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IBC-Br de março confirma 1° trimestre de atividade forte, mas analistas ainda veem desaceleração à frente

Início do ano teve influência positiva do setor agrícola e do consumo resiliente, mas aposta agora é de estabilidade nos indicadores

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A queda de 0,15% no Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), divulgada nesta sexta-feira (19), menos intensa do que previa o consenso dos analistas, confirma que a economia brasileira se manteve aquecida no primeiro trimestre, especialmente devido ao setor agrícola e ao consumo da famílias, destacam economistas. No entanto, eles alertam que isso não altera as projeções de uma desaceleração durante o ano.

Rafael Perez, economista Suno Research, destaca que dado veio melhor do que o esperado e que a expansão de 2,4% no trimestre encerrado em março dá indícios de um bom desempenho do PIB no primeiro trimestre de 2023. Além disso, na comparação com abril do ano passado, o IBC-Br teve alta de 5,46%.

O economista diz que apesar do resultado negativo na leitura mensal, a queda do indicador em abril foi amenizada pelo crescimento acima do esperado dos setores de serviços (0,9%), indústria (1,1%) e varejo (0,8%).

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“Os dados de atividade vêm surpreendendo positivamente nos últimos meses, revelando uma maior resiliência dos principais setores. Além disso, o agronegócio e o consumo das famílias tiveram um papel fundamental no crescimento acima do esperado nesse início de ano”, explicou.

Perez disse enxergar um quadro de maior estabilidade da atividade nos próximos trimestres, diante dos efeitos menos favoráveis do agronegócio, da elevada base de comparação do primeiro trimestre, dos efeitos cumulativos da política monetária restritiva e do cenário global desafiador.

Marco Caruso e Igor Cadilhac, economistas do Banco Original, explicam a queda também pelo fato de o indicador ter vindo muito forte no mês anterior – o BC revisou o dado de fevereiro para baixo, mas a alta ainda foi significativa, de 2,53%. O índice de janeiro, por sua vez, foi revisado para cima, de uma alta de 0,09% para 0,59%.

Os economistas destacaram que o IBC-Br neste início de ano tem sido influenciado por um desempenho positivo de todas os setores da atividade econômica. Os serviços, por exemplo, que representam o maior peso, seguiram se beneficiando do bom momento dos transportes e da crescente demanda vindo do agronegócio.

Já a indústria se recuperou em março frente a leituras fracas nos meses antecedentes. “O comércio foi a principal surpresa positiva, se beneficiando dos transportes e de supermercados e alimentos, que apesar da inflação conseguiram apresentar estabilidade”, comentaram.

No entanto, eles fizeram a ressalva que, ainda que o primeiro trimestre tenha fechado um pouco melhor que o esperado, não altera a tendência de desaceleração para o ano. “Com o resultado de hoje, mantemos nossa projeção de 1,1% para o PIB no primeiro trimestre. Para 2023, revisamos nossa projeção de PIB para 0,9%”, afirmaram.

Sinais mistos

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Gabriel Couto, analista do Santander Brasil, afirmou que, embora a composição do índice do BC não seja fornecida pelo BCB, estima-se que o desempenho positivo da atividade ampliada no primeiro trimestre tenha decorrido principalmente da contribuição da produção recorde de grãos da safra de verão..

“Os lançamentos de atividade de março foram marcados principalmente por sinais positivos. As atividades relacionadas a bens apresentaram forte desempenho, com números positivos no varejo ampliado, assim como na indústria”, destacou.

Segundo Couto, os dados disponíveis de abril apontam para sinais mistos. “Em relação ao setor terciário, os dados de confiança econômica da FGV para residências, serviços e varejo seguem abaixo do patamar neutro, enquanto nossos dados apontam contração tanto nas vendas do varejo quanto nos serviços prestados às famílias”, disse.

Ele ainda lembrou que, para a indústria, tanto o nível de confiança medido pela FGV como o PMI de manufatura permanecem abaixo do limite neutro.

O Santander elevou sua projeção de crescimento do PIB no 1° trimestre, de 1,1% para 1,2%, considerando tanto os melhores resultados de março do IBC-Br como o impacto positivo da produção agrícola.

“Projetamos crescimento do PIB de 1,0% em 2023, mas reconhecemos que há um pequeno risco de alta nesse número. Ainda projetamos uma desaceleração da demanda doméstica e dos componentes cíclicos da oferta, decorrente principalmente da esperada recessão global e dos efeitos de uma política restritiva do Banco Central, mas também esperamos um forte crescimento da produção agrícola não cíclica, refletindo uma queda histórica previsão de alta para a safra de grãos.”

A XP investimentos, por sua vez, destacou forte crescimento do Índice de Atividade Econômica do Banco Central em março na comparação anual (+5,46%), ante um projeção de 4,2%. Também foi destacado o avanço de 2,4% no 1° trimestre de 2023, após uma queda de 1,6% no último trimestre de 2022.

“Para além do crescimento muito forte das atividades menos sensíveis ao ciclo económico (como agricultura e mineração), o consumo das famílias tem-se mostrado resiliente face ao aumento do rendimento disponível real”, disse a XP em análise. A projeção da XP é que o PIB do Brasil cresça 1,4% em 2023.

Para o JP Morgan, no geral, os dados econômicos continuam sugerindo riscos de alta para as previsões do PIB, já que serviços, vendas no varejo e produção indústria, em graus variados, ganharam algum impulso recentemente.

Já o Goldman Sachs avaliou que esse desempenho do PIB depende da força de fatores distintos. Por um lado, a atividade tende a se beneficiar de estímulos fiscais e parafiscais renovados, da expansão da massa salarial real e das perspectivas favoráveis ​​para a produção agrícola. Dou outro, vão pesar o enfraquecimento do impulso da reabertura econômica e as condições monetárias e financeiras domésticas apertadas.

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