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Wall Street: os setores que devem se destacar na temporada de resultados do 4º tri nos EUA

A partir de sexta-feira (12), companhias apresentarão seus resultados do quarto trimestre e do ano

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Edição MarketMsg e invistaja.info

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A temporada de divulgação dos balanços corporativos nos EUA terá seu início na sexta-feira (12), com dados do quarto trimestre de 2023 e do ano completo. Ela começa já com os balanços dos principais bancos americanos, como JPMorgan Chase, Bank of America, Citigroup e Wells Fargo. A expectativa de analistas é que os dados apresentados pelas companhias do setor financeiro sejam menos animadores, impactados por provisões maiores para inadimplência e necessidade de pagamentos maiores aos depositantes.

Já incluindo outros setores com uma visão geral, de acordo com relatório de estratégia internacional da XP, a expectativa do consenso de mercado é de que o lucro por ação suba 1,6% no quarto trimestre de 2023 na base de comparação anual (ou seja, frente o 4T22).

Para o estrategista global da XP Paulo Gitz e a analista global Maria Irene Jordão, que assinam o relatório, contudo, os resultados do quarto trimestre de 2023 devem ser mais fortes que o antecipado, uma vez que a barra para as empresas já está baixa, dada a magnitude das revisões dos números nos últimos meses. “Embora a desaceleração econômica, em maior ou menor magnitude, seja o cenário mais provável para o 4º tri, acreditamos que as empresas seguirão surpreendendo positivamente e reportando números acima das expectativas, assim como foram as últimas duas temporadas de resultado”, avaliam.

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Os analistas veem um crescimento econômico nominal (real mais inflação) nos EUA ainda em um patamar elevado e, conforme as pressões de custos das empresas cedem, isso é benéfico para as margens operacionais. Um outro ponto em relação às margens é o fato de que as empresas se prepararam para um cenário macroeconômico muito pior do que o realizado em 2023 e os esforços de cortes de custos e otimização de cadeias de suprimentos também impactarão positivamente os lucros. Além disso, a magnitude das revisões dos analistas nos últimos 3 meses foi bem acima do usual. O número do lucro por ação do S&P 500 para o trimestre está em US$ 53,54, tendo caído 6,5% no período. Caso esse número se concretize, haverá uma queda de 8% do 3º para o 4º trimestre, magnitude observada apenas em períodos de recessão econômica.

Olhando setor por setor, o Bank of America (BofA) destaca que os grandes detratores de lucro para essa temporada serão os setores de Energia e Finanças e, se excluídos do cálculo, é possível considerar que o crescimento dos lucros continuará forte, com avanço de 7,2% na comparação anual. “Os resultados reais geralmente tendem a ser melhores do que as expectativas em +3,7% para os lucros e +0,7% para as receitas, em média. Para a temporada de resultados do 3º trimestre de 2023, a surpresa nos lucros foi mais forte que a média, enquanto a surpresa nas receitas foi ligeiramente abaixo da média”, analisa o BofA.

Amazon, Meta e Warner Bros. como destaques do ano

Na análise do FactSet, a expectativa é que bons dados sejam apresentados por oito setores, liderados pelo Consumo Discricionário e Serviços de Comunicação, para o ano de 2023 como um todo.

A projeção do FactSet para o setor de Consumo Discricionário é de apresentação da maior taxa de crescimento dos lucros, na comparação anual, com+43,9%. O avanço é puxado pela Amazon e, conforme explica a FactSet, se a companhia fosse excluída do setor, a alta anual seria de “apenas” 16,2%. Os segmentos de varejo, hotéis, restaurantes e lazer estão entre as maiores contribuintes para a estimativa de alta.

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Tanto o Goldman Sachs quanto o FactSet apontam o segundo setor com melhor desempenho esperado para o quarto trimestre, Serviços de Comunicação, com avanço puxado principalmente pela Meta e pela Warner Bros Discovery. A expectativa é de alta de 23,4% no setor que abarca os segmentos de telecomunicações sem fio (+226% na comparação anual), entretenimento (+192% ano a ano) e mídia interativa (+33% ano a ano), dentre os maiores promotores de crescimento. O Goldman Sachs, por sua vez, cita que o setor de Serviços Essenciais deve se destacar no trimestre, com maior crescimento de lucro por ação em relação ao ano anterior em 47%. O setor de Serviços de Comunicação estaria em segundo lugar, com avanço de 36%, seguido de Consumo Discricionário em 22%.

O FactSet estima a participação dos Serviços de Comunicação como superior, com crescimento de 41,8% nos lucros na comparação anual, pelo avanço da Meta. Conforme indica o gráfico abaixo, o setor é seguido por Serviços Essenciais e Consumo Discricionário.

Na outra ponta, tanto o consenso apresentado pelo Goldman Sachs quanto a análise do FactSet reforçam as quedas para Energia, Materiais e Saúde. O setor de energia deverá ser responsável pela maior baixa nos lucros anuais, com expectativa de -29%. O movimento é puxado pelos preços mais baixos no petróleo em comparação ao ano anterior, em cerca de 18%.

A baixa da commodity explica a expectativa de desempenho 36% menor para o segmento de petróleo e gás integrado e a queda de 32% para exploração e produção de petróleo e gás. Contudo, nem todos os segmentos relacionados ao petróleo foram afetados, uma vez que há projeção de alta de 44% para o segmento de equipamentos e serviços para petróleo e gás e de 23% para armazenamento e transporte de petróleo e gás.

O setor de Materiais deverá apresentar a segunda maior queda nos lucros anuais, com perda de 23,2%, puxada principalmente por Metais e Mineração, com menos 34%. Dentre as quedas, está presente o setor de Saúde, com recuo de 21%, com destaque para a queda de farmacêuticas. As ações de companhias do segmento foram o destaque negativo também entre as maiores baixas do S&P 500 em 2023.

Perspectivas para 2024

A XP ressalta que, juntamente aos números realizados do quarto trimestre, as empresas anunciarão suas expectativas para o ano de 2024, os chamados guidances. “Antevemos muita volatilidade nas ações em função destas divulgações pois esperamos as empresas mostrando números mais cautelosos, dado cenário macroeconômico mais desafiador”, avaliam os analistas. Os desafios incluem (mas não se limitam) a: i) a desaceleração do crescimento econômico; ii) o arrefecimento da inflação (diminuindo o crescimento nominal); iii) a normalização (enfraquecimento) do mercado de trabalho e; iv) as incertezas políticas e geopolíticas globais.

A visão do Goldman Sachs para 2024 é de que o lucro por ação (EPS) do S&P 500 aumente 5% em relação ao ano anterior, acima da estimativa mediana dos estrategistas. “No entanto, apesar da queda nos preços do petróleo, vemos potencial de alta para nossa estimativa de EPS devido ao crescimento econômico mais forte nos EUA, taxas de juros mais baixas e um dólar mais fraco”, considera a análise do banco. A projeção do FacSet também é otimista e espera crescimento nos lucros em 12% para o S&P 500 em 2024, com destaque no quarto trimestre.

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