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BRGE6 | P/VP: 0.72 | ROIC: -0.5003 | Div.Brut/Pat.: 0.0 | Cresc.5anos: -0.4561 | DY: 0.0436 | P/EBIT: -1.36
ListenToMarket: Berkshire Hathaway: ação cai 10% desde maio com “prêmio Buffett” se esvaindo – Áudio gerado às: 15:20:18
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Mais do que um desempenho apenas no calor do momento, as ações da Berkshire Hathaway seguem em queda, de cerca de 10%, desde a reunião anual da companhia, em 3 de maio de 2025.
O movimento acontece uma vez que, na ocasião, o megainvestidor Warren Buffet anunciou sua aposentadoria, aos 94 anos. Diante de milhares de investidores de sua Berkshire Hathaway, Buffet indicou o vice-presidente Greg Abel como seu sucessor. Desde então, as ações classe A passaram de US$ 809.350 no fechamento da sessão de 2 de maio para US$ 728.200 na última quarta-feira (18)
Conforme destaca o site especializado Barron’s, um dos analistas de Wall Street que continua fã das ações está inclusive com uma previsão menos otimista. O chamado “prêmio Buffett” vem deixando as ações desde então.
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O analista do UBS, Brian Meredith, reduziu sua estimativa de lucro para 2025 em 6%, para US$ 19,92 por ação Classe B, principalmente porque prevê menor rendimento de investimentos. Ao mesmo tempo, os rendimentos do caixa provavelmente cairão, pois o Federal Reserve deve cortar as taxas de juros de curto prazo ainda este ano.
Meredith também não prevê recompras de ações neste ano ou em 2026 pela Berkshire, pois as ações estão sendo negociadas acima de sua estimativa de valor intrínseco. A Berkshire não recomprou nenhuma ação de maio de 2024 até o final de abril, com base nas divulgações do relatório do primeiro trimestre, divulgado no início de maio. Buffett não considerou as ações suficientemente baratas em relação à sua estimativa de valor intrínseco para que a empresa as comprasse.
Meredith, que tem sido o único otimista em Wall Street entre os poucos analistas que acompanham as ações, reduziu seu preço-alvo de US$ 606 para US$ 591 por ação Classe B, uma alta de 22% em relação ao fechamento de quarta, de US$ 485,14. Ele manteve a recomendação de compra.
“Continuamos acreditando que as ações da Berkshire são atraentes em um ambiente macroeconômico incerto, com US$ 347 bilhões em caixa e investimentos de curto prazo, um mix de negócios defensivo e exposição tarifária administrável”, escreveu Meredith em nota a clientes.
Ele prevê que a Geico, unidade de seguros de automóveis da Berkshire, ganhará participação de mercado este ano, após perdê-la nos últimos anos. A Geico é a terceira seguradora mais vendida, atrás da State Farm e da Progressive, que ultrapassou a Geico nos últimos anos.
A Barron’s ressalta que, antes da queda do mês passado, a Berkshire estava sendo negociada a uma máxima de vários anos, com base em uma avaliação de cerca de 1,8 vez o seu valor contábil. Agora, está se aproximando de 1,6 vez, próximo à sua média de cerca de 1,5 vez nos últimos anos.
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Kevin Heal, analista de ações da Argus Research, observou que as perdas iniciais dos papéis pós-anúncio de Buffett foram provavelmente desencadeadas por reações técnicas. As quedas subsequentes, disse ele, pareceram mais motivadas por fatores fundamentalistas, atreladas aos negócios da empresa e ao dado recente dos lucros.
No primeiro trimestre de 2025, o lucro operacional da Berkshire, que inclui suas subsidiárias integrais de seguros, energia e ferrovias, caiu 14%, para US$ 9,64 bilhões.
As ações da Berkshire estavam mais de 20 pontos percentuais à frente do S&P 500 em 2 de maio. A diferença diminuiu para cerca de oito pontos.
Conforme aponta o Barron’s, os investidores podem ter realizado lucros no último mês ou reagido à iminente saída de Buffett. O executivo da Berkshire, Greg Abel, assumirá o cargo principal em 2026. Embora tenha sido amplamente elogiado por Buffett, os investidores podem estar aguardando para ver como ele encarará o cargo.
A Berkshire possui quase US$ 350 bilhões em caixa e investimentos e pouco conseguiu fazer com essa quantia crescente. Continuou vendendo ações no primeiro trimestre de 2025 e não realizou grandes aquisições, apesar da busca contínua de Buffett pelo que ele chama de um negócio gigantesco.
A capitalização de mercado atual do conglomerado ainda está acima de US$ 1 trilhão. No entanto, analistas estão observando atentamente como a empresa se adaptará sob a nova liderança e se Abel conseguirá preservar, ou mesmo melhorar, o valor para os acionistas criado durante os 60 anos de gestão de Buffett.
Abel ingressou na Berkshire Hathaway em 1999, após a empresa adquirir o controle acionário da MidAmerican, onde ele atuava como presidente. Ele se tornou CEO da MidAmerican em 2008, antes de ela ser renomeada para Berkshire Hathaway Energy.
Os acionistas esperam que Abel mantenha a cultura da empresa de investimento em valor de longo prazo e gestão descentralizada.
(com agências internacionais)
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