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palavras-chave: Ibovespa fecha em alta com exterior e atenção à guerra comercial EUA e China; invistaja.info;
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Cão que ladra não morde? O Ibovespa, assim como a maioria das Bolsas globais, acha que é por aí: hoje, recuperou parte das perdas amplas da semana passada ao subir 0,78%, aos 141.783,36 pontos, um ganho de 1.103,02 pontos. Ainda precisa caminhar bastante para voltar aos 147 mil da máxima histórica, conquistada apenas duas semanas atrás, mas já é um bom começo.
O real também recuperou um pedaço do terreno perdido, com o dólar comercial descendo 0,75%, a R$ 5,462, em dia que o Banco Central realizou dois leilões de linha para rolagem. Os DIs (juros futuros) encerraram o dia de forma mista.
Trump recua sobre a China
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O que mexeu mesmo com o mercado hoje, tanto aqui, quanto lá fora, foi o presidente dos EUA, Donald Trump, e suas falas vacilantes sobre a China.
Na sexta-feira (10), os mercados desanimaram, quando o político inventou de ameaçar novamente a China com novas tarifas. Mas ontem, domingo, talvez preso à coleira do bom senso, ele recuou: “não se preocupem com a China, vai ficar tudo bem! O respeitadíssimo Presidente Xi acaba de passar por um momento ruim. Ele não quer uma depressão para o seu país, e eu também não”, escreveu Trump em uma rede social. “Os EUA querem ajudar a China, não prejudicá-la”.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou, em entrevista à Fox Business, já na manhã de hoje, que a tarifa de 100% contra bens da China não precisa ser efetivada. Segundo ele, as linhas de conversas com autoridades chinesas foram reabertas e estão em andamento nesta semana. Os mercados se acalmaram. Os principais índices em Wall Street subiram. O mesmo aconteceu na Europa, mesmo com a crise política na França ainda fungando.
Mas o banco JPMorgan avalia que o sobe e desce dos mercados deve continuar nos próximos dias. O salto na volatilidade implícita e realizada na sexta-feira fará com que fundos com metas de volatilidade reduzam sua alavancagem de cerca de 77% para 61%, o que pode gerar vendas adicionais de até US$ 30 bilhões em ações, mesmo que o mercado siga se recuperando. É um alerta contra esse otimismo visto hoje, após recuo de Trump.
Matthew Ryan, estrategista-chefe da Ebury, resumiu o sentimento: “já vimos isso muitas vezes. O mercado está discretamente confiante de que o latido de Trump é pior do que a mordida”.
Paralisação afeta economia
Esse cão feroz com outros países, por outro lado, não assusta ninguém dentro do próprio país. A paralisação do governo continua, não há acordo. E Bessent alertou que a situação está afetando a economia. Nesse interim, o ouro segue batendo recordes históricos e já passou de US$ 4.100.
Enquanto isso, Trump se anima com uma vitória toda sua: o fim da guerra em Gaza. Hoje, falou no Parlamento israelense, sob muitos aplausos, e na sequência foi ao Egito assinar acordo de cessar-fogo no território palestino. A festa era toda dele.
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Vale e Petrobras em alta
Por aqui, a alegria foi geral. Vale (VALE3) foi o golden retriever da vez, com alta de 1,49%, uma fofura só, em dia que o minério de ferro ajudou do outro lado do mundo.
Abraço carinhoso deram as ações da Petrobras (PETR4) nos seus donos, com alta deliciosa de 0,97%, com recuperação dos barris de petróleo mundo afora, mesmo com previsão de aumento da oferta e com a paz voltando a ser avistada no Oriente Médio.
Os bancos foram o melhor amigo do investidor, com Banco do Brasil (BBAS3) ganhando 1,31%, Bradesco (BBDC4) subindo 0,42% e Itaú Unibanco (ITUB4) avançando 0,40%. Santander (SANB11) virou na reta final e subiu 0,14%.
O varejo rosnou e ficou misto, mas a maioria em alta e destaques negativos com Magazine Luiza (MGLU3) caindo 2,38% e Assaí (ASAI3) perdendo 2,07%.
Sabesp (SBSP3) subiu 1,08%, em dia que bancos expuseram visões diferentes sobre a ação. E BB Seguridade (BBSE3) caiu 0,46%, após dados de agosto.
Amanhã, os ouvidos se voltam às falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que participa em evento econômico na Filadélfia. Tem também a inflação ao consumidor na Alemanha. Mas a grande questão agora é: passada a questão de Gaza, por ora, os rugidos de Trump irão para quem? (Fernando Augusto Lopes)
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REFLEXÃO: Barry Ritholtz, da Bloomberg: Mantenha a simplicidade, faço menos e administre sua estupidez.
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