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Financiamento de automóveis cresce no Brasil e exige atenção ao custo total

ListenToMarket: Financiamento de automóveis cresce no Brasil e exige atenção ao custo total – Áudio gerado às: 11:21:16

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Sete em cada dez carros novos vendidos em 2024 foram comprados a crédito, segundo a Fenabrave; especialistas alertam para juros médios de 25,2% ao ano e recomendam planejamento antes de financiar um carro

Créditos: Jinda Noipho/iStock

Comprar um carro por meio de financiamento é a realidade de boa parte dos brasileiros. Segundo estudo da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), divulgado em julho de 2024, cerca de 70% das vendas de veículos leves no país foram feitas por meio de crédito. Essa modalidade de aquisição permite acesso imediato ao bem, mas exige planejamento financeiro para evitar o endividamento.

Funcionamento

No financiamento tradicional, conhecido como Crédito Direto ao Consumidor (CDC), o banco ou a financeira empresta o valor ao comprador, que devolve em parcelas acrescidas de juros. O carro fica alienado ao banco até o fim do pagamento.

Dados do Banco Central, coletados no Relatório de Crédito de Pessoas Físicas, de junho de 2024, mostram que a taxa média de juros para financiamento de veículos foi de 25,2% ao ano, embora a variação entre instituições seja grande.

Outra modalidade é o leasing, em que o veículo permanece em nome da instituição financeira durante o contrato, sendo transferido ao consumidor apenas após a quitação. Já no consórcio, não há juros, mas existe uma taxa de administração que varia entre 10% e 20% do valor do veículo, segundo levantamento da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), publicado em março de 2024.

Vantagens

A primeira vantagem é ter acesso imediato ao carro. Além disso, o financiamento permite diluir o valor em parcelas, mantendo parte da reserva financeira disponível. O Santander Financiamentos destacou, em seu relatório setorial de 2023, que essa é a razão mais citada por clientes que optam pela modalidade.

Outro ponto positivo é a possibilidade de negociação. Um levantamento feito pelo portal AutoEsporte, em julho de 2023, mostrou que consumidores que pesquisaram em ao menos três instituições diferentes conseguiram reduzir em até 15% o valor total pago no financiamento, comparando taxas de juros e custos adicionais.

Cuidados

Especialistas em finanças recomendam que a parcela do carro não ultrapasse 30% da renda líquida mensal. O Banco Central reforçou essa orientação em relatório de junho de 2024, quando o comprometimento médio da renda com dívidas no Brasil foi de 28,5%.

Também é necessário observar o Custo Efetivo Total (CET), que reúne juros, tarifas, impostos e seguros. Uma simulação da Serasa, publicada em fevereiro de 2024, mostrou que um carro de R$ 60 mil, financiado em 48 parcelas, pode custar mais de R$ 95 mil, dependendo da instituição escolhida.

Outro ponto é o valor da entrada. A Caixa Econômica Federal, em informações atualizadas em 2024, destaca que clientes que deram pelo menos 40% de entrada tiveram juros médios 20% menores do que aqueles que financiaram quase todo o valor.

Planejamento

Na hora de financiar um carro, avaliar prazos, taxas e custos adicionais é essencial. Dados do Banco Central apontam que, em 2024, o prazo médio dos financiamentos no Brasil foi de 42 meses. Isso representa quase quatro anos de compromisso financeiro, o que exige análise cuidadosa, para que a compra caiba no orçamento.

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