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ListenToMarket: ‘Inflação do carro’ já sobe 17% em 12 meses, aponta cálculo da FGV – Áudio gerado às: 11:40:39
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Com o desarranjo das cadeias globais de produção em meio à pandemia, a inflação para motoristas de carros subiu 17,03% nos últimos 12 meses, apontam cálculos feitos pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) a pedido do jornal “O Estado de S. Paulo”.
O levantamento foi feito com base em dados do IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor-10), e a cesta de produtos inclui preços de veículos, combustíveis, peças, serviços correlatos e tarifas públicas, como multas e licenciamento.
Para efeito de comparação o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), considerado uma “prévia” do índice oficial de inflação do país, acumula alta 10,79% em 12 meses até março.
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A guerra na Ucrânia acrescenta uma pressão adicional no preço do petróleo (e na “inflação do carro”): segundo a FGV, caso nenhum outro preço aumente em abril, apenas o reajuste de combustíveis feito em março pela Petrobras vai elevar a inflação para 22,08%.
“Combustível é o foco [da inflação em abril], mas, com a retomada das atividades pós-pandemia, a gente pode ver novos reajustes em serviços que estavam meio congelados, como oficina, por exemplo”, diz Matheus Peçanha, pesquisador do FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia).
Preço de carros nas alturas
No lado dos produtos, os dados mais recentes do IPCA, referentes a fevereiro, mostram que os automóveis novos já acumulam alta de 22,94% em 18 meses de aumentos consecutivos, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
“Movimento semelhante ocorre em automóveis usados e motocicletas, e a explicação por trás é exatamente a mesma: o setor automotivo tem sido um dos mais impactados pelo desarranjo das cadeias produtivas”, afirmou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, à época da divulgação dos números.
O automóvel usado já sobe há 20 meses, com alta acumulada de 22,66%. As motocicletas sobem há 15 meses seguidos e já ficaram 17,72% mais caras no período. Outros serviços correlacionados também tiveram aumento, como seguro voluntário, emplacamento e conserto.
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Repasse ao consumidor
Graças à demanda aquecida, o setor automotivo é o único entre os dez que integram o comércio varejista ampliado que tem conseguido repassar ao consumidor quase integralmente a elevação de preços dos produtos na porta de fábrica, segundo levantamento do economista Fabio Bentes, da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
Os preços de produtos da indústria automotiva ficaram 17% mais altos na porta de fábrica, no acumulado em 12 meses até janeiro. No varejo, a alta de preços ao consumidor nas lojas de veículos e motos, partes e peças foi de 16,5%. Isso significa que 96,8% do aumento de custos do atacado foi repassado ao cliente final, diz Bentes. “O setor está tentando retomar a margem de lucro que perdeu durante o período mais crítico da pandemia”.
A indústria automobilística foi afetada pelo desarranjo das cadeias produtivas e pela falta de insumos, mas também pelo aumento de custos de matérias-primas e de energia, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV/Ibre. “Se a indústria automobilística não conseguia atender o mercado, isso ajudou a aquecer o mercado de usados. Os automóveis novos subiram tanto quanto os usados. Se não tinha peça, o carro fica mais escasso, e isso provoca um choque de oferta”.
Preços e juros elevados
O sonho do automóvel novo ficou mais distante para os brasileiros e os preços mais elevados e a alta das taxas de juros no financiamento esfriarão a demanda, preveem especialistas. A taxa média de juros para aquisição de veículos foi de 26,86% em janeiro, segundo dados do Banco Central compilados por Bentes.
Após dois anos de fortes reajustes, o preço médio dos “hatchbacks” (categoria que inclui os carros mais baratos) ficou em R$ 79 mil em janeiro deste ano, segundo Cassio Pagliarini, da Bright Consulting, consultoria especializada no setor automotivo. Em 2016, o preço médio era de R$ 48 mil (ou R$ 62 mil se o valor for corrigido pela inflação).
O crédito mais caro deve servir para desacelerar os aumentos nos próximos meses, mesmo com a persistência de encarecimento de custos, estima Bentes, da CNC. “Nenhum segmento do varejo depende tanto do crédito quanto o automotivo. Essa tentativa de recomposição de margem [de lucro] não vai longe.”
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