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Ações de Vale e siderúrgicas caem mais de 3% com minério; BB recua e Braskem tem queda de 4% após resultados

Confira os destaques da B3 na sessão desta quinta-feira (5)

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Edição MarketMsg e invistaja.info

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CPLE5 | DY: 0.0318 | Mrg.Liq.: 0.2155 | Liq.2meses: 22275.5 | ROIC: 0.1042 | Cotacao: 40.0 | EV/EBITDA: 21.57

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MARINGÁ | invistaja.info — O grande destaque do noticiário corporativo ficou com Petrobras (PETR3, R$ 29,27, +9,63%; PETR4, R$ 28,35, +7,88%), cujas ações avançaram entre 7,5% e 10%, após resultados fortes e bom pagamento de dividendos.

Por outro lado, na ponta negativa, ficaram as ações da Vale (VALE3, R$ 109,08, -3,06%), com baixa de mais de 3%, em meio à forte queda do minério de ferro. De acordo com dados divulgados pelo Bradesco BBI, o minério de ferro à vista negociado no porto de Qingdao com pureza de 62% caiu 7,2%, a US$ 170,05 a tonelada.

Papéis de siderúrgicas, como da CSN (CSNA3, R$ 43,63, -3,96%), Usiminas (USIM5, R$ 21,02, -1,73%) e Gerdau (GGBR4, R$ 30,74, -2,75%) também caíram forte. No radar, está a visão de que a China seguirá com restrições à produção de aço no país de forma a cumprir metas ambientais.

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Ainda em destaque, as ações do Banco do Brasil (BBAS3, R$ 30,85, -1,78%) chegaram a subir mais de 3% após o resultado, mas amenizaram, fechando em baixa de mais de 1%.

O movimento é parecido com a Braskem (BRKM5, R$ 55,41, -4,17%), que abriu com ganhos, mas a ação virou para queda de mais de 4%. Contudo, no ano, os ganhos ainda são significativos, de mais de 130%, sendo destaque de alta do Ibovespa.

Atenção ainda para os papéis das construtoras, que caíram após o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a Selic em 1 ponto percentual, para 5,25% e indicar que deve manter esse ritmo de alta de juros, que devem superar o nível neutro, de acordo com o Banco Central.

Com isso, o setor de construção acaba bastante impactado porque a alta da taxa básica de juros também afeta o financiamento imobiliário, que tende a ficar mais caro. As ações de empresas como Gafisa (GFSA3, R$ 3,64, -1,89%), EzTec (EZTC3, R$ 26,54, -2,82%), MRV (MRVE3, R$ 13,61, -3,13%), Even (EVEN3, R$ 8,61, -2,49%), Helbor ([ativo=HBOR], R$ 7,37, -3,03%) e Tenda (TEND3, R$ 21,05, -4,10%), caíram hoje.

Confira mais destaques:

Raízen (RAIZ4, R$ 7,24, -2,16%)

A ação da Raízen, joint venture entre Shell e Cosan (CSAN3, R$ 24,33, -0,90%), estreia na Bolsa nesta quinta-feira (5).

A companhia precificou sua oferta inicial de ações a R$ 7,40 por papel na última terça-feira, que movimentou R$ 6,9 bilhões. O montante incluiu a oferta base de 810.811.000 ações preferenciais, mais os papéis suplementares, no total de 121.621.650 papéis. A empresa e coordenadores optaram em não exercer o lote adicional de até 162.162.200 ações.

O preço fixado saiu no piso da faixa estimada para o IPO, que ia até R$ 9,60, segundo publicado no website da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

De acordo com a companhia, os recursos captados na oferta serão utilizados para a expansão da produção de produtos renováveis, sendo 80% utilizados para a construção de novas plantas e ampliação da sua capacidade de comercialização.

O restante será divididos entre investimentos em eficiência e produtividade dos parques de bioenergia e em infraestrutura de armazenagem e logística, que possibilitam à empresa suportar o aumento esperado no volume comercializado de renováveis e açúcar.

Petrobras (PETR3, R$ 29,27, +9,63%; PETR4, R$ 28,35, +7,88%)

A transformação de prejuízo em um lucro expressivo de R$ 42,855 bilhões, números acima das expectativas em outras linhas do balanço, forte redução da dívida bruta e o pagamento de dividendos no valor de R$ 31,6 bilhões fizeram com que os ADRs da Petrobras saltassem no after market da Bolsa de Nova York na noite da última quarta-feira (4), logo após a divulgação do resultado. Nesta quinta, os papéis PBR já saltam mais de 10% no pré-market.

O Itaú BBA destaca que a estatal brasileira reportou resultados fortes, com um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente R$ 60,033 bilhões, em alta de 239,1% na base anual e de 25,7% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. O número ficou 6,6% acima da expectativa do banco e 12% superior ao consenso de mercado da Bloomberg.

A companhia reduziu sua dívida bruta em 10,3% em relação ao primeiro trimestre, para US$ 63,6 bilhões – bem perto da meta de US$ 60 bilhões para a nova política de dividendos. A forte geração de caixa no segundo trimestre, de R$ 40,3 bilhões (excluindo ganhos com vendas de ativos), permitiu uma amortização e pré-pagamento de dívida da ordem de R$ 55,7 bilhões.

O grande destaque foi a aprovação de R$ 31,6 bilhões em dividendos antecipados, sendo R$ 21 bilhões a serem pagos em 25 de agosto e R$ 10,6 bilhões em 15 de dezembro deste ano. Isso corresponde a um dividend yield (dividendo dividido pelo preço da ação) de 9,1%.

Após o resultado e o pagamento de dividendos, o Credit Suisse elevou a recomendação para os ADRs PBR para equivalente à compra e o Bradesco BBI elevou o preço-alvo. Veja mais clicando aqui.

Banco do Brasil (BBAS3, R$ 30,85, -1,78%)

O Banco do Brasil (BB) registrou lucro líquido ajustado de R$ 5,039 bilhões no segundo trimestre deste ano, 52,5% superior aos R$ 3,311 bilhões reportados para igual período de 2020. O resultado ficou 2,6% acima do ganho reportado nos primeiros três meses deste ano, de R$ 4,913 bilhões. A soma dos dois períodos levou os resultados do BB a um novo patamar.

“Ao final do primeiro semestre deste ano, nosso lucro ajustado alcançou cerca de R$ 10 bilhões”, disse o presidente do banco, Fausto Ribeiro, em mensagem transmitida junto ao material de divulgação do balanço. Ante o primeiro semestre do ano passado, o crescimento foi de 48,4%. “Estou otimista em relação aos próximos trimestres.”

A carteira de crédito expandida cresceu 6,1% em um ano e alcançou R$ 766,5 bilhões ao fim de junho. Ante o saldo total verificado em março, a carteira avançou 1,1%.

Na comparação anual, os destaques couberam aos segmentos de pessoa física, com aumento de 10,3%, pequenas e médias empresas, que saltaram 24,8%, e agronegócio, com expansão de 9,7%. “Atingimos a marca histórica de R$ 205,9 bilhões na carteira agro”, comemorou Ribeiro.

Os empréstimos em atraso por mais de 90 dias representaram 1,86% da carteira. Ainda mais baixa que nos dois períodos anteriores, quando a inadimplência beirou os 2%.

O retorno sobre o patrimônio líquido ajustado (RSPL) do BB ficou em 14,4% no segundo trimestre deste ano, ligeiramente abaixo dos 14,8% observados no trimestre anterior.

Os ativos totais do banco somaram R$ 1,859 trilhão, com elevação de 8,8% em um ano. O patrimônio líquido ficou em R$ 145,807 bilhões, 27% maior que ao fim de junho de 2020.

A XP destacou que o lucro foi em linha com as estimativas da casa, de R$ 5,0 bilhões, mas muito acima dos R$ 4,4 bilhões do consenso de mercado (8 estimativas). O resultado, na avaliação da equipe de análise, também apresentou uma boa qualidade de ganhos, considerando que: i) não houve consumo de cobertura; ii) apresentou melhoria de custos; e iii) taxas recuperadas. Além disso, o banco também revisou para cima seu guidance de lucro, em linha com as estimativas atualizadas recentemente da XP.

“No geral, esperamos uma reação positiva e reiteramos nossa classificação de compra com um preço-alvo de R$ 52,00, pois vemos o banco negociando barato a 4,5 vezes o preço sobre o lucro, embora os fundamentos pareçam sólidos”, avaliam.

Já o Credit Suisse apontou que os números devem ser vistos como mistos, mais voltados para o lado negativo. “Por um lado tivemos lucro superando estimativas em função de um custo de risco líquido abaixo do esperado, mas os resultados mostraram uma perda no ‘core’, com o lucro pré-provisão caindo 5% na base trimestral (excluindo impairment do ultimo trimestre) em função de uma margem financeira líquida (NII, na sigla em inglês) mais fraca, mesmo com um avanço em taxa de serviços e despesas operacionais”, avaliam. Os analistas do Credit seguem neutros em BBAS3.

Ao comentar os dados divulgados pelo Banco do Brasil, o Bradesco BBI disse reconhecer que o resultado fraco da receita líquida dos juros já era em grande medida esperada por conta do descompasso entre a reprecificação de ativos e compromissos e uma taxa Selic maior. Mas diz acreditar que a evolução do lucro será monitorada pelo mercado. O banco avalia que a receita financeira administrativa foi satisfatória no segundo trimestre de 2021, o que indica que uma composição melhor poderia ajudar a receita líquida nos próximos trimestres. O banco avalia que a qualidade dos ativos parece estar sob controle, e não deve representar um risco em 2021 e vê tendências positivas na receita com taxas, em especial na comparação trimestral.

Assim, o Bradesco BBI mantém uma avaliação neutra para o Banco do Brasil, por conta da falta de um catalisador de curto prazo que justifique a reavaliação de seus múltiplos, e preço-alvo de R$ 39, frente a R$ 31,41 negociados na quarta.

Sinqia (SQIA3, R$ 29,63, -2,88%)

A Sinqia teve lucro líquido ajustado da companhia ficou em R$ 12,58 milhões, alta de 205% na comparação anual e avanço de 127% na base trimestral. Já sem o ajuste, o lucro foi de R$ 4,8 milhões (8,3 vezes os R$ 600 mil do mesmo período do ano anterior, resultado do maior nível de receita da companhia combinado com a gestão diligente de despesas.

O Ebitda registrou recorde de R$ 19,7 milhões, crescimento de 168,1% sobre o mesmo período do ano anterior. Já a margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) foi de 22,4%, aumento de 7,5 pontos percentuais, superando pela primeira vez o patamar de 20,0%.

A receita líquida foi de R$ 87,8 milhões, crescimento de 77,2% sobre o mesmo período do ano anterior, patamar recorde, apontou a companhia. De acordo com a Sinqia, a nova unidade de negócios Sinqia Digital, formada com as aquisições de Simply e FEPWeb, contribuiu para o resultado. “Essa unidade vem apresentando um crescimento impressionante, impulsionado por produtos que atendem a novas necessidades do sistema financeiro, estratégia comercial “land and expand” e modelo comercial fundamentado em precificação transacional”, afirma o executivo.

Lojas Quero-Quero (LJQQ3, R$ 21,46, -2,90%)

A rede de lojas de construção Quero-Quero teve lucro líquido de R$ 16 milhões no segundo trimestre deste ano, 260% frente igual período de 2020. A receita operacional líquida avançou 42% no comparativo trimestral, a R$ 496,2 milhões. As vendas nas mesmas lojas subiram 35,2%; o percentual de crescimento no segundo trimestre do ano passado ficou em 7,2%.

O Itaú BBA afirmou que a companhia apresentou números incríveis referentes ao segundo trimestre, superando as expectativas do banco que, por sinal, já eram altas.

“Além de já estar em um setor que atualmente passa por um momento positivo, a companhia foi capaz de demonstrar uma forte capacidade de inaugurar novas lojas, ganhar mercado e otimizar suas despesas, entregando uma margemimpressionante, que se traduziu em um resultado robusto”, avaliam.

Nos últimos 12 meses, Quero-Quero foi capaz de executar seu forte plano de expansão, tendo aberto 59 lojas. Isso, combinado ao efeito de maturação, levou a uma receita melhor do que a esperada para o segmento de varejo; as vendas no conceito mesmas lojas aumentaram 35,2%.

Já a forte performance do varejo também ajudou a divisão de serviços financeiros da companhia. Com uma carteira de crédito de alta qualidade, a divisão mostrou crescimento de receita de 29% na comparação anual.

A receita mais alta levou a uma diluição de despesas além das expectativas do BBA, fazendo com que a companhia reportasse um Ebitda melhor do que o esperado, de R$ 46 milhões – um crescimento anual de 79%.

Braskem (BRKM5, R$ 55,41, -4,17%)

A Braskem reverteu o prejuízo de R$ 2,476 bilhões do segundo trimestre do ano passado em lucro líquido de R$ 7,424 bilhões no mesmo período deste ano. Em relação ao primeiro trimestre, houve uma alta de 198% no lucro. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 4, pela companhia.

O lucro antes de IR e CS ficou em R$ 10,021 bilhões, avanço de 206% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. A receita líquida de vendas chegou a R$ 26,421 bilhões no segundo trimestre deste ano, avanço de 136% na comparação com o esmo período de 2019 e alta de 16% em relação ao primeiro trimestre deste ano.

A geração livre de caixa da Braskem foi de R$ 1,554 bilhão e o retorno de fluxo de caixa foi de 12,7% no segundo trimestre.

No segundo trimestre, o resultado operacional recorrente da companhia foi de R$ 9,400 bilhões, ante R$ 1,511 bilhão do mesmo período do ano passado e R$ 6,943 bilhões nos primeiros três meses deste ano, em função da apreciação do real frente ao dólar.

Na moeda americana, o lucro operacional recorrente da companhia foi de US$ 1,776 bilhão, 40% superior ao primeiro trimestre explicado, principalmente, pelos melhores spreads internacionais de PE, PVC e principais químicos no Brasil, PP nos Estados Unidos e na Europa e PE no México.

O resultado também é explicado pelo maior volume de vendas de PP nos Estados Unidos e PE no México. Em relação ao segundo trimestre de 2020, o resultado operacional recorrente da companhia em dólar foi 530% superior, em função dos melhores spreads internacionais de principais químicos no Brasil e resinas em todas as regiões; e do maior volume de vendas de resinas e principais químicos no Brasil e de PP nos Estados Unidos e Europa.

O Morgan Stanley destaca que o Ebitda ajustado divulgado pela Braskem supera em 10% sua expectativa e em 4% aquela do consenso do mercado. O banco diz que spreads mais do que compensaram a concentração de paradas de funcionamento no período.

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Totvs (TOTS3, R$ 37,53, +1,81%)

A Totvs registrou lucro líquido de R$ 78,6 milhões no 2º trimestre, uma alta de 35,6% em relação ao mesmo período de um ano antes. Por outro lado, ficou abaixo dos R$ 92,6 milhões esperados pelos analistas consultados pela Refinitiv.

O desempenho se deu pelo aumento das receitas de sua divisão principal de softwares de gestão, enquanto os negócios nascentes de serviços financeiros e business performance subiram forte.

A receita líquida da companhia subiu 21,7% no período na comparação anual, para R$ 763,37 milhões, com avanço de 13,1% no segmento de gestão, enquanto o faturamento em business performance saiu praticamente de zero para R$ 23,6 milhões. Em serviços financeiros, avanço foi de 126%, para R$ 60,9 milhões.

O Ebitda ajustado no 2º trimestre ficou em R$ 183,7 milhões, alta de 33,8% em um ano. A margem Ebitda, por sua vez, subiu 2,2 pontos percentuais, para 24,1%.

O Bradesco BBI diz que vê os resultados da Totvs para o segundo trimestre como “marginalmente positivos” para os papéis da empresa, dado que as suas tendências operacionais continuam sólidos e que indicadores para o segmento de desempenho de negócios da empresa parecem estar em uma situação melhor do que o esperado. Segundo o banco, isso provavelmente indica uma perspectiva positiva para o segmento nos próximos trimestres.

O banco diz que uma performance forte e o momento positivo devem sustentar os valores das ações, e mantém recomendação outperform (perspectiva de valorização acima da média do mercado) para a Totvs, com preço-alvo de R$ 36.

O Itaú BBA avaliou os resultados da Totvs no segundo trimestre como “levemente positivos” com dados sobre perdas e lucros em linha com suas estimativas. O banco disse ver tendências subjacentes positivas em todos os segmentos de negócios, com a exceção de margens mais baixas no negócio de suprimentos por conta da elevação nos custos de financiamento impulsionados por uma taxa Selic maior. O banco mantém avaliação outperform.

AES Brasil (AESB3, R$ 13,77, -1,64%)

A AES Brasil registrou lucro líquido de R$ 27,5 milhões no segundo trimestre do ano, uma queda de 77% na comparação anual, resultando em uma margem líquida de 4,9%. O resultado representa queda de 20,1 pontos porcentuais na mesma base de comparação.

Os números foram impactados principalmente pela maior despesa financeira líquida, no valor de R$ 80,4 milhões, pela liquidação antecipada do risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês) e maior depreciação e amortização, no valor de R$ 41,7 milhões, devido à amortização do reconhecimento do GSF no quarto trimestre de 2020.

O Ebitda foi de R$ 257 milhões, uma baixa de 6,6% ante igual período do ano anterior, enquanto a receita líquida da companhia subiu 18,1% na base anual, para R$ 561,4 milhões.

Por fonte, o lucro líquido da área hídrica foi de R$ 24,2 milhões no segundo trimestre do ano, valor 79,7% menor que o mesmo período de 2020, enquanto o Ebitda caiu 11,6% na mesma base de comparação, para R$ 162,1 milhões. A receita líquida alcançou R$ 416,3 milhões no trimestre, uma alta de 13,2% na base anual.

No caso da energia eólica, o lucro líquido foi de R$ 22,3 milhões no período, uma queda de 31,8% na comparação anual, enquanto o Ebitda caiu 9,1% na mesma base de comparação, para R$ 52,6 milhões. No período, a receita líquida somou R$ 110,0 milhões, uma alta de 44,9%.

A geração solar registrou lucro líquido de R$ 21,0 milhões no segundo trimestre, valor 22,0% maior que o mesmo período do ano passado, enquanto o Ebitda caiu 9,4% na mesma base de comparação, para R$ 31,1 milhões. A receita líquida teve uma leve queda de 2,3%, para R$ 37,2 milhões ante igual período de 2020.

Os custos de produção e operação de energia pela AES Brasil totalizaram R$ 378,4 milhões no segundo trimestre de 2021, uma elevação de 59,7% sobre o segundo trimestre de 2020. A AES Brasil encerrou o segundo com uma dívida líquida R$ 4,729 bilhões, 76,2% maior que o visto no mesmo trimestre do ano anterior, enquanto a alavancagem, medida pela relação dívida por Ebitda era de 2,14 vezes.

A XP tem uma avaliação neutra dos resultados da AES Brasil, uma vez que os números do Ebitda ajustado ficaram abaixo das estimativas da casa, mas acima do consenso. “Mantemos nossa recomendação de compra e nosso preço-alvo de R$ 17 por ação para AESB3”, avaliam os analistas.

BR Properties (BRPR3, R$ 8,63, -1,82%)

O lucro líquido da BR Properties cresceu 39% no segundo trimestre na comparação anual, para R$ 27,8 milhões. Houve efeito positivo no resultado líquido de R$ 51,3 milhões decorrentes da reavaliação da totalidade do Complexo JK – Torre B por conta da venda de 20% do imóvel para a gestora VBI Real Estate por 6% a mais do que o valor registrado no balanço do primeiro trimestre. A VBI tem a opção de comprar mais 25% do ativo. Já a receita líquida subiu 4%, para R$ 78,6 milhões.

Para o Credit Suisse, a BR Properties reportou resultados neutros no trimestre, com lucro prejudicado principalmente pelos resultados financeiros, mas com uma perspectiva positiva na atividade de locação e nas demais métricas operacionais. Os analistas destacam que o trimestre foi um marco para a empresa, que intensificou sua atividade de fusões e aquisições e passou a aumentar sua exposição em logística.

“Apesar do pior ter ficado pra trás e de reconhecermos o portfolio de alta qualidade da empresa, a BRPR esta sendo negociada com um prêmio em relação aos shoppings mas com menos potencial de alta de lucros no momento e, portanto, mantemos a recomendação neutra”, afirmam.

3R Petroleum (RRRP3, R$ 39,30, -1,38%)

A 3R Petroleum registrou lucro líquido de R$ 24,1 milhões no segundo trimestre de 2021, ante prejuízo líquido de R$ 49,6 milhões registrado em igual trimestre de 2020. O resultado é o atribuído aos controladores, base para a distribuição de dividendos.

A receita líquida foi de R$ 152,8 milhões no segundo trimestre de 2021, mais de cinco vezes a receita de R$ 29,1 milhões no mesmo período de 2020.

A 3R Petroleum reportou Ebitda ajustado de R$ 89,3 milhões no segundo trimestre, em linha com a expectativa do Itaú BBA. A produção do Polo Macau, ativo que tem a empresa como operadora, alcançou o patamar de 5,2 mil barris de petróleo equivalente por dia no período, o que representa um crescimento de 4,4% em relação ao primeiro trimestre deste ano. A companhia divulgou seus dados de julho, mês em que a produção do Polo Macau avançou 1% ante o mês anterior.

O Itaú BBA reiterou recomendação de compra para 3R, com preço-alvo de R$ 61 para o ativo, por acreditar no potencial da empresa de aumentar o fator de recuperação de campos maduros em meio a um ambiente regulatório favorável e de oportunidade de crescimento via aquisições.

“A 3R tem participação em pelo menos quatro processos de desinvestimento da Petrobras e acreditamos que o mercado deve focar no desdobramento da estratégia de crescimento por meio de aquisições. Um segundo foco deve ser o crescimento da produção dos ativos que já foram adquiridos pela companhia, mas que ainda não foram assumidos. A 3R ainda vai assumir a operação dos polos terrestres de Pescada e Arabaiana; Fazenda Belém e Recôncavo; e dos campos marítimos de Peroá e Papa-Terra”, avaliam.

Tegma (TGMA3, R$ 20,25, -3,30%)

A Tegma Gestão e Logística teve lucro líquido de R$ 24 milhões no segundo trimestre de 2021, revertendo assim o prejuízo de R$ 4,4 milhões em igual período de 2020. A receita líquida subiu 82% de abril a junho, a R$ 237 milhões, na comparação anual.

Apesar do lucro, o Itaú BBA vê o número como negativo. Os resultados da Tegma foram marcados por um déficit sequencial de veículos transportados, o principal culpado pelo fraco desempenho da divisão automotiva principal. Do lado positivo, a empresa manteve sua posição de caixa líquido e vem gradualmente recuperando o Retorno sobre o capital investido (ROIC), de 17,8% no primeiro trimestre para 23,4% no segundo trimestre. Vale ressaltar que a Tegma registrou ganho pontual na área de Logística Integrada, referente à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS / COFINS.

A Tegma continuou sofrendo com a falta de peças na cadeia automotiva como um todo, mas principalmente com a paralisação prolongada da fábrica da GM em Gravataí, no Rio Grande do Sul (que produz o modelo Onix) – as operações foram paralisadas no final de março e estão programadas para retomar em 16 de agosto. Isso levou a uma queda nos veículos transportados de 7% no trimestre e manteve a participação de mercado da Tegma no mínimo histórico de 22,8% (estável no trimestre).

Além dos volumes pressionados, a distância média por veículo transportado diminuiu 6% no trimestre. Os reajustes de preços ajudaram na receita automotiva (estagnou no trimestre), mas a margem Ebitda da divisão diminuiu 1,5 ponto no ​​trimestre (ajustando o primeiro trimestre de 2021 para eventos pontuais e incluindo um efeito contábil no segundo tirmestre).

Já as receitas do negócio de Logística Integrada voltaram a um patamar mais normalizado e a margem Ebitda ajustada sofreu um aumento nos custos de frete e despesas  – esta última relacionada ao ganho pontual mencionado anteriormente. “Notamos a renovação antecipada do contrato de um importante cliente químico em julho, até 2024”. A recomendação para o papel, contudo, segue outperform, com preço-alvo de R$ 33.

Mercado Livre (MELI34, R$ 77,45, +11,28%)

O Mercado Livre apresentou lucro líquido de US$ 68,2 milhões no segundo trimestre de 2021, o que resulta em lucro líquido de US$ 1,37 por ação. A receita líquida foi de US$ 1,7 bilhão, aumento de 93,9% na comparação com o mesmo período de 2020. Em moeda constante, a alta foi de 102,6%.

No Brasil, a receita líquida cresceu 101% neste trimestre em moeda constante. A operação brasileira já representa 55,9% da receita líquida total da companhia. O trimestre encerrou com um lucro antes de impostos, de US$ 138,9 milhões, crescimento de 55,5% em relação aos US$ 89,3 milhões apurados durante o segundo trimestre de 2020.

A base de usuários únicos ativos durante o trimestre aumentou 47,4% em comparação com igual período de 2020, atingindo 75,9 milhões. O volume de vendas (GMV) foi de US$ 7 bilhões, representando um crescimento anual de 39,2% em dólar e de 46,1% em moeda constante.

A operação brasileira cresceu mais de 40% em volume de vendas, em moeda constante, na comparação com 2020, com mais de 125 milhões de itens vendidos neste trimestre. “Destaque para a contribuição da recente parceria com o Grupo Pão de Açúcar e da entrega no mesmo dia – que, ao manter o atual ritmo de crescimento, pode vir a representar quase 20% dos CEPs do Brasil”, diz a companhia.

Multiplan (MULT3, R$ 23,23, -1,19%)

A Multiplan divulgou que em julho as vendas em shoppings atingiram 98,5% do patamar anterior à pandemia de Covid, o que tomou como um bom indicador para o desempenho do terceiro trimestre de 2021. Segundo o Credit Suisse, as vendas de julho podem levar a revisões das previsões dos valores dos aluguéis.

Klabin (KLBN11, R$ 24,70, -1,16%)

A Klabin comunicou nesta quinta-feira que a data prevista para o startup da primeira etapa do Projeto Puma II foi alterada para a segunda quinzena de agosto.

Anteriormente, esse movimento era planejado para a segunda quinzena de julho.

“Essa mudança se dá em função de contingências pontuais nos processos de comissionamento e testes pré-operacionais e não altera o investimento total previsto para o projeto”, explicou em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O Projeto Puma II, aprovado em 2019, contempla a expansão de capacidade no segmento de papéis para embalagem, por meio da construção de duas máquinas de papel com produção de celulose integrada, na unidade industrial Puma em Ortigueira (PR).

Renova (RNEW3, R$ 3,80, +0,80%)

A Renova Energia, companhia em recuperação judicial, informou nesta quinta-feira que a Mubadala Consultoria Financeira foi declarada vencedora em disputa pela Brasil PCH, com oferta de R$ 1,1 bilhão, segundo fato relevante.

A ausência de manifestação de interessados na participação do processo competitivo da Brasil PCH até o dia 1º de agosto permitiu a antecipação da declaração da vencedora pela administradora judicial, disse a Renova. Segundo a elétrica, a transação será comunicada aos demais acionistas da Brasil PCH, a BSB Energética e Eletroriver, que poderão decidir pelo exercício do direito de preferência na aquisição ou ao direito de alienação conjunta.

A Brasil PCH foi estabelecida para construir e operar pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).

A Renova disse ainda que a transação permitirá “saudável soerguimento e diminuição de seus passivos”, destinando os recursos obtidos no acordo para o pré-pagamento do empréstimo DIP Ponte contratado perante a Quadra Capital e desembolsado no início deste ano, o pagamento de determinados credores extraconcursais, o cumprimento das suas obrigações no Plano de Recuperação Judicial e a conclusão do Complexo Eólico Alto Sertão III Fase A.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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