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MRV e Tenda: por que MRVE3 está caindo tanto e TEND3 dispara após o 1T25?

MRV tem resultados fracos com a pressão sobre os lucros da Resia, enquanto Tenda teve lucratividade robusta que impulsionou surpresa

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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IFCM3 | PSR: 0.139 | Cotacao: 0.1 | P/L: -0.08 | Mrg.Liq.: -1.6485 | Div.Brut/Pat.: -7.69 | Liq.Corr.: 0.61

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As ações das construtoras MRV (MRVE3) e Tenda (TEND3) registram movimentos distintos na primeira sessão após divulgação de seus resultados do primeiro trimestre de 2025 (1T25). Às 12h40 (horário de Brasília), MRVE3 caía 8,62%, a R$ 5,62, enquanto TEND3 operava com alta de 13,23%, a R$ 19,43.

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Mas quais os fatores que explicam o desempenho de ambas?

A MRV apresentou resultados fracos no 1T25 devido a um lucro significativamente aquém das expectativas do mercado.

A MRV Inc. reportou um lucro líquido ajustado de R$ 26 milhões, abaixo dos R$ 54 milhões registrados no 1T24 e abaixo das expectativas devido a maiores despesas comerciais.

Mais importante, na avaliação da XP, a Resia reportou um prejuízo líquido acima do esperado de R$ 280 milhões devido a efeitos inesperados de impairment na venda de ativos no 2T25, o que resultou em um prejuízo líquido ajustado consolidado de R$ 263 milhões, bem abaixo da previsão e consenso.

Embora espere que a dinâmica de geração de caixa da Resia melhore no segundo trimestre devido à venda de ativos, a XP acredita que a perda significativa de lucros deve levar a um desempenho negativo das ações.

A Ativa Investimentos também avalia que a MRV&CO apresentou um resultado fraco, com melhorias nas operações domésticas, porém, ainda um nível elevado de prejuízo na Resia.

Além disso, segundo a Ativa, o efeito de impairment não esperado na Resia pressionou ainda mais o desempenho.

A Ativa Investimentos reiterou recomendação neutra e preço-alvo de R$ 9,50.

O time da Genial Investimentos, por sua vez, classifica os resultados como decepcionantes, com impactos negativos da venda de recebíveis na modalidade True Sale e de impairment dos ativos da Resia que foram vendidos no 2T25.

Do ponto de vista positivo para o trimestre, a margem bruta ajustada da operação Brasil apresentou uma melhoria significativa de 2,3 pontos percentuais (p.p.). No entanto, a Genial entende que o impacto dos impairments deve se sobrepor ao ganho de margem, visto que a intensidade da revisão dos valores dos ativos foi muito intensa, de forma que já esperava uma reação negativa do mercado.

Segundo a Genial, esta redução levanta questionamentos quanto ao real valor dos ativos no balanço da Resia e, por consequência, da sua capacidade de entregar a venda prometida de US$ 800 milhões em ativos até o final de 2026, que é um dos principais pontos de atenção no processo de desalavancagem da companhia.

Olhando para os números da operação de incorporação Brasil, desconsiderando a venda de recebíveis, a Genial vê uma margem bruta de 32,6%, ainda abaixo dos pares, mas com uma recuperação muito bem-vinda. Com isso, a operação Brasil conseguiu crescer seu lucro bruto mesmo em um trimestre que é sazonalmente mais fraco para construtoras devido às chuvas e ao retorno dos funcionários das comemorações de fim de ano.

Mesmo neste patamar de margem, a operação de incorporação Brasil ainda resultou em um prejuízo de R$ 5 milhões (excluindo efeitos da venda True Sale e dos juros de um CRI emitido para pagamento de dívida da Resia). Na visão da Genial, a operação brasileira já está em fases finais de recuperação (apesar de ter demorado mais do que os pares), que é um sinal positivo para a companhia.

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“No entanto, a relevância dos pontos positivos da operação Brasil neste resultado se apequena diante do impairment na Resia”, comenta Genial. Já está claro e todos os investidores já foram avisados de que a DRE da companhia não será bonita em 2025, mas a intensidade das revisões dos ativos foram, na visão corretora, muito intensas.

A Genial Investimentos manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 15.

Apesar de manter a recomendação de compra e o preço-alvo em R$ 11,00, o Bradesco BBI avalia negativamente os resultados do 1T25 da MRV, destacando a complexidade contábil e a falta de clareza nos números, que dificultam a leitura da tese de curto prazo.

Para o BBI, o trimestre pode desancorar as projeções de lucro para 2025 e minar a percepção de valuation atrativo, especialmente pela provável revisão para baixo do lucro por ação (EPS), possível necessidade de ajuste na meta de geração de caixa da MRV Brasil e a queda de 7% no valor contábil consolidado, influenciada por perdas acima do esperado na operação da Resia.

Embora reconheça o potencial de crescimento no segmento de baixa renda, sustentado por boas vendas e melhoria gradual das margens, o BBI ressalta a falta de convergência entre os resultados financeiros e a performance operacional da companhia.

Apesar da receita líquida permanecer sólida, maiores despesas financeiras e perdas por redução ao valor recuperável pressionaram novamente o lucro por ação da MRV, segundo Morgan Stanley.

No geral, o Morgan ainda vê um cenário desafiador, com retornos e lucro líquido provavelmente sob pressão por mais tempo do que o mercado espera. Com isso, manteve sua recomendação de venda e preço-alvo de R$ 8.

Tenda (TEND3)

Por outro lado, as ações da Tenda registram forte valorização nesta sexta-feira, uma vez que a construtora reportou números sólidos na visão das instituições consultadas.

A XP comenta que a Tenda apresentou resultados positivos, o que levou a uma reação positiva das ações. Analistas da corretora acreditam que a margem bruta robusta do segmento Tenda foi o destaque dos resultados, o que, juntamente com os aumentos sequenciais da margem de backlog, aponta para uma perspectiva de lucratividade positiva que esperam que continue ao longo do ano.

O time da XP também acredita que os níveis de margem bruta ajustada do segmento Tenda, que já excedem os níveis de orientação para 2025 (108% acima do pico), juntamente com um cenário otimista para o crescimento operacional da empresa este ano, podem desencadear revisões de lucros no futuro.

O Bradesco BBI também avalia que os resultados da Tenda foram positivos, com os principais destaques sendo lucro líquido robusto, impulsionado por operações on-site com um lucro líquido de R$ 105 milhões, resultando em um ROE (retorno sobre patrimônio líquido) de 19% no último trimestre, mehoria da margem bruta da Tenda e queima de caixa operacional de R$ 3,5 milhões.

Em resumo, o BBI vê a melhora da lucratividade e o forte impulso operacional continuando a sustentar os estágios finais do processo de recuperação da Tenda, com os números do 1T25 apontando para o limite superior da projeção para o ano fiscal de 2025 para o segmento on-site, ajudando a sustentar o aumento do lucro por ação da Alea.

O BBI manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 22.

Na mesma linha que a XP e BBI, a Genial Investimentos classificou os resultados como sólidos, reforçando a trajetória de recuperação operacional. “A vertical Tenda segue apresentando avanços consistentes, com ganho gradual de rentabilidade”, comenta.

Apesar do bom desempenho operacional, a Genial destaca que companhia apresentou uma queima de caixa de R$ 62 milhões, impactada por fatores não recorrentes como atrasos em repasses em alguns estados e o aumento de capital na Tenda pela GK Partners. Ajustando esses efeitos, a queima de caixa teria sido modesta em R$ 7 milhões

Por fim, a Genial acredita que a Tenda está no caminho certo para voltar a gerar caixa consistentemente ainda este ano, quiçá voltando a apresentar uma das melhores conversões de lucro (positivo) em caixa.

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REFLEXÃO: Morgan Housel: Se preocupe somente quando você achar que tiver tudo resolvido.

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