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ListenToMarket: Coalizão de governo desmorona no Japão e derruba mercados – Áudio gerado às: 8:20:23
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A coalizão que sustentava o governo do Japão desmoronou, representando um duro golpe para a nova líder do Partido Liberal Democrata (PLD), Sanae Takaichi, e provocando instabilidade nos mercados. O fim da aliança põe fim a um pacto que garantiu estabilidade política por mais de 25 anos.
As negociações entre Takaichi e o líder do partido Komeito, Tetsuo Saito, terminaram sem acordo nesta sexta-feira, enfraquecendo a nova dirigente do PLD antes mesmo de ela assegurar o cargo de primeira-ministra.
Takaichi tentou manter o diálogo aberto, dizendo que desejava uma nova reunião na próxima semana, mas Saito encerrou as conversas: o Komeito não apoiará os candidatos do PLD nem votará por Takaichi para premiê — embora possa cooperar em temas pontuais.
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“Dada nossa relação de cooperação de 26 anos, inclusive durante o período na oposição, lamentamos profundamente que esse desfecho tenha ocorrido”, afirmou Takaichi. “Fomos unilateralmente informados da retirada deles da coalizão.”
A decisão deixa Takaichi em posição delicada, tentando sustentar um governo minoritário que já enfrenta dificuldade para aprovar orçamentos e projetos relevantes. O colapso ocorre às vésperas de uma intensa agenda diplomática, com cúpulas regionais neste mês e a visita esperada do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O impasse teve origem nas exigências do Komeito por regras mais rígidas sobre doações políticas, após um escândalo que abalou o PLD e irritou a opinião pública.
Saito disse ter pedido a Takaichi compromissos mais firmes sobre financiamento partidário para restaurar a confiança da população, mas não obteve resposta satisfatória.“A resposta do PLD foi insuficiente — basicamente disseram que considerariam o tema no futuro”, afirmou. “Estamos encerrando nossa relação.”
Takaichi disse ter sido surpreendida por um ultimato de um dia para aceitar as propostas do Komeito. Segundo ela, seriam necessários ao menos três dias para consultar seu partido antes de tomar uma decisão.
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A notícia provocou forte oscilação nos mercados. O iene chegou a se fortalecer para 152,39 por dólar, perdeu força e voltou a subir, operando em torno de 152,68 no fim da tarde de sexta-feira.
Diante do caos político, pode ficar mais difícil para o Banco do Japão elevar os juros no curto prazo — o que tende a pressionar ainda mais o iene. Uma moeda mais fraca, porém, coloca os formuladores de política em situação delicada, especialmente se a cotação se aproximar de 160 por dólar, nível em que o governo já interveio.
Kazuo Momma, ex-diretor do Banco do Japão responsável pela política monetária, afirmou que a fraqueza do iene pesa mais nas decisões do banco do que a instabilidade política.“Se o iene cair para 155 ou 160, é possível um aumento de juros no fim do mês”, disse Momma em entrevista. “Não sabemos quem será o primeiro-ministro, mas se for Takaichi e o iene estiver em 160, seria um golpe enorme, já que a inflação é o maior problema enfrentado pela população. Nesse caso, o governo provavelmente veria com bons olhos uma alta de juros do BOJ.”
Como o mercado acionário já estava fechado quando surgiram as primeiras notícias sobre o colapso, analistas preveem queda na reabertura na terça-feira, após o feriado prolongado.“Dependendo de como a situação política evoluir, mas se nada mudar, espero uma queda do índice Nikkei após o feriado”, disse Jumpei Tanaka, chefe de estratégia de investimentos da Pictet Asset Management Japan. “Investidores estrangeiros devem reagir durante o feriado vendendo contratos futuros.”
O fim da coalizão deve levar Takaichi a buscar rapidamente aliados na oposição. É improvável, porém, que consiga formar uma nova maioria antes da votação parlamentar que definirá o próximo premiê, marcada antes das cúpulas internacionais.
Takaichi já fez acenos ao Partido Democrático do Japão, de perfil populista, e ao Partido da Inovação do Japão, com base em Osaka. Ambos apoiaram o PLD em votações recentes, abrindo espaço para maior cooperação.
Ainda assim, há a possibilidade de que partidos de oposição tentem montar uma administração alternativa e apresentar um candidato próprio ao cargo de premiê. O líder do PDJ, Yuichiro Tamaki, afirmou que já conversou com Saito.
“Suspeito que o PLD tentará se aproximar do PDJ e do Partido da Inovação, mesmo que não formem uma coalizão imediatamente”, disse Hiroyuki Ueno, estrategista-chefe do Sumitomo Mitsui Trust Asset Management. “O próximo governo será frágil — e isso aumenta a probabilidade de novas eleições.”
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REFLEXÃO: Michael Kitces, conselheiro financeiro: Invista pensando no longo prazo, não especule, mas, não ignore as flutuações do mercado.
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