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Covid-19 na China derruba commodities e, com elas, Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3;PETR4)

Para analistas, petróleo tem movimento fruto de nervosismo e oferta do minério deve voltar a aumentar

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Edição MarketMsg e invistaja.info

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A China engrossou nos últimos dias sua luta contra a Covid-19, em meio a uma alta do número de casos no país, que veem batendo recordes desde a última semana. Nesta terça-feira (15), cerca de 30 milhões de chineses estão confinados em suas casa, impedidos de sair, e várias fábricas estão fechadas, seguindo as estratégias da “Covid zero”. A segunda maior economia do mundo, e a maior importadora de commodities, mais uma vez, vê o seu crescimento ameaçado, o que acaba por impactar o preço dos produtos não manufaturados.

O Morgan Stanley, com os recentes acontecimentos, cortou a sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) chinês no ano de 5,3% para 5,1% e afirmou ver um “consumo mais fraco e um impacto modesto nas cadeias de suprimentos”. Isso explica, em grande parte, as recentes quedas do petróleo e do minério de ferro.

O contrato de compra de um barril Brent, parâmetro para as vendas da Petrobras (PETR3;PETR4), fechou negociado a US$ 98,96 nesta terça-feira (15), caindo 7,43% no dia. Há pouco mais de uma semana, o preço da mesma quantia estava em cerca de US$ 121.  Mais cedo, no porto chinês de Dalian, a tonelada do minério fechou em queda de 4,61%, a US$ US$ 118,58 – ante US$ 130 há cinco dias.

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Com isso tudo, as ações ordinárias e preferenciais da Petrobras recuaram mais de 2% no pregão desta terça e as ordinárias da Vale, cerca de 2,87%. Para analistas, porém, o mercado pode estar exagerando (e de todos os lados).

Para Julius Baer, oscilações do petróleo são frutos de nervosismo

A Rússia é um dos maiores países produtores de petróleo do mundo e, com isso, os embargos e sanções impostos ao país governado por Vladimir Putin após a invasão à Ucrânia geraram uma crise dos preços dessa commodity. No começo do ano, o preço do barril Brent era negociado a cerca de US$ 80 e em março chegou a tocar US$ 130.

“A forte liquidação continua e o prêmio de risco parece evaporar rapidamente dos preços do petróleo, embora as tensões e incertezas em torno da guerra na Ucrânia permaneçam altas”, comentam os analistas do banco suíço Julius Baer. “De fato, as perspectivas de demanda de petróleo da China são fracas, enquanto o negócio de xisto dos EUA aumenta a produção. As grandes oscilações de preços, contudo, parecem ser um sinal de extremo nervosismo”, completam.

Para eles, há, atualmente, uma crise dos preços, e não necessariamente uma de oferta. Apesar de a China voltar a ver sua recuperação ameaçada, o gigante asiático, para o banco, já estava em operando abaixo da sua capacidade. “Dadas as lutas em curso no mercado imobiliário chinês, é justo supor que a demanda de petróleo por lá já está estagnada há algum tempo”, comentam.

Para a Julius Baer, apesar de o cenário contar com Rússia isolada por um bom tempo, o que diminui as ofertas da commodity, as negociações entre China e EUA dissipam o temor de uma guerra entre Ocidente e Oriente e a atividade de perfuração vem aumentando significativamente, com o mercado “fazendo sua mágica”, bem como a exploração do xisto.

“Com a mais recente redução do preço do petróleo, o preço para os consumidores dos altos preços na bomba pode se tornar menos severo do que se temia inicialmente, suavizando um pouco as consequências econômicas em geral”, afirmam os analistas. “Acreditamos que o mercado de petróleo testemunha uma crise de preços e não uma crise de oferta. As grandes oscilações de preços são um sinal de extremo nervosismo sobre como o mercado absorverá o choque de oferta”, terminam.

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A perspectiva é que o choque de oferta seguirá, então, padrões conhecidos – com um movimento ascendente acelerado seguido de um descendente dentro de semanas ou meses.

Para Bradesco BBI, China deve reforçar estímulos para buscar crescimento

Ainda falando da China, apesar das novas restrições e dos problemas do seu setor de construção – com o caso Evergrande, por exemplo – a perspectiva dos analistas do Bradesco BBI é que o gigante asiático volte a se esforçar para acelerar seu crescimento.

“Uma perspectiva mais construtiva baseia-se na prioridade do governo chinês de recuperar a estabilidade econômica em 2022 e atingir a meta de crescimento do PIB de aproximadamente 5,5%, o que implica medidas relevantes de estímulo fiscal e monetário”, pontuam.

Segundo eles, 2022 é um ano decisivo para o atual presidente chinês Xi Jinping se firmar no poder, uma vez que no terceiro trimestre há o Congresso Nacional do Partido Comunista. O esperado é que, então, a atual ala do Partido Comunista no poder busque incentivar mais a economia, investindo mais em infraestrutura, liberando crédito e cortando a taxa de juros. “A visão é de que o governo tem espaço para estimular ainda mais o crescimento”, afirmam.

Isso não quer dizer, necessariamente, que o setor imobiliário crescerá – a perspectiva é que ele recue de 5% a 10% no ano, número que, porém, é menor do que as previsões que antes apontavam deterioração de 15% a 20%. “O declínio do setor imobiliário é inevitável, mas as perspectivas não são tão ruins, pelo menos para 2022”, diz o BBI.

Com o mercado imobiliário piorando menos do que o esperado, a perspectiva é que o minério de ferro se recupere. “A oferta para a China está apertada, com a Austrália não aumentando sua exportação, o Brasil diminuindo, a Índia exportando menos por conta de sua forte demanda doméstica e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia levando cargas a serem redirecionadas para a Europa”, explicam.

“Ao mesmo tempo, acredita-se que os estoques de minério na China atingiram seu pico, tendendo a cair no curto prazo”. Segundo dados da Platts, os estoques portuários de minério de ferro já caíram 1,7 milhão de toneladas nesta semana, indo a 157 milhões. 3,7 milhões abaixo do nível de fevereiro.

O banco pontuou, com tudo isso, sua estimativa para o minério de ferro no curto prazo entre o intervalo de US$ 140 e US$ 180.

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