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Bradesco (BBDC4): com resultado muito decepcionante e sem perspectiva de “solução rápida”, ação desaba; Credit corta recomendação

Perdas na margem com mercado (tesouraria), aumento substancial na PDD e queda no resultado financeiro da seguradora impactaram banco

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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Se o resultado do terceiro trimestre de 2022 (3T22) Santander Brasil (SANB11) divulgado no fim de setembro já tinha decepcionado os investidores, os números apresentados pelo Bradesco (BBDC4) na noite da véspera seguiram a tendência, com dados que decepcionaram o consenso do mercado e levaram a novas revisões de recomendações para baixo.Isso em um contexto em que as projeções para o segundo maior banco privado do país já tinham sido reduzidas com uma visão de piora da qualidade do crédito, o que suscitou revisões de recomendação para BBDC4 no mês passado pelo JPMorgan e pelo Itaú BBA.Na noite da última terça-feira (8), o Bradesco reportou uma queda surpreendente no lucro do terceiro trimestre, com rápida na qualidade da carteira de crédito levando a ampliar as provisões para perdas esperadas com .O lucro recorrente do período foi de R$ 5,22 bilhões, queda de 22,8% ante mesma etapa de 2021 e bem abaixo da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de R$ 6,76 bilhões. A Em meio aos números decepcionantes, o início da manhã desta quarta-feira (9)  já apontava para uma sessão muito negativa para o Bradesco, como indicavam os seus ADRs (American Depositary Receipts, na prática, os ativos negociados na Bolsa americana), que caíam 9,97%, a US$ 3,25, às 8h45 (horário de Brasília) no pré-market da Bolsa de Nova York. Os ativos BBDC4, por sua vez, registravam baixa de 9,85%, a R$ 16,75, às 10h15, nos primeiros negócios da B3.C“Os resultados fracos do Bradesco no 3T22 foram impactados principalmente pela margem financeira (NII) com o mercado abaixo do esperado e maior provisionamento, que levou seu resultado para R$ 5,2 bilhões e um ROE médio de 13% no período. Além disso, o banco revisou para cima seu guidance de provisões em 2022, o que implica em resultados ainda pressionados no 4T22. Com isso, esperamos uma reação negativa do mercado e reiteramos nossa visão conservadora para suas ações”, apontou a XP, que possui recomendação neutra para as ações, com preço-alvo de R$ 22,00 por ativo.O NII do Bradesco ficou em R$ 16,3 bilhões, relativamente estável no trimestre, mas 5% abaixo da estimativa da XP, pressionado principalmente por um NII com o mercado abaixo do esperado no 3T22.A Genial Investimentos avalia que o resultado do 3T22 do Bradesco, bem abaixo também das suas expectativas, foi impactado principalmente por três itens: perdas na margem com mercado (tesouraria), aumento substancial na provisão de devedores duvidosos (PDD) e queda no resultado financeiro da seguradora por conta da deflação ocorrida no período.“Dos três itens, tesouraria e seguros devem gradualmente melhorar nos próximos trimestres. No entanto, a piora da qualidade de crédito e consequentemente o aumento das provisões foi a maior surpresa negativa do trimestre, forçando o banco a revisar seu guidance com um aumento substancial na expectativa de provisão de crédito (..). Isso significa que as despesas com provisões devem aumentar de R$ 7,3 bilhões no 3T22 para algo entre R$ 8,1 bilhões a R$ 10,1 bilhões no 4T22. Ou seja, os resultados com baixa rentabilidade devem continuar”, avalia a casa de análise.Leia também:As ações e os setores para ficar de olho na temporada de resultadosConfira o calendário de resultados do 3º trimestre de 2022 da Bolsa brasileiraPara a Genial, que aponta que os números podem piorar antes de melhorar, provavelmente a PDD continuará assombrando o banco pelos próximos trimestres devido a maior exposição a empréstimos relacionados a pessoa física baixa renda e pequenas empresas, mais sensíveis ao ciclo de crédito, juros e inflação.Mais revisões para baixoApós o resultado, o Credit Suisse fez um duplo rebaixamento de recomendação para as ações BBDC4, de outperform (desempenho acima da média do mercado) para underperform (desempenho abaixo da média do mercado), enquanto reduziu o seu preço-alvo de doze meses para BBDC4 de R$ 23 para R$ 19.“Embora acreditemos que o baixo ROE de 13,5% não deva ser visto como o nível sustentável para o banco, o aumento das provisões e o ainda fraco NII no mercado devem continuar pesando na rentabilidade, levando o Bradesco a apresentar um ROE abaixo do potencial nos próximos trimestres, o que justifica o rebaixamento”, avaliam os analistas Marcelo Telles e Daniel Vaz, do banco suíço.Os analistas do Credit reduziram as projeções de lucro líquido gerencial em 13% para 2022 e em -5% para 2023, para R$ 24,043 bilhões e R$ 26.313 bilhões, respectivamente, com ROE projetado de 16% para o próximo ano.“A maior incerteza em relação ao início de um potencial ciclo de flexibilização monetária no país também torna um argumento otimista sobre o Bradesco menos atrativo”, destacam, apontando acreditarem que o Itaú Unibanco (ITUB4) continua oferecendo o melhor risco-retorno no ambiente atual, seguido pelo Banco do Brasil (BBAS3).A Eleven Financial também cortou a recomendação de compra para a neutra, com preço-alvo de R$ 21 (ou upside de 13%) ao atualizar as premissas macro, além de incorporar o novo guidance de provisões. As receitas de serviços seguem pressionadas com apenas a renda com cartões apresentado evolução tanto no comparativo trimestral quanto anual, avaliam os analistas. No aspecto positivo, destacaram: (i) boa evolução de 24,7% ao ano da margem com clientes; e (ii) manutenção pelo terceirotrimestre consecutivo da inadimplência antecedente, o que sinaliza que o ciclo de inadimplência pode estar próximo do fim.O Itaú BBA também destacou que o balanço foi “muito mais fraco” do que o previsto em diversos pontos, com um  lucro líquido bem abaixo da estimativa já conservadora do banco de R$ 6,5 bilhões. As decepções já começaram com a receita, em queda de 2% na base de comparação trimestral, enquanto as despesas com custos de crédito foram o maior destaque negativo.Os analistas destacam que o ROE de 13% é o menor visto para o Bradesco em muito tempo e provavelmente “não há solução rápida” para a retomada da rentabilidade. O BBA lembra que o recente rebaixamento de recomendação dos ativos, em outubro, foi feito também de forma a refletir a piora na qualidade do crédito e na dificuldade na melhora do NII. Assim, após o resultado, reforçam recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 21 para 2022.O Morgan Stanley, em relatório ontem à noite, apontou suspeitar que os números de consenso já seriam drasticamente reduzidos no 4T22 e talvez no 1T23 depois da decepção com o balanço.Contudo, avalia, a maior parte de diversos indicadores operacionais do negócio – crescimento de empréstimos, receitas financeiras, despesas operacionais, entre outros – tiveram um bom desempenho neste trimestre, mas que não deveriam compensar os efeitos negativos da contração do ROE. O Morgan segue com recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra), com preço-alvo de US$ 6 para o ativo, ou potencial de valorização de 66% frente o fechamento da véspera.A Genial destaca ainda que, apesar do resultado fraco no trimestre, vê as ações do Bradesco como descontadas e, portanto, enxerga potenciais quedas da ação como oportunidade de montar posição. Assim, reitera recomendação de compra, com preço alvo de R$ 24,00 para final de 2023.Apesar de algumas visões positivas para o banco perdurarem, a expectativa é que as ações da empresa sigam pressionadas, com investidores tentando entender qual será o passo para a recuperação dos níveis considerados “normais” de rentabilidade da companhia, mais próximos de 20% do ROE.

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REFLEXÃO: Robert Brokamp, da Motley Fool: Diversificação reduz os riscos, aumenta a previsibilidade e impulsiona os retornos.

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