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Queda da MP 1.303 desagradou? Por que o dólar sobe e a Bolsa cede nesta quinta (9)

Mercado digeria positivamente os fatos da noite e os dados de inflação desta manhã, mas o humor mudou ao longo da sessão; entenda motivos

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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Há dias em que faltam catalisadores para os preços, e outros em que eles são até demasiados. Agentes de mercado acordaram nesta quinta-feira (9) já com dois fatos para balizar os negócios antes da abertura da sessão: a derrota do governo no Congresso após a queda da Medida Provisória 1.303, e o IPCA de setembro, divulgado às 9h, que mostrou um número abaixo do esperado.

A primeira reação foi positiva, com Ibovespa em alta e dólar em queda, mas logo as coisas viraram: entre o fim da manhã e o início da tarde, a Bolsa passou a oscilar entre perdas e ganhos, enquanto o dólar passou a avançar. Por volta das 15h, o Ibovespa cedia 0,31%, e o dólar saltava 0,48%, para R$ 5,37.

O que aconteceu?

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Abertura positiva

Inicialmente, o mercado encarava com cautela a derrubada da MP 1.303, com atenção aos próximos passos do governo, que deve discutir na próxima semana medidas alternativas para recompor receitas que estavam previstas no texto. “Caso o governo não consiga aprovar novas medidas ou encontrar outras fontes de receita, há risco de revisão da meta fiscal para baixo no próximo ano — algo indesejado, segundo manifestações anteriores, mas que permanece no radar”, explica Cláudia Moreno, economista do C6 Bank.

Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, ressaltou que “a dificuldade em alcançar o superávit sugere que a meta de 2026 também pode ser revista, evidenciando a fragilidade do arcabouço fiscal.”

Apesar das preocupações, alguns analistas apontaram “alívio nas tensões em Brasília” como motivo para melhora do humor no mercado. Na Bolsa, avalia o Goldman Sachs, a queda da MP ajudou a tirar a pressão sobre ativos de fintechs, que voltam a ter alíquota menor de CSLL, sobre bancos, com a manutenção da isenção de LCIs e LCAs, e sobre companhias que mais dependem do benefício tributário do JCP, que segue sujeito a taxa de 15%.

No entanto, o que acabou mais pesando positivamente foi o IPCA. O índice mostrou dados considerados benignos, reforçando a sinalização de esfriamento da economia que ajuda no trabalho do banco central. “A expansão do IPCA de setembro foi ligeiramente melhor do que esperávamos, especialmente nas métricas de serviços essenciais”, analisa a XP, que, com o resultado, passou a projetar o IPCA de 2025 de 4,8% para 4,7%.

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No entanto, as boas perspectivas foram logo minimizadas por novas declarações da diretoria do BC. O diretor de Política Monetária​ Nilton José David não só reiterou que a autarquia deverá manter a Selic em 15% por um período prolongado, como disse que o Copom não veria “problema nenhum” em volta a elevar a taxa básica caso veja necessidade.

“Neste cenário de incerteza, a condução da política monetária que se requer é algo mais restritivo do que se teria em outros casos”, pontuou David, acrescentando: “Se houver alguma alteração do curso, não teremos nenhum problema em ou subir, ou ajustar.”

Ele ainda revelou que o Copom chegou a discutir a possibilidade de retomar o ciclo de aperto e subir a Selic mais uma vez na última reunião, mas que acabou decidindo por manter o patamar de 15% por mais tempo.

Pressão do exterior

Ao longo do dia, um conjunto de fatores externos passou a fazer preço localmente. No Japão, a vitória iminente da conservadora Sanae Takaichi como primeira-ministra exerce pressão sobre o iene, que ultrapassou a barreira de 153 por dólar nesta quinta diante da expectativa de adoção de uma política mais expansionista.

Em paralelo o euro segue sofrendo em meio ao impasse na França, após a dissolução do governo eleito um mês antes, e com a oposição pedindo para Emmanuel Macron convocar novas eleições para a Presidência da República.

Em paralelo, Wall Street cedeu com realizações de lucros após Jerome Powell não oferecer pistas sobre os próximos passos do Fed.

Todos esses eventos ajudaram o dólar, que tem sua melhor sessão desde julho no mercado global, alimentada também pela incerteza trazida pela falta de dados oficiais durante o shutdown, que permanece sem previsão de terminar.

Segundo dados da Bloomberg, fundos de hedge foram os primeiros a fechar posições vendidas em dólar, seguidos por contas de money market. O DXY, índice que mede a força da moeda americana, opera em alta de 0,61%, atingindo o maior nível desde 1º de agosto.

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