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Bens feitos com aço americano podem sofrer dano colateral do “tarifaço”, diz Amcham

Associação que reúne empresas que promovem o comércio entre os dois países aponta riscos das novas taxas dos EUA, que começam a valer em março

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Edição MarketMsg e invistaja.info

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As sobretaxas de 25% sobre importações de aço e alumínio de todas as origens pelos Estados Unidos, anunciadas na última segunda-feira (10) pelo presidente norte-americano Donald Trump, devem impactar significativamente exportações brasileiras desses setores, mas as compras brasileiras de produtos acabados dos EUA podem sofrer um dano colateral das medidas.

O alerta é da Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) , associação focada em intermediar, de maneira independente, o comércio entre os dois países.

Justificada por razões de segurança pública, a medida anunciada por Trump está prevista para entrar em vigor a partir de 12 de março.

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Superávit do lado dos EUA

Em nota sobre o tema, a Amcham ressaltou o grau de integração da indústria siderúrgica brasileira com os Estados Unidos, que pode ser significativamente impactado pelas novas taxas, e expressou o desejo de que os governos do Brasil e EUA busquem uma solução negociada “para preservar o comércio bilateral, que tem registrado recordes nos últimos anos, com ganhos para ambas as economias e expressivo superávit para o lado americano”.

Estatísticas americanas (US ITC) citadas na nota da Amcham mostram que os Estados Unidos registraram superávit de US$ 7,3 bilhões com o Brasil em 2024, um aumento de 31,9% em relação a 2023. Esse valor representa o sétimo maior saldo dos Estados Unidos com um parceiro individual naquele ano.

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Exportações e importações

A Brasil exportou, em 2024, mais de US$ 5,7 bilhões em aço e ferro para os Estados Unidos, principal destino das exportações brasileiras, e US$ 267 milhões em alumínio — equivalentes a 16,7% das vendas globais brasileiras desta commodity.

Do lado das importações, no ano passado, as empresas brasileiras importaram US$ 1,4 bilhão em carvão siderúrgico americano, amplamente utilizado na produção do aço no Brasil.

A associação relembra também que o Brasil importa um volume relevante de bens fabricados com aço nos EUA, incluindo máquinas e equipamentos, peças para aeronaves, motores automotivos e outros bens da indústria de transformação.

“Com as sobretaxas, há o risco de redução das importações brasileiras desses produtos de origem norte-americana”, afirma em nota.

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REFLEXÃO: Bill Mann, da Motley Fool Asset Management: Busque investir em conjunto com grandes gestores, depois, é só ser paciente.

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