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IPCA-15 sobe 0,13% em julho frente a junho, levemente abaixo do esperado

Expectativa do mercado era de alta de 0,17% na base mensal e de 11,41% na anual, segundo o consenso Refinitiv

Informação para quem vive o mercado

Edição invistaja.info e MarketMsg

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SLCE3 | Mrg.Liq.: 0.1879 | EV/EBITDA: 4.1 | P/EBIT: 3.63 | DY: 0.0564 | Pat.Liq: 4696130000.0 | PSR: 1.108

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia do índice oficial de inflação do Brasil, subiu 0,13% em julho na comparação mensal, com junho, mas desacelerou para 11,39% na comparação anual, com julho de 2021.

É a menor variação mensal do IPCA-15 desde junho de 2020, durante a primeira onda da pandemia (quando ficou em 0,02%). Em julho do ano passado a taxa foi de 0,72%, o que fez a alta em 12 meses desacelerar de 12,04% em junho para 11,39% agora.

Os dados divulgados nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficaram levemente abaixo da expectativa do mercado, que era de alta de 0,17% na base mensal e de 11,41% na anual, segundo o consenso Refinitiv.

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A inflação desacelerou puxada pelos grupos transportes (-1,08%) e habitação (-0,78%), que segundo o IBGE contribuíram conjuntamente com uma redução de 0,36 ponto percentual no IPCA-15 de junho (veja mais abaixo).

Mas 6 dos 9 grupos pesquisados tiveram alta de preços no mês, incluindo alimentação e bebidas (+1,16%) e vestuário (+1,39%), e no ano o indicador já acumula alta de 5,79% (acima do teto da meta do Banco Central para a inflação do ano inteiro, que é de 5%).

Medidas do governo

A desaceleração da inflação ocorre em meio a diversas medidas adotadas pelo governo federal e aprovadas no Congresso Nacional para tentar frear a escalada de preços, sobretudo dos combustíveis e da energia elétrica.

O Itaú, que projetava uma alta mensal de 0,19% e anual de 11,46%, estimava que o IPCA-15 do mês já mostraria “algum efeito das reduções de impostos sobre combustíveis, telecomunicações e energia elétrica, com impacto deflacionário para os consumidores, embora não totalmente”.

Isso porque a “janela de coleta” do IPCA-15 começou na metade de junho, portanto antes da implementação dessas medidas. “O IPCA ‘cheio’ de julho, incorporando uma maior parte do efeito, deve registrar deflação de 0,67%”, estima o banco.

Principais contribuições

Apesar do resultado levemente abaixo da expectativa do mercado, houve variações positivas em 6 dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE. O maior impacto (0,25 p.p.) veio de alimentação e bebidas (+1,16%), que acelerou em relação a junho (+0,25%), e a maior variação veio de vestuário (+1,39%), que já acumula alta de 11,01% no ano.

No lado das quedas, destacam-se os grupos transportes (-1,08%) e habitação (-0,78%), que juntos contribuíram para reduzir o IPCA-15 em 0,36 p.p. no mês. Os demais grupos ficaram entre -0,05% de comunicação e +0,79% de despesas pessoais.

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A queda no grupo de transportes (-1,08%) foi puxada pelo recuo nos preços dos combustíveis (-4,88%), em particular da gasolina (-5,01%) e do etanol (-8,16%), enquanto o diesel seguiu na contramão e subiu 7,32% no mês. Também no lado das altas, as passagens aéreas subiram 8,13%, contribuindo com 0,05 p.p. no índice, e preço do ônibus urbano cresceu 0,67%, devido ao reajuste de 11,36% nas passagens em Salvador (+7,46%) a partir de 4 de junho.

Em habitação (-0,78%), o destaque foi preço da energia elétrica residencial (-4,61%). As variações na conta de luz foram desde -12,02% em Goiânia, onde houve redução do ICMS de 29% para 17%, até +1,09% no Recife. Também houve reduções em Curitiba (-10,28%), Porto Alegre (-10,19%) e Salvador (-6,90%), na esteira da Lei Complementar 194 que limitou a alíquota do imposto estadual sobre a energia elétrica e os combustíveis, entre outros bens e serviços.

Alimentação, bebidas e vestuário

O resultado de alimentação e bebidas (+1,16%) foi influenciado principalmente pelo aumento nos preços do leite longa vida (+22,27%), responsável pelo maior impacto individual no índice do mês (0,18 p.p.). No ano, a variação acumulada do produto chega a 57,42%.

Alguns derivados do leite também registraram forte alta no IPCA-15 de julho, como requeijão (+4,74%), manteiga (+4,25%) e queijo (+3,22%). Outros destaques no grupo foram as frutas (+4,03%), cujos preços tinham caído em junho (-2,61%), o feijão-carioca (+4,25%) e o pão francês (+1,47%). Com isso, a alimentação no domicílio subiu 1,12% em julho.

Já os preços da alimentação fora do domicílio subiram 1,27%, uma aceleração em relação a junho (+0,74%). Tanto o lanche (+2,18%) quanto a refeição (+0,92%) tiveram variações superiores às do mês anterior (+1,10% e +0,70%, respectivamente).

Em vestuário (+1,39%), o destaque ficou com as roupas masculinas, cujos preços subiram 1,97% em julho. Também foram registradas altas superiores a 1% nos preços dos calçados e acessórios (+1,57%) e das roupas femininas (+1,32%).

(Esta reportagem está em atualização)

 

 

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