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Por mais um trimestre, a WEG (WEGE3) decepcionou as altas expectativas do mercado ao lucrar R$ 1,54 bilhão nos primeiros três meses do ano, apesar de 16,4% sobre o desempenho do primeiro trimestre de 2024.
A fabricante de motores elétricos e dispositivos eletrônicos industriais teve um resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de R$ 2,17 bilhões, expansão de 22,8% na comparação anual, com a margem passando de 22,1% para 21,6%. Analistas, em média, esperavam lucro líquido de R$1,78 bilhão para a WEG no primeiro trimestre, e Ebitda de R$ 2,37 bilhões, segundo dados da LSEG.
Com isso, as ações caíam 9,15%, a R$ 45,85, às 10h29 (horário de Brasília) desta quarta-feira (30).
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Uma das principais métricas usadas pela WEG para medir a qualidade de seus resultados é o retorno sobre capital investido (Roic), que recuou 5,7 pontos no período, para 33,2%. A empresa, uma das líderes no setor nas Américas, afirmou que o recuo na rentabilidade ocorreu diante dos investimentos em “ativos fixos e intangíveis, além da aquisição dos negócios da Marathon, Rotor e Cemp”, se referindo à compra dos ativos da norte-americana Regal Rexnord anunciada em setembro de 2023 — o maior negócio já realizado pela Weg.
O JPMorgan apontou, em relatório antes da abertura do mercado, que esperava uma reação negativa significativa hoje – de 5% a 10% abaixo do Ibovespa – devido à desaceleração do crescimento da receita externa e à perda do Ebitda, combinada com a forte recuperação do último mês (+10% em relação ao Ibovespa, +2%). A WEG está sendo negociada a 19,9 vezes o valor da firma (EV)/Ebitda esperada para 2025, em comparação com seus pares industriais globais, a 16,9 vezes.
Entre os principais pontos negativos, o JPMorgan ressalta: i) a receita líquida ficou 3% abaixo da projeção do banco; ii) a margem bruta contraiu novamente, atingindo 32,9%, o menor nível desde o 3T23 e -0,8 ponto percentual (pp) em relação à projeção do JPMorgan; iii) as despesas de vendas, gerais e administrativas cresceram acima da receita, com +37% em relação ao ano anterior; e iv) o resultado líquido ficou em R$ 1,55 bilhão, 8% a 10% abaixo do JPMorgan e do consenso.
Já entre os principais pontos positivos, estão: i) a receita doméstica cresceu +14% na base anual em relação à projeção do JPMorgan, atingindo +8% na base anual; ii) a alíquota efetiva de imposto foi de 17,5% em relação ao JPMorgan, atingindo 19,8%.
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A Genial Investimentos ressalta que o resultado decepcionou por conta da compressão de margens e do impacto da mudança no mix, puxado por segmentos menos verticalizados e com menor rentabilidade.
A apreciação do real também afetou tanto a receita quanto a lucratividade da operação internacional. “O ROIC menor reflete o efeito natural da consolidação das aquisições recentes, cujos retornos ainda estão abaixo da média histórica da companhia. Ainda assim, o patamar reportado já está próximo da expectativa consolidada para 2025, considerando as integrações em andamento”, aponta a Genial.
O Goldman Sachs aponta que, com base em suas interações recentes com clientes, acredita que o foco do mercado está nas margens e se ainda há espaço para expansão ou se já se atingiu o novo patamar de margens sustentáveis. “Dessa forma, o resultado de hoje pode ser recebido negativamente pelo mercado”, avaliou o banco em relatório antes da abertura do mercado.
Em teleconferência, o banco destacou que busca entender: i) as expectativas para os custos de insumos no futuro (um dos motivos pelos quais a empresa atribuiu a pressão sobre as margens); ii) perspectivas para as receitas de geração solar (que apresentam margens menores quando comparadas ao nível consolidado); e iii) perspectivas de crescimento no atual ambiente macroeconômico global incerto.
O Goldman mantém recomendação de venda para a WEG, visto que atualmente espera que o momentum atinja o pico no início de 2025 em um cenário de estabilização das margens e desaceleração do crescimento da receita, o que, em sua opinião, limita o espaço para uma reclassificação.
“Por fim, embora abaixo das máximas históricas, continuamos a ver o posicionamento das ações acima da média, visto que os investidores veem a empresa como um nome defensivo em um contexto de ambiente macroeconômico incerto no Brasil”, pondera.
(com Reuters)
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REFLEXÃO: Michael Batnick, gestor de patrimônios da Ritholtz: Evitar erros catastróficos é mais importante do que construir o portfólio perfeito.
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