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Para economistas, crescimento da indústria permaneceu desigual em novembro

Enquanto a indústria extrativa cresceu 3,4% em relação a outubro, impulsionada por uma forte extração de petróleo no mês, a manufatura teve uma queda de 0,2%

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Edição MarketMsg e invistaja.info

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A melhora no ritmo de crescimento da indústria em novembro surpreendeu alguns economistas, mas não mudou a leitura que o comportamento do setor manteve as características distintas entre seus principais segmentos. O setor extrativo, por exemplo, continuou a avançar, mas a indústria de transformação ainda está patinando, destacaram os especialistas.

A PIM divulgada hoje pelo IBGE apontou para alta de 0,5% no mês, após evolução de apenas 0,1% tanto em setembro como em outubro. Mas enquanto a indústria extrativa cresceu 3,4% em relação a outubro, impulsionada por uma forte extração de petróleo no mês, a manufatura teve uma queda de 0,2%.

E a indústria de bens de capital, uma das mais dependentes de crédito, registrou nova retração, de 1,7%, acumulando queda de 14,8% desde janeiro de 2022.

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Para Claudia Moreno, economista do C6 Bank, apesar de o resultado de novembro ter vindo mais forte do que nos meses anteriores, isso não muda o cenário de estagnação da indústria brasileira, que vem mostrando uma dificuldade estrutural para crescer de forma consistente.

“Acreditamos que a indústria brasileira continuará andando de lado daqui em diante, ainda pressionada pelos efeitos defasados da política monetária sobre a economia e pela desaceleração global da atividade”, comentou, destacando que o indicador deve terminar 2023 com crescimento próximo de zero e que esse quadro tende a se repetir em 2024.

Claudia também afirmou que os números do IBGE corroboram o cenário estimado de um PIB negativo no quarto trimestre de 2023. “Nossa projeção para a atividade econômica do país é de crescimento de 3% em 2023 e 1,5% em 2024, ambos com leve viés de baixa.”

A leitura sobre o indicador é similar à de João Savignon, chefe de pesquisa macroeconômica da Kínitro Capital, que também destacou o desempenho da indústria extrativa, que avançou 3,4%, após a queda de 0,4% observado um mês antes.

“Depois das indústrias extrativas, as influências positivas mais importantes vieram de produtos alimentícios (2,8%), com o 5º mês consecutivo de expansão na produção, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,6%), bebidas (2,8%), produtos de minerais não metálicos (2,3%) e metalurgia (0,8%)”, listou.

Heterogeneidade

Ele destacou ainda que, entre as grandes categorias econômicas pesquisadas, os bens intermediários voltaram a crescer – 1,6% em novembro, após expansão de 0,8% em setembro e de 0,7% em outubro.

“A heterogeneidade da indústria segue relevante, com alguns setores mostrando forte crescimento e outros com quedas relevantes. Quando comparamos com o período pré-pandemia, isso fica evidente”, comentou.

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Para Savignon, os desafios da indústria no curto prazo seguem inalterados, relacionados ao menor fôlego da demanda por bens e aos juros elevados, “já que os impactos positivos do afrouxamento monetário promovido pelo BC demandam alguns trimestres para serem observados na economia”.

“Os elos frágeis continuam sendo o investimento e bens de consumo duráveis, mas para o ano que vem podemos ter surpresas positivas. A manutenção dos cortes de juros, a taxa de câmbio bem-comportada e as novas políticas de estímulo à indústria e à infraestrutura são elementos que colaboram para um afrouxamento das condições financeiras e creditícias no país.”

Na avaliação de Carlos Lopes, economista do Banco BV, o ótimo desempenho da indústria extrativa e a fraqueza da indústria de transformação tem sido o padrão do ano, já que a manufatura sofreu com os juros altos e o crédito mais restrito. “Essa mesma diferença se reflete nos indicadores regionais, que mostram desempenho superior do sudeste, que tem maior concentração da indústria extrativa em Minas Gerais e no Rio de Janeiro”, comparou.

Lopes também projeta que a indústria deve terminar estagnada (0%) em 2023, mas acredita que ela deva retomar o ritmo em 2024 (2,5%), uma vez que a indústria de transformação deve ser beneficiada pelo ciclo de redução dos juros e pela consequente melhora do crédito.

Incertezas

Igor Cadilhac, economista do PicPay, citou entre as dúvidas sobre o desempenho da indústria nacional em 2024 as projeções de menor crescimento da economia global, com a China enfrentando carência de demanda, o que não favorece as exportações do Brasil.

Além disso, os juros ainda altos e o grande comprometimento de renda das famílias são ruins para consumo de bens de maior valor agregado e dependentes de crédito.

“Do outro lado, o governo tem promovido políticas de estímulos à atividade econômica, que podem incentivar a indústria. Projetamos uma variação de 0% para a produção industrial brasileira em 2023”, afirmou.

Já Matheus Pizzani, economista da CM Capital, citou a combinação em novembro de um crescimento vultoso por parte do grupo de bens intermediários om a recuperação do grupo de bens semiduráveis e de não duráveis, movimento relacionado a fatores positivos tanto no campo doméstico quanto no cenário internacional.

Mas ele alertou que esses bons resultados ficaram circunscritos aos bens de menor valor agregado, uma vez que segmentos como o de produção de máquinas e equipamentos, manutenção e reparos e veículos automotores seguiram operando no terreno negativo.

“O que sugere que o consumo das famílias e das empresas ainda não ganhou a tração esperada a partir da implementação de medidas governamentais voltadas para o impulsionamento destas variáveis, como o Desenrola, e o afrouxamento da política monetária, cujo impacto deve ser sentido apenas no decorrer de 2024.”

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