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Powell retorna ao Congresso com dados que mostram um salto na inflação em janeiro

“Queremos manter a política monetária restritiva por enquanto”, disse o presidente do Fed

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Edição MarketMsg e invistaja.info

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O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, repetiu nesta quarta-feira durante audiência no Congresso, convocada logo após dados mostrarem que os preços ao consumidor dos Estados Unidos subiram mais rápido do que o esperado em janeiro, que o banco central não tem pressa em cortar a taxa de juros.

“Estamos perto, mas não chegamos lá em relação à inflação. O dado de inflação de hoje… diz a mesma coisa”, disse Powell ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara. “Fizemos um grande progresso… mas ainda não chegamos lá”.

“Queremos manter a política monetária restritiva por enquanto”, disse Powell em referência aos planos do Fed de manter sua taxa de juros de referência até que esteja claro que a inflação cairá para a meta de 2% do banco central.

O aumento dos preços de moradia, alimentos e energia, com uma alta acentuada também dos automóveis usados, fez com que o índice de preços ao consumidor subisse a uma taxa anual de 3% em janeiro, contra 2,9% no mês anterior.

A variação ficou um pouco acima das expectativas dos analistas e provavelmente reforçará a relutância do Fed em reduzir ainda mais a taxa de juros, já que as autoridades aguardam sinais de que as pressões dos preços na economia continuarão a diminuir.

Sob questionamento dos parlamentares, Powell reiterou que concorda que o Fed estava atrasado quando começou a aumentar a taxa de juros quando a inflação subiu em 2021, mas “não sei quanta diferença isso teria feito”, dado o eventual ritmo de aumento dos juros e a subsequente queda da inflação.

Uma próxima revisão da estratégia de política monetária do Fed, no entanto, examinará a experiência dos últimos anos e “estaremos abertos a críticas e faremos ajustes discretos e apropriados”, disse ele.

A inflação ao consumidor já subiu por quatro meses seguidos, o que levou operadores a apostarem que o Fed não cortará novamente a taxa básica de juros até setembro, e agora esperam que essa seja a única redução este ano.

Nas mídias sociais, o presidente Donald Trump pediu novamente que juros mais baixos andem “de mãos dadas” com aumentos de tarifas que ele impôs e está planejando, um comentário repetido que o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que se referia aos rendimentos dos títulos de longo prazo, e não à política monetária do Fed.

Mas as taxas de longo prazo também subiram com as notícias sobre a inflação, com o rendimento do Treasury de 10 anos subindo cerca de 10 pontos-base, para 4,6%.

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No depoimento ao painel da Câmara, Powell repetiu a mesma declaração de abertura feita em uma audiência na terça-feira perante o Comitê Bancário do Senado.

A inflação tem sido a principal preocupação do banco central desde que começou a subir em 2021 para os níveis mais altos desde a década de 1980 e levou o Fed a aprovar uma série rápida de aumentos dos juros.

Desde então, a inflação voltou a se aproximar da meta de 2% do banco central. Porém, depois de começar a reduzir os juros no ano passado, o Fed passou a ficar em modo de espera, com as autoridades dizendo que estão preparadas para permanecer assim até que a inflação retome seu declínio e elas tenham mais clareza sobre a direção da economia sob o novo governo Trump.

“Não precisamos ter pressa”, disse Powell ao Comitê Bancário do Senado na audiência de terça-feira.

Tarefa inacabada

Mais cedo, Powell, disse que dados sobre a inflação dos Estados Unidos divulgados destacam a tarefa inacabada de levar a inflação de volta à meta de 2%.

“Fizemos grandes progressos” para que a inflação volte à meta, “mas ainda não chegamos lá” e, como resultado, “queremos manter a política monetária restritiva” para moderar as pressões dos preços, disse Powell a um painel da Câmara dos Deputados dos EUA.

Os dados do índice de preços ao consumidor divulgados mais cedo “dizem a mesma coisa” sobre a inflação, afirmou Powell, no sentido de que as pressões foram moderadas mas não voltaram aos níveis desejados.

(com Reuters)

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