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ListenToMarket: UE faz lista de artigos dos EUA para taxar caso Trump vença e aplique novas tarifas – Áudio gerado às: 15:10:21
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A União Europeia preparou uma lista de bens americanos que poderia atingir com tarifas se o ex-presidente Donald Trump vencer as eleições nos EUA e cumprir sua ameaça de impor medidas comerciais punitivas ao bloco.
Novas tarifas contra empresas americanas não são a expectativa principal da UE e só serão usadas em retaliação a uma ação da Casa Branca, segundo pessoas familiarizadas com o pensamento do bloco.
A abordagem preferida da UE seria buscar um acordo com Trump em algumas áreas de interesse comum, como a China, disse uma das fontes, que falou sob condição de anonimato.
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Trump surpreendeu a UE em 2018 ao impor tarifas sobre as exportações de aço e alumínio da Europa. Naquela ocasião, o bloco mirou empresas politicamente sensíveis com tarifas retaliatórias, incluindo motocicletas da Harley-Davidson e jeans da Levi’s. Desde a vitória de Trump em 2016, a UE adotou várias ferramentas de defesa comercial, incluindo um instrumento para responder à coerção econômica.
Trump afirmou que, como presidente, miraria países como a China com tarifas que variariam de 60% a 100%, além de uma tarifa geral de 10% sobre importações de outros países. Ele também poderia impor contramedidas contra impostos sobre serviços digitais europeus que visam implicitamente campeões tecnológicos dos EUA.
“A ‘União Europeia’ soa tão adorável”, disse Trump em uma entrevista em julho à Bloomberg. “Amamos a Escócia e a Alemanha. Amamos todos esses lugares. Mas, uma vez que você passa disso, eles nos tratam violentamente.”
Ele mencionou naquela entrevista a relutância da Europa em importar automóveis e produtos agrícolas dos EUA como fatores-chave do déficit comercial de mais de US$ 200 bilhões, uma estatística que considera uma medida crítica de justiça econômica.
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A Bloomberg informou no início deste ano que a UE estava preparando uma avaliação de impacto das consequências da votação de novembro, prestando atenção especial ao cenário em que Trump emerge como vencedor.
Uma pesquisa da Bloomberg News/Morning Consult realizada no mês passado mostra a vice-presidente Kamala Harris e Trump em corridas apertadas nos sete estados mais propensos a decidir a eleição.
Independentemente de quem vencer a eleição, as relações comerciais com os EUA serão uma prioridade. No caso de uma vitória de Harris, a UE buscará resolver várias questões não resolvidas durante a presidência de Biden, como um acordo permanente para eliminar as tarifas restantes de aço e alumínio, disse a fonte.
Harris caracterizou as propostas de tarifas de Trump como um imposto sobre os consumidores americanos, e críticos contestaram as alegações do ex-presidente de que as penalidades poderiam compensar o custo de uma série de cortes de impostos corporativos e de renda que ele propôs.
Embora a retórica do presidente Joe Biden tenha sido mais conciliatória do que a de Trump, e seu alinhamento com a UE em relação à Ucrânia tenha ajudado a reparar a relação transatlântica, os oficiais da UE permanecem cientes de que sua política comercial ainda tem muito em comum com a abordagem “América Primeiro” de seu antecessor.
Os europeus foram particularmente abalados pelo programa de subsídios de mais de US$ 390 bilhões de Biden para apoiar a tecnologia verde, que oferece às empresas um incentivo para deslocar investimentos da Europa para os EUA.
© 2024 Bloomberg L.P.
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