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palavras-chave: Ações da Petrobras fecham em queda de até 5% após subirem forte no intraday com resultado; só 2 ações do Ibovespa fecham em alta; invistaja.info;
SLED3 | P/Cap.Giro: -1.13 | P/Ativo: 0.149 | Liq.2meses: 529479.0 | EV/EBIT: -2.92 | ROIC: -0.3527 | DY: 0.0
CURITIBA | invistaja.info — A reta final da sessão desta quinta-feira (25) foi de forte aversão ao risco para o mercado e de forte queda para o Ibovespa, com os investidores domésticos mostrando preocupação com o cenário fiscal nacional, ao mesmo tempo em que as preocupações externas com a alta do rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA levaram a uma forte queda das bolsas americanas, com os investidores monitorando o aumento de inflação por lá e o impacto no mercado de ações.
Neste cenário, e também impactadas pelo noticiário interno, após chegarem a disparar 4% (ação ON) no início da sessão depois do resultado e com o anúncio de dividendos, as ações da Petrobras (PETR3, R$ 22,86, -3,87%; PETR4, R$ 23,19, -4,96%) perderam fortemente o seu ímpeto durante o dia. Os ativos fecharam em forte baixa, com destaque para os PN, com desvalorização de quase 5%.
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A Petrobras fechou o quarto trimestre de 2020 com lucro de R$ 59,89 bilhões, resultado 634,6% superior ao de igual período de 2019, quando a empresa teve lucro de R$ 8,15 bilhões. Contudo, os analistas de mercado apresentaram diferentes visões sobre o resultado, com essa linha do balanço sendo afetada principalmente pela reversão de “impairment”, ao mesmo tempo em que há muita incerteza sobre o futuro da estatal com a saída de Roberto Castello Branco do comando da companhia no final de março. Veja mais análises do resultado clicando aqui.
Vale destacar que Jair Bolsonaro afirmou hoje que todas as estatais precisam cumprir uma função social e é inadmissível um presidente de uma dessas companhias que não tenha essa compreensão, apontando ainda que o general Joaquim Silva e Luna dará uma nova dimensão à Petrobras, o que ajudou a aumentar ainda mais a aversão ao risco dos investidores com a estatal, intensificando as perdas durante o dia.
“Uma estatal, seja ela qual for, tem que ter sua visão de social. Não podemos admitir uma estatal e um presidente que não tenha essa visão”, disse Bolsonaro em discurso durante cerimônia sobre a revitalização do sistema elétrico de alta tensão de Furnas em Foz do Iguaçu (PR), com a presença de Luna e Silva, atual presidente pelo lado brasileiro da Itaipu Binacional e indicado por Bolsonaro para comandar a Petrobras (veja mais aqui). O presidente ainda declarou que a “nova dinâmica” na Petrobras “vai surpreender positivamente quem depende dos seus produtos”.
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Enquanto isso, após caírem 3% no início da sessão após os resultados, as ações da Ambev (ABEV3, R$ 14,17, -3,47%) chegaram a amenizar, mas voltaram a ter fortes perdas na reta final do pregão (confira a análise sobre os números da Ambev aqui). Enquanto isso, os papéis da Ultrapar (UGPA3, R$ 19,68, -7,52%) fecharam em baixa de mais de 7%, com o resultado considerado fraco (veja a análise aqui). Quem também soltou resultado e viu suas ações caírem foi a SulAmérica (SULA11, R$ 34,78, -4,32%), com baixa de cerca de 4%.
A maior queda do Ibovespa, contudo, ficou com a WEG (WEGE3, R$ 79,50, -8,30%), que divulgou bons resultados na semana, mas analistas ainda apontam a sessão
Enquanto isso, as ações da Eletrobras (ELET3, R$ 33,44, -1,07% ;ELET6, R$ 33,83, -0,50%), que chegaram a subir 2% com o governo esperando arrecadar R$ 25 bilhões com privatização da companhia, viraram para perdas. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na noite da véspera que vai indicar nesta quinta-feira um relator para a medida provisória que trata da privatização da estatal , após o presidente Jair Bolsonaro entregar pessoalmente na Casa outra medida, o projeto de lei que permite a privatização dos Correios.
As ações de Lojas Americanas (LAME4, R$ 25,98, -2,33%) e a sua controlada B2W (BTOW3, R$ 85,27,-1,19%), que tinham alta de cerca de 2% no início da sessão, também fecharam em queda. A BR Distribuidora (BRDT3, R$ 20,26, -3,98%) e a Lojas Americanas anunciaram nesta quinta-feira (25) parceria para a integração das lojas de conveniência BR Mania e Local, que será efetivada por meio da criação de uma nova sociedade, cujo capital social será detido pelas duas companhias. Ambas terão participações de 50% na nova empresa a ser constituída, que contará com estrutura profissional e de governança corporativa próprias. O acordo foi avaliado positivamente para as duas companhias, confira mais clicando aqui.
Poucas ações do Ibovespa fecharam em alta, caso de Vivo (VIVT3, R$ 44,52, +0,29%) e Multiplan (MULT3; R$ 19,96, +0,45%). Enquanto isso, as ações da Vale (VALE3; R$ 95,71, -2,27%) fecharam em queda; depois do fechamento do pregão, a companhia divulgará seus números do quarto trimestre de 2020.
Confira mais destaques:
Petrobras (PETR3, R$ 22,86, -3,87%; PETR4, R$ 23,19, -4,96%)
A Petrobras fechou o quarto trimestre de 2020 com lucro de R$ 59,89 bilhões, resultado 634,6% superior ao de igual período de 2019, quando a empresa teve lucro de R$ 8,15 bilhões.
No trimestre anterior, a companhia teve prejuízo de R$ 1,54 bilhão. O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou em sua provável última Carta do Presidente na divulgação do resultado do exercício de 2020, que entregou a recuperação em “J” que havia prometido, e que a empresa teve um desempenho excepcional em 2020, apesar do ambiente desafiador da pandemia de covid-19.
Na divulgação dos resultados, a empresa afirmou que contribuiu para o lucro a reversão de “impairment” em R$ 31 bilhões, ganhos cambiais de R$ 20 bilhões e reversão de gastos passados do plano de saúde AMS, em R$ 13,1 bilhões, decorrente da revisão de obrigações futuras da empresa.
O lucro Ebitda ajustado somou R$ 47 bilhões entre outubro e dezembro, alta de 28,8% ante o mesmo período de 2019. A receita líquida do quarto trimestre somou R$ 75 bilhões, queda de 8,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O Credit avalia que a Petrobras cumpriu com as suas metas para 2020, apesar da queda da demanda, baixa dos preços do petróleo e problemas operacionais causados pela pandemia do coronavírus. O banco aponta que a meta de dívida em US$ 60 bilhões parece viável e destaca a alta da produção de petróleo. Mesmo assim, mantém avaliação de undeperform para os papéis da Petrobras, e preço-alvo em US$ 8 para os papéis negociados na Bolsa de Nova York, frente os US$ 8,72 negociados na quarta (24).
O Morgan Stanley comentou os resultados da Petrobras, afirmando que o Ebitda normalizado superou seu modelo e o do consenso em entre 6% e 7%.
O banco diz que, apesar do ano desafiador, a empresa anunciou dividendos totais de US$ 2 bilhões, 25% abaixo de 2019, o que considerou uma diferença modesta, destacando que fica o dobro do mínimo exigido pela lei.
Mas o Morgan Stanley destaca a percepção mais forte sobre intervenção do governo nas últimas semanas, após o anúncio da mudança do presidente da companhia (Roberto Castello Branco), que vinha tendo um bom desempenho, por um general da reserva (Joaquim Luna e Silva). O banco diz que vai avaliar a reação do mercado nas próximas semanas, ligada a fatores como uma potencial resignação de membros do conselho e outros executivos.
Os fundamentos econômicos não se alteraram, mas não devem ser o único fator no futuro, avalia o banco. Devido à incerteza, Morgan Stanley não está mantendo avaliação de risco ou preço-alvo sobre a Petrobras.
O Itaú BBA apontou que o resultado ficou em linha com suas expectativas. Apesar de o valor dos papéis estar em nível atrativo, o banco alerta que espera volatilidade e incertezas, em meio a mudanças na gestão. Tanto sua avaliação quanto o preço-alvo estão em revisão até que o banco tenha clareza sobre o assunto.
A empresa também informou na quarta que assinou, com a SPE Miranga, subsidiária integral da PetroRecôncavo, contrato para a venda da totalidade de sua participação em nove campos terrestres de exploração e produção na Bahia, por US$ 220,1 milhões.
Ambev (ABEV3, R$ 14,17, -3,47%)
A Ambev teve lucro de R$ 6,89 bilhões no quarto trimestre de 2020, 63,3% superior frente os R$ 4,21 bilhões registrados no mesmo trimestre de 2019. De acordo com a companhia de bebidas, os resultados “foram impactados positivamente por R$ 4,3 bilhões de créditos tributários extemporâneos decorrentes da decisão do Supremo Tribunal Federal de 2017 pela inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da Cofins”.
Já no acumulado do ano, o lucro somou R$ 11,7 bilhões, queda de 3,7% frente os R$ 12,1 bilhões de 2019.
Enquanto isso, a receita líquida totalizou R$ 18,5 bilhões no quarto trimestre, 19,9% superior frente o resultado de um ano antes. Em 2020, a alta foi de 12,3% na comparação anual, alcançando R$ 58,3 bilhões.
O Ebitda (sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do quarto trimestre subiu 29,1%, indo para R$ 8,93 bilhões enquanto que, no acumulado do ano, foi de R$ 21,5 bilhões, 2,1% superior frente o ano anterior.
O Bradesco BBI destacou que o lucro Ebitda ajustado, de R$ 8,937 bilhões, ficou em linha com sua expectativa e com o consenso do mercado, enquanto a receita líquida ficou em linha com o consenso e 3% acima da estimativa do Bradesco. O banco afirma que os volumes ficaram acima das expectativas.
Os créditos fiscais de R$ 2 bilhões reportados pela empresa ficaram acima das expectativas do Bradesco, e se devem a decisão da Suprema Corte que julgou a inclusão do ICMS sobre PIS e Cofins inconstitucional. Assim, o lucro líquido ficou 80% acima da expectativa do banco e a do consenso, principalmente devido a créditos fiscais maiores.
O banco ressaltou que a empresa reportou alta de 10% no consumo de cerveja no início do ano, apesar de não haver Carnaval, que responde por entre 5% e 10% dos volumes de cerveja no ano. A estimativa do banco era de queda de 3,5% nos volumes no primeiro trimestre de 2021, devido à falta de festividades e ao fim do auxílio. O banco destaca que a associação de fabricantes CervBrasil afirmou ao jornal Valor que a produção de cerveja no Brasil caiu 10% em janeiro na comparação anual. Assim, o banco estima que a Ambev tenha ganhado 13 pontos percentuais de participação no mercado.
Os analistas ainda avaliam que a Ambev esteja se beneficiando de problemas de engarrafamento na indústria, já que a empresa fornece parte de suas necessidades internamente. Outro fator são inovações da empresa. Ainda assim, o banco afirma que gostaria de ter mais dados sobre o tema.
A empresa anunciou expectativa de que o custo dos bens vendidos por hectolitro cresçam entre 20% e 23% em 2021, acima de sua estimativa de 16%. Em parte isso se deve ao fato de que a empresa incluiu em sua guidance (documento com planos e expectativas para o futuro) uma cobertura de risco cambial de R$ 5,29 por dólar, 2,5% acima de sua estimativa. Outro fator pode ser as expectativas quanto à proporção de recipientes retornáveis, que têm custos menores, em relação aos descartáveis. O banco diz esperar que a proporção de retornáveis volte ao patamar pré-covid no quarto trimestre de 2021, enquanto a guidance pode estar indicando uma recuperação mais lenta.
O banco mantém avaliação em underperform para a Ambev, cujo desempenho em um ano ficou 2 pontos percentuais abaixo da média do mercado, com investidores precificando a queda da renda dos consumidores e o impacto no consumo de bebidas. Além disso, a expansão da capacidade na indústria deve levar a maior concorrência. O preço-alvo fica em R$ 15,5 por ação, frente aos R$ 14,68 negociados na quarta.
O Credit diz que a alta de 11,9% nos volumes da Ambev na comparação anual, e de 8% na receita por hectolitro estão em linha com suas expectativas e as do mercado. Apesar de ter encerrado 2020 em um patamar forte, o banco diz esperar uma reação negativa do mercado em meio ao anúncio do acordo de distribuição entre Coca-cola e Heineken no Brasil.
O banco mantém avaliação de outperform (expectativa de valorização acima da média do mercado) para a Ambev, com preço-alvo em 2021 em R$ 18.
Ainda no radar do setor, a Coca-Cola FEMSA anunciou na quarta que a Coca-Cola Company e a Heineken acertaram um acordo para reestruturarem sua rede de distribuição no Brasil. O acordo vai entrar em vigor em meados deste ano e tem validade até 2026, podendo ser prorrogado por mais cinco anos. O acordo prevê que as companhias iniciarão uma “suave transição” das marcas Heineken e Amstel para a rede de distribuição do grupo holandês no Brasil. O sistema Coca-Cola continuará a oferecer Kaiser, Bavaria e Sol, e complementará este portfólio com a marca premium Eisenbahn e outras marcas internacionais.
Na avaliação do Bradesco BBI, o acordo entre Coca e Heineken é negativo para a Ambev, já que o engarrafamento das concorrentes se desenvolverá melhor no Brasil. O banco não alterou sua avaliação sobre a Ambev, mas afirma que, no melhor cenário que estima para a Coca, a Ambev teria uma queda na taxa de crescimento anual composta de 2 pontos percentuais, para 3%.
Ultrapar (UGPA3, R$ 19,68, -7,52%)
O grupo Ultrapar registrou lucro líquido de R$ 431,5 milhões no quarto trimestre de 2020, revertendo o prejuízo de R$ 267,7 milhões no mesmo período de 2019. No acumulado do ano, a empresa registrou lucro líquido de R$ 927,7 milhões, aumento de 130,2% na comparação anual.
A empresa somou Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 836,4 milhões no último trimestre do ano passado, com alta de 212,4% na comparação anual, ou seja, três vezes maior. Em 2020, o Ebitda foi de R$ 3,035 bilhões, alta de 24% em relação a 2019.
A receita líquida totalizou R$ 23,216 bilhões, 2% inferior à do mesmo intervalo do ano anterior. Segundo a empresa, essa redução foi provocada principalmente pela rede de postos Ipiranga, parcialmente compensada pelo crescimento da receita líquida nos demais negócios do grupo. Em relação ao terceiro trimestre de 2020, o indicador teve aumento 12%. Em todo o ano, a receita líquida totalizou R$ 81,241 bilhões, recuo de 9% ante 2019.
hotWords: alta resultado; ações fecham queda petrobras intraday
Em carta que acompanha o balanço da Ultrapar, a companhia diz que “o ano de 2020 demonstrou a resiliência do portfólio de empresas, com resultados crescentes em todos os nossos negócios, exceto Ipiranga, cuja atividade foi diretamente afetada pelas medidas de isolamento social e restrição à mobilidade”.
De acordo com a XP Investimentos, os resultados ficaram abaixo do esperado. “Tal resultado refletiu uma combinação dos seguintes fatores: (i) resultados abaixo do esperado nas subsidiárias Ipiranga e Ultragaz que foram parcialmente compensados por (ii) melhores resultados na Oxiteno e Extrafarma e (iii) resultados em linha na Ultracargo”, avaliam. Os analistas possuem recomendação neutra para os ativos, com preço-alvo de R$ 22 por ação.
SulAmérica (SULA11, R$ 34,78, -4,32%)
A seguradora SulAmérica registrou lucro líquido de R$ 42,7 milhões no quarto trimestre, queda de 90% em relação a igual período do ano anterior e de 85,1% na comparação com o terceiro trimestre.
Com isso, a companhia encerrou 2020 com lucro líquido de R$ 797,2 milhões, recuo de 23% ante o número alcançado em 2019.
A seguradora foi afetada principalmente pelo resultado financeiro que, com a redução da taxa Selic para 2% ao ano, menor nível da história, caiu 73,2% em 2020, para R$ 123,6 milhões. No quarto trimestre, alcançou R$ 33 milhões, queda de 69,4% ante igual período do ano anterior.
Por outro lado, as receitas operacionais da companhia somaram R$ 5,253 bilhões no período entre setembro e dezembro, aumento de 6,6% em relação a igual período do ano anterior e de 3,8% ante o volume registrado no terceiro trimestre. Em todo o ano passado, foram faturados R$ 20,032 bilhões, expansão de 6,3% sobre o resultado de 2019.
As receitas operacionais de seguros, por sua vez, alcançaram R$ 4,891 bilhões no quarto e último trimestre do ano passado, alta de 6,5% em relação a igual período de 2019 e de 3,2% em relação ao terceiro trimestre. Em 2020, somaram R$ 18,87 bilhões, avanço de 5,9% ante o volume do ano anterior.
O índice de sinistralidade ficou em 79,5% nos últimos três meses do ano passado, 6 pontos porcentuais a menos que em igual trimestre de 2019 e 4,3 pontos porcentuais abaixo do nível do trimestre anterior.
De acordo com a XP, a companhia postou um resultado aquém das expectativas de mercado para o quarto trimestre, implicando um retorno sob patrimônio líquido de 12% no trimestre (ante dado anterior de 18% no quarto trimestre de 2019).
“As principais áreas que impactaram o resultado foram: i) sinistralidade, que aumentou 4,4 pontos percentuais no trimestre para 80% devido a uma combinação de aumento de internações por COVID-19 e a volta dos procedimentos eletivos por usuários; ii) resultado financeiro, que caiu 76% no trimestre para R$ 33 milhões; e iii) por fim, o índice de despesas administrativas piorou 0.9 ponto percentual anualmente e 3.3 pontos percentuais no trimestre para 10.7%”, avalia Marcel Campos, analista da XP.
Contudo, a XP reitera recomendação de compra e preço-alvo de R$ 58, uma vez que: i) gosta da seguradora no longo prazo; ii) acredita que este trimestre não deva ser tratado como recorrente; e iii) a retomada da economia deve gerar aumento de prêmios para a SulAmérica;
Marcopolo (POMO4, R$ 2,58, -3,37%)
A Marcopolo reportou lucro líquido de R$ 90,707 milhões em 2020. O valor representa queda de 57,22% na comparação com o lucro líquido de R$ 212,029 milhões de igual período do ano anterior. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, em balanço enviado à CVM.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 268,5 milhões no ano, queda de 20,6% ante 2019.
Enquanto isso, a receita da companhia fechou o ano em R$ 3,589 bilhões. O resultado representa queda de 17,81% ante a cifra de R$ 4,367 bilhões na mesma base de comparação.
O resultado financeiro líquido de 2020 foi negativo em R$ 123,8 milhões, ante um resultado negativo de R$ 6,4 milhões em 2019. Segundo a empresa, o resultado financeiro foi fortemente impactado pela desvalorização do real frente ao dólar americano sobre a carteira de pedidos em dólares. A companhia destaca, no entanto, realiza o hedge do câmbio das exportações no momento da confirmação dos pedidos de venda, assegurando a margem dos negócios. À medida que os produtos são entregues e faturados, a Companhia captura os benefícios da desvalorização do Real em suas margens operacionais.
Kepler Weber (KEPL3, R$ 45,28, +0,31%)
A Kepler Weber, líder no mercado de equipamentos para armazenagem de grãos, registrou lucro líquido de R$ 20,7 milhões no quarto trimestre de 2020, queda de 1,7% ante os R$ 21,1 milhões apurados em igual período do ano anterior, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira (24). O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 30,5 milhões, 1,5% abaixo do obtido em igual intervalo de 2019. A receita líquida da companhia atingiu R$ 248,1 milhões no quarto trimestre de 2020, 38,3% mais do que no período correspondente do ano anterior. A margem líquida atingiu 8,4%, queda de 3,4 pontos porcentuais na comparação anual.
No comunicado sobre os resultados, a empresa destacou o crescimento da receita operacional líquida em 2020, que chegou a 15%, “superando as dificuldades” causadas pela pandemia do novo coronavírus. “A reação positiva do agronegócio brasileiro frente ao novo cenário foi importante para a boa performance da companhia, sobretudo no segundo semestre”, disse a Kepler.
A empresa citou como fatores que contribuíram para o resultado o aumento da confiabilidade dos importadores de grãos e carnes, a construção de uma “carteira saudável” de pedidos, boas condições de financiamento no Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), a depreciação do real e o aumento dos preços internacionais das commodities agrícolas.
No quarto trimestre, o mercado interno representou 91% da receita líquida, e o externo, 9%, contra 87% e 13%, respectivamente, observados um ano antes. A receita líquida do segmento de armazenagem da Kepler Weber no quarto trimestre de 2020 cresceu 38,7% em relação a igual período de 2019, para R$ 165,1 milhões. Segundo a empresa, o incremento é reflexo “das condições macroeconômicas favoráveis como commodities agrícolas em alta, real depreciado e disponibilidade das linhas de financiamento ao agronegócio, principalmente o PCA”.
Já a receita de exportações subiu 3,1% na mesma base de comparação, para R$ 23,5 milhões. Conforme a Kepler, o crescimento foi “modesto” devido à estratégia de priorizar vendas no mercado interno dado o aquecimento da demanda no segundo semestre de 2020. “Com isso, houve alto nível de ocupação das plantas e alongamento dos prazos de entrega para todos os segmentos, o que afetou os prazos para exportação.”
AES Brasil (TIET11, R$ 16,07, -0,43%)
A AES Brasil registrou lucro líquido de R$ 606,6 milhões de no quarto trimestre de 2020, alta de 470,9% ante o mesmo período do ano anterior. No acumulado de 12 meses, a empresa reportou lucro líquido de R$ 848 milhões, crescimento de 182,6% em relação a 2019.
A companhia também registrou Ebitda de R$ 1,166 bilhão no último trimestre do ano, com aumento de 307,1% com relação ao mesmo intervalo de 2019. Em 2020, o Ebitda total foi de R$ 2,067 bilhões, alta de 100,1% no ano.
A empresa reportou geração bruta de 2.299,4 GWh em fontes hídricas no trimestre (queda de 9,6% na comparação anual), 387,7 GWh em fontes eólicas (recuo de 10%) e 150,2 GWh em fonte solar (aumento de 6,5%).
Em carta enviada junto aos dados divulgados, a companhia destaca que o ano foi marcado pelo expressivo crescimento dos resultados da AES Brasil, com incremento na margem líquida, Ebitda e lucro líquido, influenciado principalmente pela evolução do processo de resolução do GSF, pelo bom desempenho operacional e pela diligência em relação às despesas e custos operacionais.
Rede D’Or (RDOR3, R$ 71,36, -1,88%)
A Rede D’Or São Luiz, por sua vez, teve lucro atribuível aos controladores de R$ 278,5 milhões no quarto trimestre do ano passado, praticamente estável em relação aos R$ 277,9 milhões reportados no mesmo período de 2019.
“A Rede D’Or divulgou resultados operacionais muito fortes no 4° trimestre de 2020 (4T20), superando as nossas estimativas e o consenso de mercado, impulsionados por uma receita líquida robusta, que refletiu uma combinação de: i) leitos operacionais mais altos, ii) taxa de ocupação mais alta e iii) ticket médio mais alto. O forte conjunto de indicadores operacionais reforça nossa visão positiva sobre a Rede D’Or e, com isso, reiteramos nossa recomendação de Compra com preço alvo de R$85 por ação”, aponta a XP.
O Bradesco BBI destacou que as aquisições devem ganhar relevância, respondendo por cerca de 80% das expansões, avalia o banco e reiterou sua preferência pela Rede D’Or no setor de saúde, com recomendação outperform (expectativa de valorização acima da média do mercado), e preço-alvo em R$ 82, frente os R$ 72,73 de fechamento na quarta (24).
O Credit Suisse comentou os resultados divulgados pela Rede D’Or. O banco diz avaliar que a utilização de leitos é uma variável crucial em empresas hospitalares, e ressalta que a Rede D’Or foi capaz de elevar sua capacidade, mas que a Covid criou uma situação anormal. O Credit diz acreditar na habilidade da empresa de continuar suas aquisições e em sua relação com clientes e médicos para garantir a ocupação. O banco mantém avaliação em outperform, com preço-alvo de R$ 78, frente os R$ 72,73 de fechamento na quarta (24).
Eletrobras (ELET3, R$ 33,44, -1,07% ;ELET6, R$ 33,83, -0,50%)
Ainda no radar dos mercados, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na noite da véspera que vai indicar na quinta-feira um relator para a medida provisória que trata da privatização da Eletrobras, após o presidente Jair Bolsonaro entregar pessoalmente na Casa outra medida, o projeto de lei que permite a privatização dos Correios.
O governo federal espera arrecadar R$ 25 bilhões com a privatização da companhia, estatal com foco em geração e transmissão de energia, e espera que a operação em que a União deixará de ser a acionista majoritária da empresa seja concluída até dezembro deste ano.
O valor é maior que os R$ 16,2 bilhões iniciais com os quais o governo contava porque a Medida Provisória enviada ao Congresso na terça-feira incluiu a possibilidade de renovação antecipada da hidrelétrica de Tucuruí, um dos principais ativos da subsidiária Eletronorte. A usina tem 4 mil megawatts médios de garantia física e sua concessão vence em 2024, mais da metade dos 7,5 mil MW médios das outras usinas da Eletrobrás que também terão os contratos alterados.
O valor deverá ser pago para que a Eletrobras possa alterar o regime de exploração da energia de suas usinas, de cotas – que cobrem apenas custos de operação e manutenção – para o modelo de produção independente – de preços livres. A “descotização” poderá ser feita em um prazo entre três e dez anos, mas as premissas do governo enviadas pelo Ministério de Minas e Energia à Eletrobras e divulgadas ao mercado consideram um horizonte de cinco anos.
O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, disse que o valor que o Tesouro arrecadará e o que deve ser injetado na CDE ainda poderão ser alterados pelo Ministério de Minas e Energia, através do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), colegiado de ministros presidido pelo MME.
(com Agência Estado, Reuters e Bloomberg)
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REFLEXÃO: Harold Pollack, da Universidade de Chicago: Guarde entre 15 e 20% e invista em fundos de índices com taxa baixa.
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