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Bolsas mundiais operam de lado antes do payroll; varejo no Brasil e mais assuntos do mercado hoje

Investidores aguardam relatório de emprego em busca de mais pistas sobre política monetária dos EUA, enquanto repercutem falas do Fed

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Os mercados amanhecem entre leves perdas e ganhos nesta sexta-feira (7), após uma quinta-feira de perdas observadas no mercado americano, com o aumento da percepção de que o Federal Reserve (Fed) não deve moderar o ritmo de aperto monetário.

Além disso, os agentes de mercado estão bastante atentos aos resultados do relatório de emprego (payroll) em setembro, um dos dados mais esperados pelos membros do Fed na definição dos próximos passos da política monetária, que serão publicados às 9h30. A mediana das estimativas dos analistas indica criação líquida de 275 mil vagas no mês passado.

Juntamente com o relatório de empregos, os estoques no atacado e os dados de crédito ao consumidor também estão previstos para esta sexta-feira.

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Os principais índices de Nova York fecharam em baixa durante as negociações regulares na quinta-feira, mas ainda estão a caminho de sua melhor semana desde 24 de junho.

No Brasil, uma nova pesquisa eleitoral da Genial/Quaest mostra o ex-presidente Lula (PT) na liderança da disputa pelo Palácio do Planalto com 48% das intenções de voto totais, contra 41% do presidente Bolsonaro (PL).

Em indicadores, às 9h, saem os dados de vendas no varejo de agosto, com previsão queda de 0,2%.

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam de lado nesta manhã após as perdas da sessão anterior, com investidores aguardando o relatório de empregos de setembro em busca de mais pistas sobre o ritmo de aperto monetário do Fed.

A presidente do Federal Reserve (Fed) de Cleveland, Loretta Mester, afirmou ontem que, em sua visão, o conselho da autoridade não vai cortar juros no próximo ano, e as taxas deverão ser elevadas em 2023. Em evento do Conselho para Educação Econômica, a dirigente disse que irá demorar algum tempo para a inflação atingir 2%, a meta do Fed, uma vez que ela é persistente, e que o foco da autoridade no momento deve ser a alta de preços.

Em linha com a fala de Mester, o ex-presidente do Fed de Kansas City, Thomas Hoenig, disse que o BC americano pode “reacender” a inflação se parar de aumentar as taxas de juros “muito cedo”.

O Fed não deve entrar em um ciclo de corte de taxas imediatamente após atingir a taxa terminal, disse Hoenig ao “Street Signs Asia” da CNBC.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Dow Jones Futuro (EUA), +0,21%S&P 500 Futuro (EUA), +0,05%Nasdaq Futuro (EUA), -0,24%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam em baixa antes do relatório mensal de empregos nos EUA, que provavelmente orientará a próxima decisão monetária do Fed, com Hang Seng, de Hong Kong, liderando as perdas.

O noticiário corporativo também impactou o mercado por lá. A fabricante de chips sul-coreana Samsung Electronics anunciou uma queda de 31,7% no lucro operacional no terceiro trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com uma divulgação preliminar de resultados.

O lucro operacional caiu para 10,8 trilhões de wons coreanos (US$ 7,65 bilhões), em comparação com 15,8 trilhões de wons no terceiro trimestre de 2021. O resultado é o primeiro declínio nos lucros trimestrais desde o quarto trimestre de 2019, mostraram dados do Refinitiv Eikon.

A demanda por semicondutores diminuiu, mostrou o comunicado.

Shanghai SE (China), fechadoNikkei (Japão), -0,71%Hang Seng Index (Hong Kong), -1,51%Kospi (Coreia do Sul), -0,22%

Europa

Os mercados europeus operam entre perdas e ganhos nesta sexta-feira a caminhoa de encerrar uma semana volátil, enquanto investidores globais aguardam o importante relatório mensal de empregos dos Estados Unidos.

No front econômico, a produção industrial alemã caiu em agosto, uma vez que os gargalos de fornecimento persistiram devido à guerra na Ucrânia e a persistentes distorções relacionadas à pandemia.

A baixa em agosto foi de 0,8% na comparação com o mês anterior, abaixo das expectativas de queda de 0,5% entre analistas consultados pela Reuters.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,16%DAX (Alemanha), -0,28%CAC 40 (França), -0,04%FTSE MIB (Itália), -0,06%

Commodities

As cotações do petróleo sobem, estendendo os ganhos registrados durante semana depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) concordou em restringir a oferta global com um acordo para reduzir as metas de produção em 2 milhões de barris por dia (bpd).

Esta foi a maior redução desde 2020 e veio antes de um embargo da União Europeia ao petróleo russo.

O presidente dos EUA, Joe Biden, expressou decepção na quinta-feira com os planos da Opep+ e ele e sinalizou que os EUA estão analisando todas as alternativas possíveis para impedir que os preços subam.

Petróleo WTI, +0,53%, a US$ 88,92 o barrilPetróleo Brent, +0,53%, a US$ 94,92 o barril

Bitcoin

Bitcoin, -0,78% a US$ 19.994,75 (em relação à cotação de 24 horas atrás)

2. Agenda

O dia começou com recuo de 1,3% das vendas do varejo na Alemanha em agosto, acima da projeção do mercado de queda de 1,1%, contra alta de 1,9% em julho. A produção industrial alemã recuou 0,8% em agosto na comparação com o mês anterior, queda acima da previsão de -0,5%.

Às 9h, no Brasil, saem os dados de vendas no varejo de agosto, com previsão queda de 0,2%, uma melhora diante da queda de 0,8% em julho.

Meia hora depois, o anúncio mais importante do dia: o payroll dos EUA de setembro, com previsão de 250 mil, queda em relação a agosto, e mostrando a taxa de desemprego, que pode ficar estável em 3,7%, mesmo valor de agosto. Outros dados importantes neste relatório são sobre remuneração.

Brasil

9h: Vendas no varejo

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10h: Produção de veículos Anfavea

12h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, profere palestra sobre “Economic challenges in times of crisis – a vision by Banco Central do Brasil”, promovida pela Brazilian-American Chamber of Commerce of Florida (BACCF), em Miami, EUA. (fechado à imprensa)

EUA

9h30: Relatório de emprego – payroll

11h: Estoques no atacado

11h: Discurso do presidente do Fed de Nova York, John Williams

14h: Contagem de sondas Baker Hughes

China

22h45: PMI

3. Noticiário econômico

Congresso conservador e com Damares no comando pode travar reformas econômicas

O mercado financeiro começa a ver com preocupação a articulação de Damares Alves para assumir a presidência do Senado, conforme reportagem de Alvaro Gribel/O Globo. Damares tem a agenda de costumes como a sua principal bandeira política, e não as reformas econômicas. À frente da Casa, teria força para ditar a pauta e inverter a prioridade das votações.

O receio, na verdade, é mais amplo. Segundo o executivo de um grande banco internacional com atuação no Brasil, os investidores estão se dando conta de que a eleição de um Congresso conservador não significa um impulso para o liberalismo econômico.

Adoção de nova regra para controle de gastos racha a campanha do PT

Sob pressão para sinalizar com clareza suas propostas para as contas públicas, a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda está dividida em relação ao caminho da política fiscal a ser adotado num eventual novo governo do PT. O ponto central das divergências é sobre a necessidade, ou não, de se adotar uma regra de controle das despesas para substituir o atual teto de gastos – que Lula já antecipou que será revogado se ele vencer a eleição.

De um lado, a “turma da política” defende a revogação do teto com a permanência da regra de meta de resultados primários (receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros da dívida pública). De outro, uma ala de economistas – entre eles, integrantes da Fundação Perseu Abramo, braço do pensamento econômico do PT – defende a necessidade de um modelo de controle de gastos que permita, ao mesmo tempo, investimentos em projetos prioritários, com efeito “multiplicador” para acelerar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

4. Noticiário político

Lula tem 48% dos votos totais, enquanto Bolsonaro fica com 41%

A pesquisa realizada pelo instituto Quaest mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança da disputa pelo Palácio do Planalto com 48% das intenções de voto totais, contra 41% para o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Lira só fará eleição do TCU após 2º turno e cogita deixar para 2023

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), tem dito que aguardará o resultado da eleição presidencial para fazer a votação para ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e não descarta deixar a escolha apenas para fevereiro de 2023, após a nova eleição para o comando da Casa.

Covid

O Brasil registrou nesta quinta-feira (6) 119 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 686.759 desde o início da pandemia.

Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 105. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +57%, indicando tendência de alta pelo terceiro dia.

No total, o país registrou 6.510 novos diagnósticos de Covid-19 em 24 horas, completando 34.750.108 casos conhecidos desde o início da pandemia.

5. Radar Corporativo

Americanas (AMER3)

A Americanas informou que sua plataforma financeira (Fintech), Ame Digital Brasil Instituição de Pagamento, recebeu, na véspera, autorização do Banco Central do Brasil (BC) para operar como Instituição de Pagamento, nas modalidades de emissora de moeda eletrônica e credenciadora.

Além disso, o Conselho de Administração da Americanas aprovou a realização da 18ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie com garantia flutuante, em série única, com esforços restritos, no valor de R$ 1 bilhão.

Copel (CPLE6)

A Copel Geração e Transmissão, subsidiária integral da Copel (CPLE6), informou que celebrou contrato para a aquisição de 100% dos Complexos Eólicos Santa Rosa & Mundo Novo (SRMN) e Aventura detidos atualmente pela EDP Renováveis Brasil S/A., que totalizam 260,4 MW de capacidade instalada.

O valor total da transação (Enterprise Value) é de R$ 1,803 bilhão, com um Equity Value da ordem de R$ 965 milhões, sujeito a ajustes até a data de fechamento da transação.

CSN (CSNA3)

O Conselho de Administração da CSN (CSNA3) aprovou sua 12ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, com esforços restritos, no valor de R$ 1,5 bilhão.

Segundo comunicado, os recursos líquidos obtidos por meio da emissão serão integralmente utilizados para amortização antecipada de cédulas de crédito bancário emitidas em favor da Caixa Econômica Federal e recomposição de caixa da emissora.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)

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REFLEXÃO: Barry Ritholtz, da Bloomberg: Mantenha a simplicidade, faço menos e administre sua estupidez.

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