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Bradesco: a questão sobre 2025 que fez a ação cair quase 4% mesmo com um bom 4T

Mesmo com números apontando recuperação, dúvidas sobre o ritmo dela em um ano bastante desafiador colocaram ações do banco em xeque

Negociando na bolsa de valores

Edição invistaja.info e MarketMsg

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Números levemente em linha com as expectativas e um guidance (orientação) conservador, mas também perto do projetado. Contudo, as ações tiveram forte queda.

O Bradesco (BBDC4) registrou lucro líquido recorrente de R$ 5,4 bilhões, alta de 3% no trimestre e avanço de 88% ano a ano, 4% acima das projeções do Goldman Sachs e 2% acima do consenso da Bloomberg.

Contudo, na sessão desta sexta-feira (7), as ações fecharam com queda de 3,93%, a R$ 11,99.

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Os números foram vistos de maneira positiva, mas parte do mercado segue de olho no ritmo de recuperação ainda arrastado do banco, enquanto também embolsam os lucros das 2 últimas sessões, quando a alta de BBDC4 foi de 3,7%. O ano visto como bastante desafiador representa ainda mais um obstáculo para a recuperação do banco.

“O Bradesco segue avançando em seu plano de reestruturação após o primeiro ano de gestão sob o novo CEO. O banco transmitiu uma mensagem de cautela, priorizando o crescimento rentável, mas em um ritmo mais lento”, aponta a equipe de análise da XP em relatório.

O ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) expandiu para 13,4%, de 12,9% no 3T24 e 7,2% no 4T23, reafirmando sua melhora gradual na lucratividade, aponta o Goldman.

“No geral, os resultados operacionais foram decentes, com NII [Receita Líquida de Juros] de cliente e mercado sequencialmente melhor e resultados de seguros mais fortes. O custo do risco ficou estável e a qualidade dos ativos melhorou principalmente no portfólio de PMEs [Pequenas e Médias Empresas], onde a originação de empréstimos garantidos aumentou no 4T”, apontaram os analistas do Goldman.

Rubens Cittadin, operador de renda variável da Manchester Investimentos, aponta que o banco apresentou um resultado bem em linha com aquilo que o mercado esperava, “ligeiramente acima”.

“Destaca-se que a mudança e reorganização do banco segue alinhada com o que foi proposto desde o início da nova direção, de Marcelo Noronha. Outro ponto que chama a atenção é a expansão da carteira de crédito voltada a grandes empresas (na casa dos 17% ao ano), carteira essa que se destaca por menor inadimplência, além do avanço para a carteira voltada ao agro, que avança de maneira gradual, através da compra de 50% do banco John Deere”, avalia Cittadin.

Felipe Moura, sócio e analista de investimentos da Finacap, ressalta a melhora de performance seguindo a toada desde que Noronha assumiu o comando do banco, levando a um ROE de cerca de 14%. “Alguns anos atrás era praticamente inimaginável o Bradesco dando ROE abaixo de 20%, mas realmente o banco entrou numa espiral de resultados negativos nos anos e aos poucos está recuperando. Desta forma, brevemente deve atingir aquele ROE de 15%, (…) mas o caminho é longo ainda”, avalia.

Para o BTG Pactual, transformar o banco já seria uma tarefa enorme, mesmo com uma economia em aceleração e taxas de juros em queda. Fazer isso com a deterioração das condições macroeconômicas é um desafio ainda maior, o que deve significar um processo longo e lento de recuperação na visão da casa.

“O Bradesco tem pouco espaço para erros, dado o seu momento de lucro ainda pressionado, o ambiente competitivo/regulatório desafiador (PIX automático, empréstimo consignado privado, Open Finance, etc.) e sua situação de capital mais apertada”, avalia, mantendo assim recomendação neutra e cautela com a tese de investimentos.

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O Morgan Stanley tinha uma previsão de lucro maior que o consenso, de R$ 5,775 bilhões, com o número real ficando 6% abaixo da sua estimativa. A decepção ocorreu devido a maiores despesas relacionadas ao marketing de cartões.

De qualquer forma, o Bradesco apresentou resultados sólidos, com ROE crescente e a maioria dos indicadores se movendo na direção certa, superando ligeiramente as expectativas do lado do consenso de mercado.

“O ROE do 4T24 de 14,2%, acima dos 7,3% do 4T23, ressalta nossa visão de longa data de que uma recuperação cíclica aumentaria significativamente o ROE em 2024. Suspeitamos que o Bradesco apresentará novamente resultados acima do ponto médio da faixa de orientação, como foi o caso neste ano”, apontaram os analistas do Morgan.

Guidance mostrando desaceleração, mas em linha

O Bradesco ainda divulgou suas projeções, esperando que a carteira de crédito cresça entre 4% e 8% neste ano, um ritmo inferior ao observado em 2024. No ano passado, a expansão foi de 11,9%, acima do teto da projeção fornecida pelo banco ao mercado, que era de 11%.

Para o Goldman, olhando para o guidance de 2025, o crescimento da carteira de empréstimos de 6% no ponto médio é consistente com a expectativa dos pares privados.

O Itaú (ITUB4) também projeta uma alta em cerca de 6% e há uma orientação suave de um dígito médio do Santander Brasil (SANB11).

“Estimamos que o ponto médio do intervalo implica um ROE cauteloso de 13% e lucro líquido de R$ 22,2 bilhões (+14% anualmente), que é 7% abaixo do Goldman, mas 6% acima do consenso da Bloomberg. Como tal, esperamos uma reação neutra a um trimestre e orientação em grande parte em linha”, avalia.

Moura, da Finacap, também ressalta que o Bradesco adotou uma visão mais conservadora para o ano que vem, com as condições macro mais deterioradas em meio a um cenário de juros revisados para cima por todo o mercado quanto por uma inflação mais alta.

O Morgan Stanley ressalta que o ponto médio da faixa de orientação implica lucro líquido de R$ 22,233 bilhões, alta de 14% anual, 2% abaixo do consenso atual dos analistas de R$ 22,775 bilhões, mas melhor do que as expectativas dos gestores de cerca de R$ 21 bilhões.

O Morgan tem recomendação overweight (exposição acima da média do mercado), com preço-alvo de US$ 4,50 por ADR (recibo de ações negociado nos EUA); o Goldman tem recomendação similar, de compra para o Bradesco, com preço-alvo de 12 meses de R$ 14 e US$ 2,30 por ADR.

Já a XP ressalta que as perspectivas para o banco em 2015 estão alinhadas com a posição neutra para os ativos. “Reconhecemos o progresso do banco ao longo do ano; o Bradesco melhorou suas taxas de inadimplência e iniciou uma trajetória positiva de recuperação da rentabilidade após um ciclo de crédito desafiador. Em 2025, o banco entra na segunda fase de seu plano, focado na recuperação do crescimento do NII. No entanto, o cenário macroeconômico desafiador apresenta dificuldades para a recuperação dos spreads, e acreditamos que será difícil para o banco crescer acima de seu custo de capital em 2025”, afirma a equipe de análise.

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REFLEXÃO: Barry Ritholtz, da Bloomberg: Mantenha a simplicidade, faço menos e administre sua estupidez.

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