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JPMorgan vê petróleo a US$ 80 no longo prazo e lista efeitos na economia e em ações do Brasil

Banco cita aumento da importância do petróleo no PIB brasileiro; para ações, cita cautela com Petrobras e coloca PRIO como preferida

Informação para o trader investidor

Edição invistaja.info e MarketMsg

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PNVL3 | Liq.Corr.: 1.71 | P/Ativo: 0.607 | P/VP: 1.57 | Div.Brut/Pat.: 0.94 | P/Cap.Giro: 2.47 | DY: 0.0211

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O JPMorgan projeta que os preços do petróleo devam permanecer em uma média de US$ 83 por barril em 2024 e US$ 75 por barril no próximo ano. O banco espera que as adições à demanda diminuam de 1,9 milhão de barris em média para 1,6 milhão em 2024 e 1 milhão em 2025. Com isso, a narrativa deve ser mais impulsionada pela oferta, uma vez que os preços elevados estimularam a produção. O crescimento da oferta vem principalmente de fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), com os Estados Unidos sendo um forte contribuinte, seguido por Canadá, Guiana e Brasil.

A médio e longo prazo, por outro lado, o banco acredita que os preços do petróleo devam ficar em torno de US$ 80 por barril porque: 1) a transição energética deve impor barreiras ao crescimento da oferta; 2) as empresas têm menor acesso a capital para investir na abertura e manutenção de campos de petróleo e 3) as empresas, especialmente as listadas, comprometeram-se a aumentar a remuneração aos acionistas por meio de recompras de ações e dividendos, consumindo assim parte do Fluxo de Caixa Livre (FCF).

Além disso, as empresas estão investindo na transição energética, o que retira dinheiro do negócio principal. Como consequência desses três efeitos principais, o JPMorgan vê as empresas de petróleo com menos dinheiro para gastar na manutenção e no aumento da capacidade de produção.

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Efeito no Brasil

O JPMorgan destrinchou o efeito das perspectivas para o petróleo em várias áreas da economia brasileira e para as ações da B3. Sobre a inflação, o banco espera que os preços da gasolina devam subir porque o ICMS (imposto estadual) deverá ter elevação em fevereiro.

Já sobre o PIB, o JPMorgan ressalta que o petróleo correspondeu a 3% da atividade em 2021, mas este número provavelmente é maior hoje. Se a previsão de produção da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estiver correta para este ano (um aumento de 15%), poderá acrescentar 0,5% ao PIB.

O efeito na balança comercial pode ser significativo. “Em geral, o Brasil não estava associado ao ciclo do petróleo porque há menos de 10 anos o país era um importador líquido de petróleo, mas agora tornou-se um importante exportador. O saldo no setor para o Brasil foi um superávit de quase US$ 30 bilhões em 2023, correspondendo a quase um terço dos US$ 100 bilhões do superávit comercial recorde. No futuro, o petróleo poderá tornar-se um protagonista ainda maior no na frente externa, considerando que a produção cresce ao mesmo tempo que cresce o refino local, junto com fontes alternativas de energia”, avalia. Assim, afirma que o petróleo se tornará o novo agro no que diz respeito às contas externas.

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O petróleo também é um importante impulsionador das receitas. Por exemplo, em 2022, o mercado esperava um resultado primário negativo e houve o primeiro superávit primário em anos, e uma parcela significativa dele foi relacionada ao petróleo.

Para o ambiente de condução dos preços pela Petrobras, o banco espera que os preços globais diminuam um pouco e, quando isso acontecer, será mais fácil, política e socialmente, gerir os preços na bomba. “A parte complicada, não apenas no Brasil, mas na maioria dos países, é quando os preços sobem substancial e rapidamente, que é um ambiente que não prevemos”, avalia.

No geral, o banco americano possui uma visão otimista para as ações no Brasil (overweight, exposição acima da média, em América Latina), devido a taxas de juros mais baixas como catalisadoras dos mercados, valuation barato, destino atrativo para fluxos estrangeiros (como em 2023, como alternativa à China em momentos de otimismo de risco). A situação fiscal é sempre uma questão, mas os investidores já se mostram cientes desse risco.

Especificamente sobre o setor de petróleo, o banco disse preferir as empresas juniores porque as histórias bottom-up (em que se analisa a empresa específica, dando menos espaço para o macro) são interessantes, mas mantendo uma visão mais neutra para o setor em geral por causa de Petrobras (PETR4). A principal escolha do banco é a PRIO (PRIO3), uma vez que a empresa se desvinculou em certo grau, tornando-se a mais sênior das empresas juniores de petróleo, aumentando a produção com um histórico sólido e grande potencial para o futuro. Analistas também disseram gostar da 3R Petroleum (RRRP3), “uma empresa menos madura e altamente descontada”.

Em relação à Petrobras, o banco mantém classificação neutra, embora reconheça que a ação parece barata. Mas, especificamente no setor de petróleo, o rendimento e os dividendos são de extrema importância – e há incerteza em torno disso.

“A empresa teve muitas boas notícias em 2023, mas isso já foi incorporado”, destacam os analistas. “O fator positivo agora é que, com o petróleo permanecendo nos níveis atuais, a pressão e as manchetes negativas sobre a Petrobras diminuem”, completam.

A expectativa está no montante dos dividendos extraordinários a serem pagos. Considerando 2024 como base, o banco espera US$ 11 bilhões como mínimo a ser pago, o que representa um rendimento de cerca de 10%. Consideramos seu FCF total como um teto potencial para dividendos, que deve estar próximo de US$ 24 bilhões (rendimento de 23%). “O potencial para dividendos extraordinários, portanto, parece alto”, comenta o banco. “No entanto, há um fator adicional: a administração criou uma conta de reserva de dividendos, que pode absorver parte desse caixa adicional em vez de ser pago aos acionistas como dividendos.”

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REFLEXÃO: Tom Gardner, da Motley Fool: Encontre lideres notáveis e uma missão para o longo da vida.

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