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Ambev (ABEV3) lucra 57% mais com volume recorde para o 3º tri; analistas veem dados muito fortes e ação salta 9,7%

A receita líquida somou R$ 45,655 bilhões no trimestre, alta de 7,7% em relação ao mesmo período do ano anterior

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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BMGB4 | Cresc.5anos: 0.2662 | ROIC: 0.0 | EV/EBITDA: 0.0 | PSR: 0.0 | Div.Brut/Pat.: 0.0 | Pat.Liq: 4052510000.0

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Correção: havia um erro no valor citado da receita líquida. Os valores foram corrigidos às 12h (horário de Brasília)

A cervejaria Ambev (ABEV3) reportou lucro líquido de R$ 3,712 bilhões no terceiro trimestre de 2021 (3T21). O resultado representa um crescimento de 57,4% em relação ao mesmo período de 2020.

Segundo a companhia, o resultado se deve ao o forte desempenho comercial, atingindo os maiores volumes consolidados já registrados em um terceiro trimestre, resultando em forte crescimento da receita líquida.

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O resultado foi bem visto por analistas (veja mais análises abaixo), com os ADRs (na prática, os papéis negociados na Bolsa em Nova York) já registrando forte alta no início da manhã no pré-market da NYSE. No início da sessão na B3, os papéis ABEV3 chegaram a saltar mais de 10%, em forte alta durante todo o dia, fechando com salto de 9,72%, a R$ 16,70.

A receita líquida foi de R$ 18,492 bilhões, alta de 18,5% frente os R$ 15,6 bilhões registrados em igual período de 2020.

Já o volume de bebidas foi de 45,6 milhões de hectolitros, alta de 7,7% ante os 42,3 milhões de hectolitros de um ano antes, os maiores volumes consolidados já registrados em um terceiro trimestre.

Esse foi um dos pontos que mais agradaram os analistas de mercado, devido principalmente  a um desempenho melhor do que o esperado na unidade Cerveja Brasil, com alta de 9% na base anual.

O lucro antes do juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 7,8% na comparação com igual etapa de 2020, totalizando R$ 5,468 bilhões.

Já a margem Ebitda ajustado alcançou 29,6% no 3º trimestre de 2021, alta de 2,9 p.p. na comparação com igual trimestre de 2020.

A margem bruta da companhia foi de 50% entre julho e setembro de 2021, baixa de 2,4 pontos percentuais.

O resultado financeiro líquido foi de R$ 876,2 milhões no 3T21, melhora de R$ 268,6 milhões em relação ao 3T20. A geração de caixa das atividades operacionais foi de R$ 6,398 bilhões comparado com R$ 7,079 bilhões no 3T20 (-9,6%).

No acumulado do ano, a geração de caixa totalizou R$ 11,075 bilhões contra R$ 10,462 bilhões no mesmo período do ano passado (+5,9%).

Em 30 de setembro de 2021, o caixa líquido da Ambev era de R$ 16,761 bilhões, alta de 19,7% na comparação com 31 de dezembro de 2020.

Análise

O Bradesco BBI destacou que os resultados da Ambev vieram muito fortes destacando, em relatório antes da abertura da Bolsa, já esperar uma reação positiva das ações por conta deste resultado. Isso porque o Ebitda ficou 8% acima do consenso e a empresa reportou um crescimento do volume de cerveja brasileira de 7%.

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Já o Credit Suisse classificou como estrelar o desempenho de vendas da companhia no trimestre.

“A Ambev mais uma vez superou as vendas de uma execução de vendas de alto nível, o que permitiu que seus volumes atingissem o nível recorde no trimestre, ainda mais impressionante considerando as comparações difíceis do ano passado”, afirma o banco suíço.

O Bradesco BBI mantém avaliação outperform para ações e preço-alvo de R$ 21,00, frente à cotação de quarta-feira (27) de R$ 15,22. O Credit Suisse também mantém avaliação outperform para os papéis da Ambev (ABEV3), com preço-alvo de R$ 18,50.

O Itaú BBA também ressaltou que o principal destaque foi o forte desempenho de volume do segmento de cerveja no Brasil.

Por outro lado, o banco destacou que as margens ainda estão defasadas, apesar da significativa alavancagem operacional que provavelmente acompanharia esse grau de crescimento de volume.

O Itaú BBA mantém avaliação outperform para ações e preço-alvo de R$ 19,50.

A XP ressalta que a AmBev entregou outro trimestre com forte crescimento de receita, embora câmbio e preços altos das commodities ainda pressionem as margens, como esperado.

“Fomos surpreendidos por um crescimento de 7,7% na comparação anual nos volumes consolidados, principalmente devido a um desempenho melhor do que o esperado em Cerveja Brasil (+9% na base anual), o que consideramos positivo dada a base de comparação mais difícil”, avaliam os analistas.

Eles apontam que oito dos dez principais mercados da AmBev já estão crescendo acima do terceiro trimestre de 2019.

As pressões de custos, no entanto, permanecem presentes e as margens caíram para o segundo menor nível já registrado (margem Ebitda ajustada de 29,6%). Contudo, os analistas da XP reiteraram recomendação de compra pois acreditam que a empresa está superando seus concorrentes e está melhor posicionada para uma recuperação do setor.

Até os mais céticos com o papel passaram a trazer algumas dúvidas sobre as suas perspectivas para a companhia a partir dos números divulgados para o período.

O Morgan destaca que segue com visão cautelosa para a ação, com recomendação de venda e preço-alvo de R$ 13, mas aponta que o balanço colocou a equipe a pensar sobre as estimativas à frente, notoriamente sobre o ganho de participação de mercado da companhia.

“Temos sido mais cautelosos com a Ambev, em parte devido à nossa expectativa de que a concorrência possa se intensificar em 2022, à medida que a Heineken reduz suas restrições de capacidade. No entanto, esse forte desempenho hoje nos faz pensar se as marcas de Petrópolis (o terceiro maior player do setor Brasil) foram estruturalmente prejudicadas”, apontaram.

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REFLEXÃO: Morgan Housel: Se preocupe somente quando você achar que tiver tudo resolvido.

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