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Juros futuros sobem pelo 3º dia no Brasil em meio a persistente preocupação fiscal

Ainda que não tenham surgido notícias de maior relevância na área fiscal nos últimos dias, a percepção negativa do mercado sustentou o dólar em patamares mais altos e fez as taxas futuras se aproximarem dos 12,90%

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Edição MarketMsg e invistaja.info

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(MarketMsg) – As taxas dos DIs passaram nesta sexta-feira por mais uma sessão de alta firme, de 15 pontos-base em alguns vencimentos, refletindo forte aversão aos ativos brasileiros em meio à persistente preocupação com o equilíbrio fiscal do governo Lula.

Ainda que não tenham surgido notícias de maior relevância na área fiscal nos últimos dias, a percepção negativa do mercado sustentou o dólar em patamares mais altos e fez as taxas futuras se aproximarem dos 12,90% em alguns vértices durante o dia. Foi a terceira sessão consecutiva de avanço das taxas.

No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2025 — que reflete as apostas para a Selic no curtíssimo prazo — estava em 11,144%, ante 11,118% do ajuste anterior.

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A taxa para janeiro de 2026 estava em 12,63%, ante o ajuste de 12,587%, e o vencimento para janeiro de 2027 marcava 12,805%, ante 12,701%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 12,73%, ante 12,585%, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 12,65%, ante 12,493%.

Nas sessões mais recentes, o avanço firme dos rendimentos dos Treasuries vinha sendo um dos fatores de sustentação das taxas futuras no Brasil, em meio às apostas de que o Federal Reserve cortará sua taxa de juros em apenas 25 pontos-base em novembro — e não em 50 pontos-base, como em setembro.

Mas nesta sexta-feira os yields oscilavam perto da estabilidade, após a divulgação de dados considerados neutros da inflação ao produtor. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA ficou estável em setembro, ante expectativa de alta de 0,1% de economistas ouvidos pela Reuters.

Ainda que não houvesse a pressão dos Treasuries, as taxas dos DIs tiveram altas firmes nesta sexta-feira nos contratos a partir de janeiro de 2026 — na prática, em quase toda a curva a termo.

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O economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, pontuou que a reprecificação recente dos Treasuries impulsionou as curvas de juros “mundo afora”, inclusive no Brasil.

“Claro que nós temos nossas questões idiossincráticas aqui, com economia mais aquecida, com inflação mais pressionada, BC no meio de um ciclo de alta de juros e com questões fiscais que preocupam, sem uma agenda clara de corte de gastos”, afirmou Gala em comentário enviado a clientes. “Então isso também adiciona tensão na curva brasileira.”

Outros dois profissionais ouvidos pela Reuters afirmaram que o avanço firme das taxas e do dólar ante o real nesta sexta-feira ocorreu a despeito de não ter surgido nenhum gatilho novo na área fiscal.

Durante a manhã o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista a uma rádio de Fortaleza, mas suas declarações não fugiram do roteiro recente. Lula defendeu que a ampliação da faixa de isenção de imposto de renda, para até 5 mil reais, seja compensada pela taxação dos mais ricos, repetindo declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

No pior momento do dia, às 15h16, a taxa do DI para janeiro de 2028 marcou a máxima de 12,90%, em alta de 21 pontos-base em relação ao ajuste da véspera e com elevação de quase 50 pontos-base no acumulado do mês até aquela hora. Das nove sessões de outubro, as taxas subiram em seis delas.

Perto do fechamento desta sexta-feira a curva precificava 91% de probabilidade de alta de 50 pontos-base da taxa básica Selic em novembro, contra 9% de chance de elevação de 75 pontos-base. Na quinta-feira os percentuais eram de 93% e 7%, respectivamente. Atualmente a Selic está em 10,75% ao ano.

Pela manhã, sem efeitos maiores na curva, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o setor de serviços teve retração de 0,4% em agosto, interrompendo dois meses seguidos de expansão. Na comparação com o mesmo mês do ano passado foi registrada expansão de 1,7%. Os resultados ficaram bem abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters, de altas de 0,2% na comparação mensal e de 3,6% na anual.

Às 16h32, o rendimento do Treasury de dez anos – referência global para decisões de investimento – caía 1 ponto-base, a 4,081%.

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REFLEXÃO: Barry Ritholtz, da Bloomberg: Mantenha a simplicidade, faço menos e administre sua estupidez.

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