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Ambev superará principal desafio? Analistas se dividem após pressão de custos impactar de novo a companhia no 2º tri

Com preços altos para a maioria das matérias-primas e real desvalorizado, custo por hectolitro sobe mais rápido do que os preços médios

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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CTNM4 | P/ACL: -0.17 | P/Ativo: 0.044 | ROIC: 0.0387 | EV/EBITDA: 5.84 | P/L: -1.8 | P/VP: 0.23

CURITIBA | invistaja.info — A Ambev (ABEV3) reportou na manhã desta quinta-feira (29) seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2021.

Os resultados, a princípio, se apresentaram como bastante sólidos, com a companhia mais que dobrando o seu lucro, chegando perto dos R$ 3 bilhões.

Apesar disso, e embora tenha apresentado um forte volume de vendas no período, tanto no mercado doméstico quanto internacional, o grande desafio para a companhia permanece o da pressão de custos, que teve aumento da ordem de 20% no período, com preços altos para a maioria das matérias-primas e real desvalorizado frente ao dólar, levando o custo por hectolitro a subir mais rápido do que os preços médios.

+Ambev tem lucro líquido ajustado de R$ 2,96 bilhões no segundo trimestre, alta de 116% na comparação anual

Por conta disso, após os resultados, os papéis da cervejaria registram queda na sessão desta quinta-feira (29), chegando a ter baixa de 4,62% na mínima do dia. Às 12h20 (horário de Brasília), a baixa era de 2,77%, a R$ 16,85.

Olhando para frente, os analistas de mercado seguem divididos. Enquanto alguns seguem otimistas com a tese, de olho em melhorias no futuro e estratégias de inovação da companhia, apesar dos custos mais elevados, há quem defenda que o cenário é desafiador e que as despesas devem pesar ainda mais no próximo ano.

Em relatório, o Itaú BBA escreve que a expectativa é de que a pressão de custos continue nos próximos trimestres, mas em um ritmo de crescimento mais lento na base anual de comparação.

“Esperamos que essa tendência diminua no restante de 2021, mas o cenário de pressão de custos deve continuar a gerar alguns obstáculos para a recuperação da lucratividade da Ambev”, escreve o time de análise.

Segundo o banco, apesar de esperar uma reação negativa do mercado ao balanço, o Itaú já tinha rebaixado os papéis para recomendação de market perform (em linha com o mercado) após o balanço do primeiro trimestre e, com isso, já estava esperando resultados menos animadores.

Um ponto a ser destacado, de acordo com os analistas, é que as despesas com vendas, gerais e administrativas aumentaram devido aos investimentos em novas iniciativas (como Zé Delivery e BEES).

“Se essas iniciativas derem frutos no médio e longo prazo, será uma parte fundamental da tese de investimento, e vamos monitorar isso de perto”, conclui o Itaú BBA.

Copo meio cheio

Na avaliação do Bradesco BBI, a pressão de custos que a Ambev está enfrentando com as matérias-primas será positivo para os resultados no futuro, uma vez que está permitindo que a empresa aumente os preços – que historicamente se fixam ou continuam a aumentar mesmo quando os custos caem –, impulsionando os ganhos futuros.

“Esperamos que os preços das commodities agrícolas caiam 21% em 2022 e mais 7% em 2023, após um aumento esperado de 17% para 2021”, escrevem os analistas, em relatório.

Neste cenário, o banco diz ver a relação preço sobre lucro (P/E) da Ambev em 20 vezes para 2022, abaixo da média histórica, de 23 vezes, caindo para um múltiplo atrativo de 17 vezes em 2023, dado o alívio dos custos de insumos.

O Bradesco BBI manteve sua recomendação outperform (acima da média do mercado), com preço-alvo estimado de R$ 21.

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Para o Credit Suisse, apesar dos ventos contrários da pressão de custos e um ambiente de consumo ainda incerto no Brasil, a Ambev continua a se mostrar bem posicionada para navegar em meio a turbulências, superar o desempenho da indústria (como tem sido o caso) e gerar caixa.

O banco manteve sua recomendação outperform com preço-alvo estimado de R$ 21,50.

Inovação como destaque

Apesar da pressão de custos, a XP diz acreditar que a companhia continua a superar seus pares diante de iniciativas de inovação (BEES, Zé Delivery, Donus), capilaridade comercial, base de clientes atomizada e processo contínuo de desenvolvimento de portfólio, especialmente no core-plus.

Em relatório, os analistas escrevem que a inovação tem desempenhado um papel cada vez mais importante à medida que a plataforma BEES aumenta sua presença e já é utilizada por mais de 70% dos clientes ativos no Brasil, enquanto o aplicativo Zé Delivery entregou 15 milhões de pedidos no trimestre e a Donus atingiu 80 mil clientes.

“São inúmeros os desafios de curto prazo, mas seguimos otimistas com a AmBev uma vez que a empresa tem conseguido mudar seu DNA e construir novas avenidas de crescimento futuro, apesar de passar por uma das piores crises já registradas”, escrevem os analistas da XP.

A casa reiterou sua recomendação de compra para os papéis da Ambev, com preço-alvo de R$ 20 para o fim de 2022.

Mas nem todos estão otimistas…

Em relatório divulgado nesta quinta, o Morgan Stanley escreve que apesar de boa parte do mercado financeiro ter dado destaque para a receita da Ambev no segundo trimestre, que veio forte, a margem de lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) decepcionou e prejudicou o resultado no período.

A margem Ebitda recorrente ficou em 14,8% no trimestre, abaixo do dado já deprimido de 17,8% um ano antes e da expectativa do Morgan Stanley, de 17,7%.

O banco americano manteve sua recomendação underweight (abaixo da média do mercado) diante de um cenário ainda desafiador para a companhia, de redução da demanda por cerveja no Brasil, maior capacidade de concorrentes e investidores voltando suas atenções para os custos da empresa em 2022.

Na avaliação dos analistas, ainda que a companhia tenha sido transparente e abordado a questão dos custos do segundo trimestre nas conversas com investidores, o Morgan permanece cauteloso com relação às despesas esperadas para o próximo ano. O preço-alvo para os ativos é de R$ 13,80, o que representa uma queda de 20% em relação ao fechamento da véspera.

Assim, analistas de mercado, no geral, seguem divididos com a tese de investimentos na companhia. De quatorze casas que cobrem o papel, quatro têm recomendação de compra para os ativos, sete de manutenção e três de venda. O preço-alvo médio é de R$ 17,32, o que corresponde a uma quase estabilidade em relação ao fechamento da véspera, de R$ 17,33.

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REFLEXÃO: Morgan Housel: Se preocupe somente quando você achar que tiver tudo resolvido.

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