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Educação e alimentos ‘contaminam’ inflação, mas serviços subjacentes mostram alívio

Para economistas, dados do IPCA em fevereiro devem manter o BC cauteloso, cortando os juros em 0,50 p.p.; expectativa é que pressão de alimentos reduza a força nos próximos meses

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O IPCA cheio de fevereiro espelhou o comportamento já antecipado pela prévia da inflação oficial (o IPCA-15), com um índice mais alto que o esperado por conta de reajustes sazonais de preços ou por itens não-recorrentes, mas com um qualitativo mais benigno, analisam os economistas. Para eles, a desaceleração dos serviços subjacentes foi o destaque do mês.

O índice oficial da inflação mostrou alta de 0,83% no segundo mês de 2024, muito por conta dos esperados reajustes de mensalidades escolares e outros itens do grupo Educação. A alimentação no domicílio também pesou nas contas do mês, segundo o IBGE.

Alexandre Maluf, economista da XP, acredita que é possível fazer uma leitura neutra do IPCA de fevereiro, com educação e alimentação no domicílio ainda pressionando, mas com outros preços reduzindo a pressão.

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“A gente já sabia que esse IPCA ia ser alto, muito por conta de uma alimentação forte, por conta de gasolina, com os efeitos da alta de ICMS no mês. E também pelos reajustes em educação, que já tinham aparecido no IPCA-15.”

Para ele, o mais relevante para essa leitura foi a parte de serviços, com o índice  cheio vindo em linha com as projeções, mas os subjacentes abaixo do esperado. “A grande surpresa foi a parte de cinema, com forte queda no mês, provavelmente representando alguns descontos promocionais captados pelo IPCA que não estavam em nosso cenário”, comenta.

Ele afirma que, como o Banco Central tem se mostrado preocupado com a desaceleração na parte de serviços, em especial os componentes mais ligados ao ciclo econômico, o mercado tende a enxergar o indicador de hoje como mais neutro ou até mais benigno.

Sobre os núcleos, Maluf citou como o mais importar o chamado Ex-3, que considera serviços e industriais subjacentes. No acumulado em 12 meses, esse núcleo já está rodando no patamar mais baixo desde o 1º trimestre de 2021, destaca, embora reconheça que a média dos núcleos tenha voltado a subir no mês.

A XP mantém sua projeção de IPCA em 3,5% para este ano e de um BC ainda cauteloso na próximas reuniões, mantendo a estratégia de cortes na Selic de 0,50 ponto percentual, especialmente  devido ao grau de aperto do mercado de trabalho e à inflação um pouco mais desafiadora. “Nosso cenário é o BC continue a cortar até chegar por volta de 9% e deve manter nesse patamar até 2025.”

Andrea Damico, economista chefe da Armor Capital, também analisa que o dado bastante positivo na sua abertura, embota tenha ficado acima da mediana das expectativas. Apesar do que ela considera uma surpresa de alta major em combustíveis, gasolina, ela também  destaca que os serviços subjacentes vieram mais fracos.

“Mostrou uma desaceleração de serviços subjacentes maior do que aquela que a gente imaginava. É um dado que corrobora a nossa visão de que aquela alta recente dos serviços subjacentes foi mais pontual e que não mudava a tendência para os próximos meses, que era de acomodação”, explica.

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Sazonalidade

O economista Lucas Barbosa, da AZ Quest, é outro especialista a citar a influência do itens sazonais do mês de fevereiro, em especial de educação como responsável pelo indicador acima do previsto.

Mas a expectativa dele é a inflação consiga desacelerar nos próximos meses, por conta da composição benigna das últimas divulgações. “Por ora, a gente mantém a nossa previsão de 3,7%, bastante calibrada, dadas as incertezas, principalmente ainda em relação à parte do mercado de trabalho e dos serviços como um todo. A parte de alimentação deve começar a ajudar nas leituras dos próximos meses”, afirma.

Embora Claudia Moreno, economista do C6 Bank, ainda alerte que o mercado de trabalho aquecido e o crescimento dos salários devam continuar pressionando a inflação de serviços, o IPCA de hoje não deve preocupar o Banco Central.

“A inflação de serviços subjacentes, número que é acompanhado com mais atenção pelo Banco Central, veio abaixo do esperado pelo mercado. Esse resultado pode dar mais tranquilidade para o Copom continuar sinalizando mais dois cortes de 0,50 ponto percentual na Selic na reunião da próxima semana”, prevê, acrescentando que a projeção do C6 Bank é que a Selic termine o ano em 9,25%, indo para 8,5% ao final de 2025.

Riscos de alta

Carlos Lopes, do banco BV, sobre IPCA, no entanto, ainda vê uma inflação muito resiliente. O indicador acumulado de 12 meses, por exemplo, mostrou uma quase estabilidade, de 4,51% em janeiro para 4,50% em fevereiro. “Serviços, tanto geral como subjacentes, ainda rodam próximo de um patamar de 5% e ajudam a manter a inflação num patamar mais elevado.

A projeção do BV para a inflação do ano ainda está em 4%, apesar de uma expectativa de preços agrícolas um pouco melhor no curto prazo. “Olhando para o ano, acho que os riscos ainda jogam a favor de uma inflação mais alta”, alerta.

Leonardo Costa, da ASA Investments, também acredita que o número de fevereiro não deve mudar a opinião do Banco Central. “A despeito do qualitativo pouco melhor de serviços, as taxas mensais seguem bastante elevadas. No nosso cenário, o pior da inflação de serviços deve ficar no 1º trimestre, arrefecendo e estacionando ao redor de 5% no resto do ano “, estima, destacando que esse índice está hoje em 5,7%.

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REFLEXÃO: Michael Kitces, conselheiro financeiro: Invista pensando no longo prazo, não especule, mas, não ignore as flutuações do mercado.

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