Informação para o trader investidor
Edição MarketMsg e invistaja.info
palavras-chave: Persistência de bloqueios em estradas pode afetar frigoríficos e setor de logística; invistaja.info;
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ListenToMarket: Persistência de bloqueios em estradas pode afetar frigoríficos e setor de logística – Áudio gerado às: 15:10:42
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Os bloqueios que ocorrem nas estradas do país nesta segunda-feira (31), após o resultado do segundo turno, completaram pouco mais de 12 horas após os primeiros vídeos circularem nas redes sociais. Com os protestos ainda muito recentes, são incertos a dimensão e o tempo que irão durar, mas alguns pontos de atenção estão no radar.
Em um primeiro momento, setores de logística, como empresas de frete rodoviário e de distribuição de combustíveis, e do agronegócio são vistos com os mais suscetíveis. Porém, os efeitos poderão escalar, a depender do tamanho e do tempo que as manifestações tomarão.
Segundo o boletim divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) por volta de 10h30 (horário de Brasília), eram 47 pontos de bloqueio arredor do país em 12 Estados. A previsão é que até o fim da tarde um novo boletim seja divulgado. A PRF informou que vai acionar a Justiça para conseguir a liberação de vias bloqueadas. A corporação disse, em nota, que já acionou a Advocacia-Geral da União (AGU), que representa órgãos do governo em ações judiciais.
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“O que chama a atenção é que essas manifestações são tocadas por lideranças locais, até o momento não emergiu um comando nacional, o que dificulta uma negociação e saber o que vai acontecer”, explica Edeon Vaz Ferreira, coordenador do Movimento Pró-Logística, ligado ao agronegócio.
Na lista de estradas, muitas delas são ligadas a atividade agropecuária, um dos principais setores de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que saiu derrotado da sua tentativa de reeleição neste domingo (30) – Bolsonaro perdeu para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que conquistou seu terceiro mandato em votação apertada.
Frigoríficos em queda
Ferreira lembra que ainda é muito cedo para definir impactos reais na cadeia de escoamento. Mas ele destaca que o elo mais frágil inicialmente é o setor de frigoríficos, pois os bloqueios podem dificultar o transporte de animais para abate e a distribuição de carne aos consumidores.
“A cadeia frigorífica funciona em um modelo ‘just in time’, ou seja, é um ciclo de ajuste fino. Se o transporte do animal demora, a planta fica ociosa. Se a carne não sai da câmara fria, a capacidade de estocagem fica comprometida”, avalia.
A hipótese ajuda a explicar a forte queda que os frigoríficos encaram nesta segunda-feira (31) na B3. Por volta de 14h45 as ações de JBS (JBSS3) recuavam 3,96%, a R$ 24,77. A Marfrig (MRFG3) despencava 4,09%, a R$ 10,56, enquanto a Minerva (BEEF3) cedia 0,52%, a R$ 13,43. As empresas foram procuradas pelo (invistaja.info), que publicará as respostas delas assim que houver retorno.
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Edeon Vaz Ferreira indica ainda que o transporte de leite também pode ser prejudicado, uma vez que o alimento é muito perecível e, normalmente, as fazendas não possuem capacidade para armazenar o produto por tantos dias.
Em entrevista à Reuters, Evandro Lermen, cooperado da Cooperativa Agropecuária e Industrial Celeiro do Norte (Coacen), com sede em Sorriso (MT), maior município produtor de soja do Brasil, disse que os caminhões praticamente não foram carregados com milho durante o final de semana em função do feriado de Finados, na quarta-feira.
Dessa forma, ele minimizou o impacto no escoamento, se os protestos forem logo encerrados. “Não estamos preocupados”, disse ele, acreditando que até quarta-feira a situação nas estradas deve estar normalizada.
Setor logístico ainda monitora
A Associação dos Operadores Logísticos afirmou ao (MarketMsg) que ainda não é possível dimensionar os dados das paralisações até o momento. A JSL (JSLG3) e a Rumo (RAIL3) também foram procuradas, mas ainda não retornaram o contato da reportagem.
“Se a greve durar poucos dias, o impacto nas companhias de logísticas seria muito baixo. Agora, se for uma greve de duas semanas, por exemplo, aí sim haveria problemas em distribuidoras de combustíveis, como Vibra (VBBR3) e Raízen (RAIZ4), mas eu não acredito em uma paralisação muito longa”, afirma Flávio Conde, analista da Levante.
Outro analista, que acompanha as empresas de logística da Bolsa e prefere não se identificar, acredita que as manifestações não deverão durar muito, uma vez que não conta com apoio das entidades de classe.
*Com Reuters
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