (relatório de empregos americano), tivemos uma criação de postos de emprego muito acima do esperado e, o número de pessoas disponíveis para trabalhar versus o número de vagas segue desfavorável para a condução da desinflação nos EUA: 1,64 pessoas/vaga. Esse número era de 1,70 no mês passado e já foi acima de 2 em seu pico.
Uma melhora marginal? Sim, mas nada que indique normalização no emprego.
Um artigo muito interessante publicado por Cechetti e outros, faz uma análise sobre os custos de promover um processo de desinflação expressiva nos EUA e mais três economias desenvolvidas. Para os interessados (imagino que sejam poucos), o nome é “Managing disinflations” (US Monetary Policy Forum, fevereiro 2023).
Sabendo disso, trago aqui uma reflexão fundamental:
Nos 17 episódios de desinflações expressivas identificados, não há exemplo de processos induzidos pelo Banco Central que não tenham provocado recessão.
A corrida bancária nos EUA, desafios com o teto da dívida americana, tudo isso pode ser catalizador desse processo. Quando olhamos para as expectativas na curva de juros nos EUA, mesmo com o Fed indicando que não irá realizar cortes na taxa basal esse ano, o mercado já espera uma inversão na condução de política monetária.
Ou seja, o mercado espera recessão, e talvez mais aguda ainda. O mercado de trabalho terá de ser ajudado, bancos regionais “saindo do jogo” podem ser o analgésico para essa dor do BC americano.
Talvez a dissolução para a discussão do teto da dívida americana seja uma flexibilização e a retomada em novas emissões. Essa “draga de dinheiro” poderia retirar liquidez dos mercados e ajudar o S&P a recuar.
Enfim, de cafés aqui e acolá, sabemos que a bolsa americana está cara, que a aposta contra é, de certo modo, um consenso e aparenta ser uma boa proteção contra uma recessão mais aguda – o famigerado hard landing. Seja como for, ou quão doloroso: fé no pai que o S&P cai.
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