Informação para traders e investidores
Edição invistaja.info e MarketMsg
palavras-chave: Taxas dos DIs sobem com recomposição técnica e Trump ainda no foco; invistaja.info;
CAMB4 | ROE: 0.2633 | Liq.Corr.: 2.38 | ROIC: 0.3034 | P/L: 3.54 | P/Cap.Giro: 2.24 | P/VP: 0.93
Depois do recuo firme da véspera, após o governo Trump indicar que a adoção de novas tarifas de importação nos Estados Unidos não seria imediata, as taxas dos DIs fecharam a terça-feira em alta no Brasil, com investidores recompondo alguns prêmios na curva em meio à avaliação de que a situação fiscal brasileira não melhorou.
No fim da tarde, a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para julho de 2025 — um dos mais líquidos no curtíssimo prazo — estava em 14,04%, ante o ajuste de 14,032% da sessão anterior. Já a taxa do contrato para janeiro de 2026 marcava 14,955%, com alta de 2 pontos-base ante o ajuste de 14,931%. No miolo da curva, a taxa do DI para janeiro de 2029 marcou 15,06%, ante 14,992 na véspera.
Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 15,05%, em alta de 6 pontos-base ante 14,988% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 14,99%, ante 14,929%.
+Treasuries ou Tesouro Direto: onde investir na renda fixa com Trump no poder?
Na segunda-feira as taxas dos DIs haviam recuado com a notícia — confirmada posteriormente — de que o presidente dos EUA, Donald Trump, não elevaria tarifas de importação de países em seu primeiro dia de mandato. O movimento ocorreu em meio à percepção de que, se as tarifas não subirem como esperado, a inflação norte-americana pode não acelerar, o que favorece juros mais baixos nos EUA.
Como o mercado de Treasuries permaneceu fechado na segunda-feira em função do feriado do dia de Martin Luther King, nesta terça os rendimentos cediam repercutindo a questão das tarifas. No Brasil, porém, o movimento era oposto, com certa recomposição de prêmios nos DIs.
“O mercado está assim: cai um pouco, no dia seguinte corrige. Até porque ele se apegou nos 15% de taxa média no ‘miolo da curva’. Então, quando vai um pouco abaixo disso, entra força tomadora (de taxa)”, comentou Rafael Sueishi, head de renda fixa da Manchester Investimentos.
Assim, a taxa do DI para janeiro de 2029, que na véspera ficou em 14,992% no ajuste, marcou a máxima de 15,120% às 9h37 desta terça-feira, em alta de 11 pontos-base.
“Do dia 2 (de janeiro) até agora, tivemos uma queda forte dos prêmios, mas sem novidades no cenário fiscal. E se não houve mudanças, talvez faça sentido manter os prêmios mais elevados”, comentou Victor Furtado, head de Alocação da W1 Capital.
hotWords: sobem técnica trump taxas
Seja anunciante no invistaja.info
Com o recesso do Congresso Nacional até fevereiro, o noticiário fiscal no Brasil está esvaziado. A percepção no mercado é de que o problema fiscal está longe de ter sido resolvido pelo pacote lançado pelo governo Lula no fim de 2024.
Outro fator de pressão é a inflação, que segue desancorada. O relatório Focus da véspera revelou projeções de inflação do mercado de 5,08% para 2025 e 4,10% para 2026 — em ambos os casos acima do centro da meta contínua de inflação perseguida pelo Banco Central, de 3%.
Neste cenário, perto do fechamento a curva a termo precificava 90% de probabilidade de elevação de 100 pontos-base da taxa básica Selic no fim deste mês, contra 10% de chance de aumento de 125 pontos-base. Na véspera os percentuais eram os mesmos. Atualmente a Selic está em 12,25% ao ano.
“Semana que vem já temos o primeiro encontro do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) e vai ser muito difícil não ser isso (um aumento de 100 pontos-base)”, comentou o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori.
“Há uma convergência muito grande em torno disso porque foi anunciado pelo BC, para esta e para a próxima reunião, este aumento, caso não haja mudanças grandes de cenário. Mudar teria um custo grande de credibilidade.”
Por outro lado, Igliori pondera que o encontro do Copom já será realizado com uma semana de governo Trump e que o mercado estará atento a eventuais avaliações do colegiado sobre o cenário externo.
“Estamos em um período com poucos fatos domésticos e muita turbulência externa. Quando houver clareza sobre as tarifas (dos EUA), vamos ver como será a reação dos países a este tipo de política”, afirmou.
Às 16h35, o rendimento do Treasury de dez anos –referência global para decisões de investimento– caía 4 pontos-base, a 4,57%.
palavras-chave: Taxas dos DIs sobem com recomposição técnica e Trump ainda no foco; invistaja.info;
BRASÍLIA | mercados | invistaja.info – Taxas dos DIs sobem com recomposição técnica e Trump ainda no foco
REFLEXÃO: Tim Hanson, da Motley Fool: Compre ações impressionantes por preços que não refletem sua grandiosidade.
Tópicos mais acessados:
Novo CFO da Vivara alivia mercado, mas analistas veem impacto limitado no curto prazo
Novo CFO da Vivara alivia mercado, mas analistas veem impacto limitado no curto prazo
Nos EUA, SEC anuncia criação de força-tarefa cripto para gerar regulação mais clara
Treasuries ou Tesouro Direto: onde investir na renda fixa com Trump no poder?