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Ibovespa fecha em queda pelo 3º dia consecutivo e volta aos 112 mil pontos; dólar sobe 2% e vai a R$ 5,64

Mercado encerra mais um dia com perdas diante dos renovados temores a respeito da Covid-19

Informação para quem vive o mercado

Edição invistaja.info e MarketMsg

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ELET3 | Liq.Corr.: 1.71 | DY: 0.0926 | Cresc.5anos: -0.1635 | Cotacao: 33.0 | P/Ativo: 0.289 | P/Cap.Giro: 2.76

BRASIL | invistaja.info — O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira (24) com uma pressão vendedora exacerbada na última hora de pregão. A mudança de humor veio em meio a uma piora no desempenho das bolsas internacionais com preocupações a respeito dos lockdowns prolongados na Europa. Por aqui, as notícias de bastidores da reunião do presidente Jair Bolsonaro com autoridades para tratar da pandemia são de muito confronto e tensão.

Mais cedo, as bolsas americanas subiam puxadas pelas ações de empresas mais expostas ao ciclo econômico, mas esse movimento foi revertido no fim da tarde com o problema europeu se somando à potencial alta de impostos no país para pagar os estímulos que o governo Biden deu à economia.

Por outro lado, o barril do petróleo tipo Brent – usado como referência pela Petrobras – teve alta de 5,4% a US$ 64,04 depois que um navio encalhou no canal de Suez, o que gerou preocupações sobre a oferta. Oito navios rebocadores tentavam nesta quarta-feira desencalhar um longo navio de contêineres de 400 metros que bloqueava a passagem no Canal de Suez, uma das mais importantes vias marítimas do mundo.

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Por aqui, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, além de alguns governadores e ministros para tratar do enfrentamento à pandemia.

Relatos de bastidores publicados em veículos de imprensa falam de um encontro tenso em que Lira disse que o governo precisaria “correr uma maratona em ritmo de 100 metros rasos”. Também há rumores de que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, saiu antes da reunião acabar em meio a críticas de parlamentares.

Na véspera, o Brasil registrou o recorde de 3.158 mortes por coronavírus, e o total de óbitos desde o início da pandemia atingiu 298.843. Em pronunciamento na televisão, Bolsonaro disse que 2021 seria o ano da vacinação dos brasileiros contra a Covid-19. O discurso foi marcado por panelaços em diversas cidades pelo País, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

O Ibovespa teve queda de 1,06%, a 112.064 pontos com volume financeiro negociado de R$ 30,31 bilhões. Foi a terceira baixa consecutiva no índice.

Enquanto isso, o dólar comercial teve forte alta de 2,25% a R$ 5,639 na compra e a R$ 5,64 na venda. Já o dólar futuro com vencimento em abril registra perdas de 1,96% a R$ 5,632 no after-market.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 subiu seis pontos-base a 4,76%, o DI para janeiro de 2023 teve alta de 15 pontos-base a 6,64%, o DI para janeiro de 2025 avançou 22 pontos-base a 8,22% e o DI para janeiro de 2027 registrou variação positiva de 24 pontos-base a 8,76%.

Voltando ao exterior, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que a maior parte das regiões do globo está passando pelo aumento de casos de Covid, com a propagação de novas variantes altamente contagiosas.

Mundialmente, há aumento no número de novos casos há cinco semanas, sendo que na semana passada a alta mundial foi de 8%. Na Europa, a alta foi de 12%, e no sudeste da Ásia, de 49%. A França e a Alemanha estenderam a validade de suas medidas de lockdown.

Listadas em Hong Kong, as ações do Shanghai Fosun Pharmaceutical Group em especial tiveram quedas de 4,83%, após Hong Kong e Macau suspenderem a vacinação com imunizantes fabricados pela alemã BioNTech, que desenvolveu seu produto, chamado de Cominarty, em parceria com a americana Pfizer.

A Fosun Pharma é a parceira regional de Pfizer e BioNTech para o desenvolvimento e distribuição da vacina na China. A queda no valor das ações veio após a empresa notificar sobre uma falha no empacotamento do lote 210102 da vacina, fabricado na Alemanha.

As ações da gigante de tecnologia chinesa Tencent caíram 0,8% em Hong Kong, após um reportagem da agência internacional de notícias Reuters afirmar que um dos fundadores da empresa, Pony Ma, se reuniu com autoridades antitruste da China para discutir a compliance em seu grupo.

Hoje, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell e a secretário do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, voltaram a discursar perante o Congresso.

Yellen afirmou que a vacinação é crítica para a recuperação do nível de atividade no país.

Já Powell disse que o Fed está comprometido em utilizar os instrumentos de política monetária caso seja necessário para coibir altas excessivas da inflação, que ele não acredita que ocorrerão no curto prazo.

Mais de 3.000 mortes por Covid em um dia 

Pelo 24º dia seguido, o país bateu na terça (23) seu recorde na média móvel de mortes por Covid em 7 dias, com a marca de 2.349, alta de 43% em comparação com a média de 14 dias antes. A marca de 2.000 mortes na média foi ultrapassada pela primeira vez na semana passada.

Pela primeira vez, o Brasil ultrapassou a marca de 3.000 mortes em um único dia, com 3.158 casos registrados na terça.

As informações são do consórcio de veículos de imprensa que sistematiza dados sobre Covid coletados por secretarias estaduais de Saúde no Brasil, que divulgou, às 20h de domingo, o avanço da pandemia em 24 h no país.

Pelo sexto dia seguido, a média móvel de novos casos em sete dias bateu recorde, com a marca de 75.288, alta de 9% em relação ao patamar de 14 dias antes. Em apenas um dia houve 84.996 diagnósticos.

Até terça, 12.793.737 pessoas receberam a primeira dose da vacina contra a covid no Brasil, o equivalente a 6,04% da população. A segunda dose foi aplicada em 4.334.905 pessoas, ou 2,05% da população. Analistas vêm apontando a velocidade da imunização como um dos fatores a influenciarem a retomada da economia.

Diversos estados enfrentam falta de medicamentos utilizados para intubar pacientes. O estado de São Paulo tem estoque para apenas uma semana, e a Secretaria da Saúde tem orientado gestores a utilizarem racionalmente os remédios e “garantir assistência a quem precisa”.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, o Ministério da Saúde informou que seis estados estão em situação crítica de falta de oxigênio hospitalar: Acre, Rondônia, Mato Grosso, Amapá, Ceará e Rio Grande do Norte.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, no Distrito Federal pessoas vêm sendo atendidas na recepção de hospitais, e corpos permanecem no chão das unidades. Dentistas e anestesistas foram convocados para prestar atendimento.

Discurso de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizou um discurso em rede nacional na terça-feira à noite. Nele, Bolsonaro afirmou que o governo federal fará de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros contra a Covid. Em pouco mais de 3 minutos, o presidente, que já minimizou a efetividade da imunização e chegou a declarar que não iria se vacinar, defendeu que o governo vem tomando medidas de enfrentamento ao coronavírus.

“Estamos no momento de uma nova variante do coronavírus, que infelizmente tem tirado a vida de muitos brasileiros. Quero tranquilizar o povo brasileiro e afirmar que as vacinas estão garantidas”, afirmou, citando previsões de doses ao longo do ano.

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Bolsonaro e a gestão do governo na área da saúde têm sofrido críticas e baixas na popularidade, o que levou a uma mudança de tom no discurso do presidente em relação às vacinas. “Estamos fazendo e vamos fazer de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros”, disse.

A fala de Bolsonaro foi acompanhada de panelaços e gritos contra o presidente em cidades pelo país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Na terça, o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello negou pedido de Bolsonaro para barrar decretos que instituíram medidas de isolamento em Distrito Federal, Bahia e Rio Grande do Sul.

A equipe de análise política da XP Investimentos comentou o pronunciamento e disse que Bolsonaro fugiu do negacionismo e focou na campanha de vacinação em seu discurso.

“A fala vai ao encontro da bandeira levantada por congressistas de sua base, que vinham se queixando de hipotecar apoio a um presidente que batia de frente com o senso comum e com a vontade da população de ser vacinada – movimento que desencadeava, inclusive, pressão extra por mais ações do governo no enfrentamento aos efeitos econômicos da pandemia”, diz o relatório.

Ainda no radar das vacinas, apesar da promessa do presidente sobre a vacinação, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reduziu em mais de 10 milhões de doses o número de vacinas a serem entregues ao Ministério da Saúde no mês de abril, passando de uma previsão inicial de 30 milhões para 18,8 milhões.

A Fiocruz informou na terça que identificou mais novas alterações nas variantes de Covid dentre as quatro já identificadas no Brasil. Em nota, o pesquisador Tiago Gräf, um dos membros da pesquisa, afirmou: “Esta nova geração de variantes pode ser menos suscetível à neutralização dos anticorpos que suas linhagens parentais P.1, P.2 e B.1.1.33. A pandemia de Covid-19 em 2021 no Brasil provavelmente será dominada por esse novo e complexo conjunto de variantes”.

A Fiocruz sugere que todos os estados e cidades em alerta crítico devido à falta de leitos para tratar Covid devem restringir todas as atividades por 14 dias. Os únicos estados que não têm essa classificação são Amazonas e Roraima.

Além disso, reportagem publicada na terça-feira no jornal O Estado de S. Paulo afirmou que pacientes têm ido para a fila de transplante de fígado após o uso do “kit Covid”, que reúne medicamentos como cloroquina e ivermectina, sem eficácia cientificamente comprovada contra a Covid. Dos pacientes, pelo menos três morreram.

Em boletim de seu comitê de monitoramento da pandemia, a Associação Médica Brasileira afirmou que a utilização dos medicamentos hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina deve ser banida do combate à pandemia, destacando que esses remédios não possuem eficácia cientificamente comprovada no tratamento ou prevenção da Covid-19.

Alguns desses medicamentos vêm sendo indicados pelo presidente Jair Bolsonaro desde o íncio da pandemia.

Por outro lado, a União Química, empresa farmacêutica brasileira que planeja produzir a vacina russa contra a Covid-19, a Sputnik V, anunciou na terça que espera superar os obstáculos regulatórios “em dois ou três” dias para obter a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fabricar e vender o imunizante no Brasil.

“A Anvisa ainda exige alguns esclarecimentos de Moscou do teste de Fase 3. Esperamos satisfazer em dois ou três dias”, disse o presidente e proprietário da empresa, Fernando Marques, à agência internacional de notícias Reuters.

Ainda no radar, segundo informações de bastidores publicadas pelo jornal Valor Econômico, a equipe econômica trabalha com a possibilidade de que um novo decreto de calamidade seja decretado, dependendo da evolução da pandemia e do ritmo de imunização. A equipe econômica acredita ter quatro meses à frente, em que o auxílio emergencial será pago, para buscar construir condições que evitem a deflagração de um novo estado de calamidade. Mas, cada vez mais, cresce a avaliação de que o auxílio pode não ser o suficiente no atual cenário.

Radar corporativo

O destaque do noticiário fica para o anúncio de acordo de aquisição da totalidade de ações do grupo BIG pelo Carrefour Brasil pelo montante total de R$ 7,5 bilhões. O Grupo BIG possui 387 lojas, 41 mil funcionários, presença em 19 estados brasileiros e registrou R$ 24,9 bilhões em vendas brutas em 2020. A combinação criará um grupo com vendas brutas de cerca de R$ 100 bilhões e aproximadamente 137 mil funcionários atuando em todos os formatos, destacou o Carrefour em comunicado. Veja mais clicando aqui.

As ações das aéreas seguem no radar, após caírem forte na véspera. Além de seguirem a baixa das ações do setor no exterior com o aumento de casos de coronavírus, o Morgan Stanley rebaixou os ADRs da Azul e Gol de equal-weight para underweight, citando o aumento dos custos de combustível, a desvalorização do real e preocupações com uma segunda onda de Covid-19 prejudicando a demanda no início do ano.

O analista Josh Milberg reduziu suas previsões de Ebitda para 2021 e 2022 para ambas as companhias devido ao preço mais alto do combustível de aviação, câmbio mais fraco e demanda de viagens aéreas morna no curto prazo. O preço-alvo da Azul foi reduzido de US$ 22,90 para US$ 15,20, enquanto o preço-alvo da Gol foi cortado de US$ 9,70 para US$ 5,90.

Maiores altas

Maiores baixas

A CCR, por sua vez,  informou nesta terça-feira que assinou aditivos a contratos que lhe garantiram mais de R$ 1 bilhão com o governo paulista devido a atrasos em obras de infraestrutura logística em São Paulo a serem operadas pela companhia.

Ainda em destaque, agência de classificação de risco Fitch anunciou nesta terça-feira que revisou a perspectiva do rating da Suzano de negativa para estável, citando a forte geração de fluxo de caixa operacional devido à recuperação nos preços da celulose. A nota da Fitch para a Suzano, atribuída a moedas local e estrangeira, foi mantida em “BBB-“.

A Petrobras informou nesta terça-feira que as plataformas P-40 e P-56, no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, voltaram a operar normalmente, após uma redução da produção nos últimos dias, motivada por um surto de Covid-19 que afetou as operações da P-38, que recebe produto de ambas as unidades.

Já a Sequoia Logística informou que avalia oferta restrita subsequente de ações.

Esta quarta-feira também marca a nova tentativa de Assembleia Geral Extraordinária para a incorporação da Smiles pela Gol.

(com Reuters, Bloomberg e Estadão Conteúdo)

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REFLEXÃO: Morgan Housel: Se preocupe somente quando você achar que tiver tudo resolvido.

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