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BBI revisa petroleiras de olho no macro e elege Petrobras e PRIO como preferidas

Banco foca nas exportadoras do setor, destacando riscos e potenciais impulsionadores de resultados

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Edição MarketMsg e invistaja.info

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CESP6 | Liq.Corr.: 6.18 | Cotacao: 25.25 | P/Cap.Giro: 2.96 | Mrg.Liq.: 0.0 | PSR: 0.0 | P/Ativo: 0.575

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O Bradesco BBI revisou suas projeções para empresas do setor de petróleo, reduzindo os preços-alvo de diversas companhias e elevando apenas de algumas, mas mantendo suas recomendações para este ano. As ações de todas as empresas possuem recomendações equivalentes à compra, com exceção da Ultrapar (UGPA3), que possui recomendação neutra.

A análise considerou fatores como a volatilidade no preço do barril, os custos operacionais e o impacto de questões geopolíticas, resultando em ajustes nas expectativas para as perspectivas dessas empresas.

O preço-alvo médio das empresas do setor foi reduzido em 24% para o final deste ano, com preferência por exportadoras, como Petrobras (PETR3) e PRIO (PRIO3), em detrimento de empresas domésticas mais cíclicas, como Raízen (RAIZ4), Cosan (CSAN3) e distribuidoras de combustíveis.

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Os analistas destacam que as exportadoras estão mais protegidas contra a depreciação do real e riscos de uma desaceleração econômica, além de apresentarem menor exposição a dívidas atreladas ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI). “O principal risco para nossa atual preferência por exportadores seria a perspectiva de cortes futuros nas taxas do Tesouro dos Estados Unidos, o que poderia reforçar a tese de cortes nas taxas de juros no Brasil, levando empresas domésticas a superar (especialmente Cosan)”, alertam.

Apesar das valorizações atraentes, o banco indica que as empresas do ciclo doméstico devem ser evitadas no curto prazo, pois, desde o anúncio do pacote fiscal do Brasil em novembro, essas empresas têm apresentado desempenho abaixo das expectativas. Embora as valorizações atuais estejam significativamente descontadas em relação aos níveis históricos, o risco de inflação superior à meta pode impactar negativamente a atividade econômica, o que limita o interesse no setor.

Para a Petrobras (PETR3;PETR4), a recomendação de outperform (acima da média do mercado) foi mantida, com preço-alvo ajustado para US$ 17 por ADR (American Depositary Receipt, ou recibo de ações negociado nos EUA) PBR, equivalente ao ON. Especificamente para PETR4, o preço-alvo foi elevado de R$ 48 para R$ 51.

O banco acredita que a estatal se beneficia de uma base de receita dolarizada e dívidas atreladas ao dólar, o que minimiza os impactos de um ambiente doméstico mais adverso. No entanto, a política de preços de combustíveis pode ser um ponto de atenção, com o diesel sendo comercializado abaixo da paridade de exportação.

A recomendação outperform também vai para a PRIO, com preço-alvo de R$ 29 por ação. A companhia, de acordo com os estrategistas, segue como uma das principais apostas no setor de exploração e produção (E&P), beneficiada pelo crescimento da produção, especialmente com o campo de Peregrino e a expectativa de aprovação das licenças para o campo Wahoo.

O BBI também ajustou o preço-alvo da Oceanpact (OPCT3) para o final deste ano, de R$ 14 para R$ 10 por ação. A revisão, de acordo com o relatório, foi motivada por um aumento na taxa de custo de capital de 12% para 13%, maior estimativa de capex (investimento) anual, agora em R$ 400 milhões contra R$ 300 milhões anteriores, e o adiamento de novos contratos, impactando negativamente as projeções de Ebitda em 7% para 2025-2026.

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Outros ajustes incluem o adiamento do recebimento de R$ 262 milhões provenientes de uma disputa com a Petrobras para 2026 e o impacto de despesas financeiras mais altas, que devem manter a empresa sem geração de caixa até 2026. A desvalorização do real, no entanto, pode beneficiar os novos contratos em moeda local. O banco manteve a recomendação de compra, apontando um crescimento expressivo impulsionado por taxas diárias mais altas, que devem reduzir o índice P/L (preço/lucro) de 10 vezes neste ano para 4 vezes em 2026.

No caso da Braskem (BRKM5), o preço-alvo foi revisado para o final deste ano, passando de R$ 24/ação para R$ 26/ação. O banco vê um ponto de entrada como favorável, dado o fraco desempenho recente das ações e um provável melhor momento de lucros em 2025 do que em 2024.

Distribuidoras

Para as distribuidoras de combustíveis, a recomendação de compra para Vibra (VBBR3) foi mantida, mas o preço-alvo foi cortado de R$ 37 para R$ 30 por ação, refletindo custos financeiros mais altos devido ao CDI elevado e ao aumento no Wacc (Custo Médio Ponderado de Capital). Para Ultrapar (UGPA3), a recomendação neutra foi mantida, com o preço-alvo reduzido de R$ 33 para R$ 23 por ação. O relatório aponta que, apesar das avaliações atraentes, faltam fatores de curto prazo que justifiquem maior interesse no setor.

Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) também tiveram seus preços-alvo reduzidos, para R$ 3,50 e R$ 12 por ação, respectivamente, ante R$ 5 e R$ 23. Para a Raízen, o banco revisou para baixo a projeção de produção de cana-de-açúcar e considerou o impacto do maior custo da dívida. No caso da Cosan, a mudança na metodologia de avaliação para um modelo de dividendos descontados resultou em um ajuste mais conservador, mesmo com a expectativa de alívio nas despesas financeiras após a venda da participação na Vale.

O BBI também observa que o cenário de oferta e demanda para o petróleo aponta para uma tendência de alta nos preços. Essa perspectiva é impulsionada por fatores como o receio de que Donald Trump, caso avance em seu protagonismo político, intensifique sanções contra o Irã e a Rússia, além da redução dos estoques em grandes economias e do aumento da demanda por petróleo devido às temperaturas frias no Hemisfério Norte.

Confira as revisões para o setor de petróleo e gás do Bradesco BBI*:

*New TP = novo preço-alvo Old TP = preço-alvo anterior

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