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Comprar roupa na Argentina é até 78% mais caro que no Brasil: veja pesquisa

Pesquisa da consultoria local Focus Market comparou preços em dólar de itens como jeans, camisetas, tênis, perfumes e bolsas femininas com outros países vizinhos; atravessar a fronteira para comprar é vantajoso

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Edição MarketMsg e invistaja.info

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CRPG5 | EV/EBIT: -10.19 | P/Ativo: 0.632 | P/L: -4.82 | P/Cap.Giro: 1.41 | P/VP: 0.92 | P/ACL: 2.01

As diferentes dinâmicas cambiais nas principais economias da América do Sul e os efeitos de uma longa crise financeira levaram a Argentina a figurar como o país da região onde se paga mais caro por artigos de vestuário e calçados. Uma pesquisa da consultoria local Focus Market divulgada nesta semana, mostrou que peças como jeans, camisetas, tênis, perfumes e bolsas femininas têm preços até seis vezes mais altos para os argentino do que o Brasil.

A consultoria mostrou que renovar um guarda-roupa no Brasil custa, em média, 78% menos do que na Argentina – o valor é de US$ 591 ante US$ 1.054 para os mesmo itens – e que todas as peças de vestuário avaliadas estão com uma diferença de pelo menos 50%, exceto os tênis, cuja diferença é de 27%.

Isso num contexto em que no Brasil enfrentou uma desvalorização acumulada de 20% em sua moeda, com incerteza fiscal e a desconfiança nas reformas econômicas.

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Veja abaixo as comparações, com valores em dólares:

A comparação com o Chile é ainda mais desvantajosa, o que explica porque os argentinos, em especial os da província de Mendoza, tem cada vez mais atravessado a fronteira para comprar esses artigos. Aproximadamente, usar roupas idênticas custa US$ 595 no Chile, em comparação com os US$ 1.054 na Argentina.

Um exemplo citado é que, com o mesmo dinheiro que se pode obter um perfume na Argentina, é possível comprar quase três na fronteira vizinha. Duas bolsas femininas são compradas no Chile, enquanto só uma na Argentina, assim como duas camisas .

E isso apesar de a carga tributária no Chile ser equivalente a 20% do PIB nos últimos anos, patamar considerado alto para os padrões da OCDE. Ainda assim, o nível está entre 15 e 18 pontos abaixo da Argentina. A política de livre comércio chilena adotou um sistema tarifário muito baixo, com uma tarifa média de 6% para a maioria dos produtos importados.

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Já renovar o armário no Paraguai é quase duas vezes mais barato do que na Argentina, com diferenças notáveis: com o mesmo dinheiro, se pode comprar dois pares de tênis no Paraguai, enquanto na Argentina apenas um; jeans e bermudas no mercado argentino custam 86% e 73% a mais, respectivamente.

Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a carga tributária no Paraguai tem girado em torno de 12% a 13% do PIB nos últimos anos e o país tem uma estrutura tributária que favorece a competitividade, embora exista muita informalidade na economia.

Também é mais barato comprar no Uruguai do que na Argentina. Embora seja o destino menos escolhido para os consumidores que buscam preços mais competitivos nos vizinho, as diferenças chegam a 79% em jeans, 76% em shorts e bermudas, 72% em camisetas e 68% em sandálias.

De acordo com a OCDE e o Banco Mundial, a carga tributária no Uruguai gira em torno de 27% a 30% do PIB. A taxa normal de IVA é de 22%, com algumas isenções e taxas reduzidas.

Para Damián Di Pace, diretor da Focus Market Consultancy, a análise mostra que renovar o guarda-roupa nos países vizinhos não é apenas uma opção atraente para os argentinos, mas também uma estratégia economicamente conveniente no contexto atual.

“As notáveis diferenças de preços, impulsionadas por variações na taxa de câmbio e na dinâmica econômica regional, consolidam Brasil, Paraguai, Chile e, em menor grau, Uruguai como destinos preferenciais para a compra de roupas. Esse fenômeno reflete a crescente desconexão entre os preços no mercado interno e as possibilidades oferecidas no exterior, representando um desafio para o setor têxtil local e destacando a necessidade de políticas que promovam a competitividade”, explicou.

O tema dos preços do vestuário ganhou força na Argentina nos últimos dias, após a divulgação da inflação ao consumidor no país. O ministro da Economia, Luis Caputo, anunciou uma redução das tarifas de importação, medida que foi amplamente rejeitada pelo setor têxtil local.

Representantes do setor alertaram que o impacto desse corte de impostos na inflação será mínimo, mas traz o risco de afetar seriamente o emprego e a produção nacional. Conforme reportagem do jornal Ámbito Financiero, várias câmaras industriais, juntamente com a União Industrial Argentina (UIA) e sindicatos do setor, solicitaram uma reunião urgente com o ministro para discutir a decisão e suas consequências.

Di Pace, da Focus Market, comenta que o governo da Argentina propôs uma reforma tributária com a redução dos impostos nacionais, baseada na obtenção de um superávit fiscal. “Será necessário reduzir e eliminar impostos distorcivos, como a receita bruta das províncias e as taxas municipais. Dentro do plano do governo, há um projeto para eliminar 90% dos impostos da atual estrutura tributária argentina nos próximos anos”, lembrou.

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REFLEXÃO: Harold Pollack, da Universidade de Chicago: Guarde entre 15 e 20% e invista em fundos de índices com taxa baixa.

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