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Mercado de crédito pessoal está aquecido no Brasil e cresce entre as famílias

ListenToMarket: Mercado de crédito pessoal está aquecido no Brasil e cresce entre as famílias – Áudio gerado às: 19:0:22

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Digitalização dos bancos aumenta o acesso ao crédito, ao mesmo tempo que famílias buscam produtos com juros menores

Créditos: Perawit Boonchu/iStock

Empréstimos pessoais têm feito cada vez mais parte do cotidiano das famílias brasileiras. Ao mesmo tempo, cresce o endividamento. A projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de que, até o final do ano de 2024, 80% das famílias estejam endividadas. O número alto, porém, não significa necessariamente inadimplência, mas acende um alerta.

O principal motivo pelo aumento do endividamento no final do ano são as festas. Afinal, é natural que nessa época as famílias acabem gastando mais. Porém uma mudança de hábito tem sido observada. O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, afirma que as famílias estão mais conscientes do preço de seus gastos. Um dos indicativos é a diminuição do uso do cheque especial, por exemplo.

Conscientização no uso do crédito

Cada vez mais as pessoas têm procurado por linhas de crédito cujos juros sejam menores, e isso demonstra uma conscientização maior sobre o preço dos empréstimos. Embora a taxa básica de juros tenha se mantido alta em 2024, impactando principalmente o rotativo do cartão e o cheque especial, algumas alternativas como o consignado e o crédito pessoal surgem como alternativa para gastar menos.

Pesquisa da Federação Brasileiras dos Bancos, a Febraban, aponta para um crescimento da carteira de crédito ainda em 2024. A motivação seria o aumento da renda das famílias e níveis de inadimplência mais controlados, apesar do endividamento. Para 2025, a projeção é um aumento de 9,1% no crédito e que a inadimplência fique na casa dos 4%.

Em levantamento realizado pelo Banco Central, o crédito livre para as famílias, aquele em que o cliente e a instituição financeira negociam livremente a taxa de juros de um empréstimo, aumentou 11,3% em 12 meses, atingindo R$ 2,1 trilhões. Para Tavares, houve um aumento da “bancarização da economia doméstica”.

A opinião dos especialistas

Para ele, “houve muitas medidas que conseguiram popularizar e democratizar o acesso ao crédito e aos serviços bancários no Brasil, [como] a vinda das fintechs, o crescimento dos bancos digitais, o uso do Pix e sua liberação no mercado bancário”. 

Já para Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban, “o mercado de trabalho aquecido e o aumento da massa salarial […] devem continuar impulsionando as linhas de crédito voltadas ao consumo das famílias”.

Para Leonardo Magalhães, CEO da empresa de soluções financeiras Callcred, o que está ocorrendo é a facilitação do acesso ao crédito, devido a sua digitalização. A conveniência de não precisar passar por filas de banco e ter acesso aos produtos na palma da mão, seja via celular ou computador, amplifica a quantidade de adesões ao crédito pessoal.
Quem busca um empréstimo pessoal online, por exemplo, pode se beneficiar da aprovação rápida de documentação, principalmente em casos urgentes. Porém se endividar deve ser feito com responsabilidade. É importante ter um controle mensal dos gastos e verificar se as parcelas do empréstimo se encaixam no orçamento, para não cair em inadimplência.

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