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palavras-chave: Shein no Brasil: expansão de companhia chinesa deixa analistas mais cautelosos com varejistas de moda; invistaja.info;
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ListenToMarket: Shein no Brasil: expansão de companhia chinesa deixa analistas mais cautelosos com varejistas de moda – Áudio gerado às: 10:51:0
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A Shein é uma empresa chinesa digital focada na exportação de vestuário produzido no gigante asiático, que tem uma indústria desse setor bem desenvolvida, para outros países. A companhia trabalha em desenvolver um sistema de logística eficiente, focando apenas no online, bem como novas tecnologias de vendas. Nos EUA, a marca já superou nomes como a H&M e a Zara em vendas.
A varejista de moda chinesa já é um sucesso também no Brasil. Em 2021, o seu aplicativo foi o mais baixado do setor de modas, contando com mais de 23,8 milhões de downloads no país. Além disso, as estimativas são que ela faturou cerca de R$ 2 bilhões no país. Agora, a varejista pretende fazer sua “entrada oficial” por aqui.
A Shein já teria começado a fechar contratos com fornecedores locais. A ideia da companhia, com isso, é diminuir o período de entrega e também diminuir a dependência das importações.
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“Vemos o movimento da Shein como negativo para as varejistas brasileiras focadas em média e baixa renda, uma vez que deve aumentar o ambiente competitivo do setor”, comentam os analistas da XP Investimentos Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday em relatório do final de fevereiro.
Para eles, a Shein tem diversos atrativos que a diferem das suas concorrentes brasileiras. A chinesa consegue, por exemplo, acompanhar de forma mais rápida as tendências da moda e tem um vasto sortimento de peças tendo, mesmo assim, preços bastante competitivos.
Apesar dos diferenciais, os analistas da corretora veem que ainda falta à Shein uma multicanalidade maior e avançar no processo de logística reversa, que abrange temas como devolução e reciclagem de produtos. “Além disso, existem discussões sobre aumentar a fiscalização e tributação dos produtos importados por essas plataformas a fim de melhorar a competitividade de produtos brasileiros”, completam os analistas.
Mesmo assim, a companhia chinesa vem avançando no país, e deve continuar a melhorar sua presença por aqui, o que é, para XP, um risco para nomes como a C&A (CEAB3), Hering (agora do Grupo Soma SOMA3) e Lojas Renner (LREN3). No entanto, apontam, como a Hering tem um posicionamento de moda mais básica (versus Shein com um perfil mais forte em moda fast fashion), o risco pode ser mitigado.
Entrada da Shein deixa Itaú BBA mais cauteloso com Lojas Renner
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“Embora a Shein seja um case de sucesso com um modelo de negócios interessante, concluímos que a verdadeira característica disruptiva da empresa parece ser sua inteligência artificial, que acreditamos que nenhum outro player saiba usar tão bem ou precisamente quanto”, afirma o analista Thiago Macruz, do Itaú BBA. “Do design do produto ao front-end com os consumidores, essa expertise é bastante diferenciada”.
A Shein consegue colocar, diariamente, cerca de seis mil novos itens em seu catálogos on-line, número muito maior do que qualquer outra companhia. Em seu caso, não são fashionistas ou estilistas que capturam tendências, mas sim softwares.
Além disso, a companhia não depende do Instagram para se promover, como outras varejistas de moda, utilizando mais seu conterrâneo TikTok para crescer – o que a coloca ainda mais em contato com a geração Z. A companhia conta também, segundo levantamentos, com estímulos mais eficazes para manter usuários no aplicativo, fazerem outras compras e gastarem mais.
“Essa expertise deve ser o próximo objetivo do mercado doméstico, pelo menos para os players que querem uma fatia significativa do mercado digital, que esperamos que impulsione a maior parte do crescimento futuro da indústria da moda”, pontua o Itaú BBA.
A Lojas Renner é uma companhia que vem investindo no online e o BBA tem uma visão positiva para a companhia, que negocia a múltiplos atraentes.
Os analistas mantêm visão positiva sobre a empresa, bem como a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) às ações, mas com um pouco mais de cautela “até que possamos entender completamente o tamanho de seus investimentos digitais no curto e médio prazo”, explicam. A visão mais cautelosa implicou numa redução do preço-alvo, de R$ 51 para R$ 30, o que ainda corresponde a um potencial de valorização de 36,5% frente o fechamento da véspera.
Já em uma perspectiva de longo prazo, os analistas avaliam que a Lojas Renner continua sendo a mais bem posicionada em nossa cobertura de moda para surfar as tendências futuras de crescimento relacionadas à digitalização do setor.
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