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Bradesco (BBDC4) supera projeção de lucro, mas inadimplência é ponto fraco e guidance divide analistas

Analistas apontam diferentes visões sobre números do segundo maior banco privado do Brasil após o resultado do primeiro trimestre

Notícias do mercado financeiro

Edição MarketMsg e invistaja.info

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CEAB3 | Mrg.Ebit: -0.0196 | Liq.2meses: 16974100.0 | P/ACL: -0.7 | Liq.Corr.: 1.52 | P/L: 3.99 | ROE: 0.1114

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O Bradesco (BBDC4) divulgou seus resultados na véspera com um lucro ligeiramente acima do esperado ao atingir R$ 6,821 bilhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22). Segundo consenso Refinitiv com analistas, a expectativa era de que o banco registrasse um lucro de R$ 6,762 bilhões.

Assim, o conjunto de dados apresentados pelo segundo maior banco privado do Brasil foi visto de diferentes maneiras pelos analistas de mercado.

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O Morgan Stanley, por exemplo, destacou que o banco apresentou resultados fortes, impulsionados por crédito, margens mais altas e controle de custos.

“A atividade de crédito continua forte, com expansão expressiva no crédito ao consumidor (alta de 3% na base trimestral e de 23% na comparação anual, especialmente considerando a fraca sazonalidade). Isso, acreditamos, ressalta a visão positiva da administração sobre a tomada de risco e a inadimplência”, avaliam os analistas.

O índice de inadimplência e as provisões aumentaram, o que o Morgan aponta que será destacado pelos mais pessimistas. A inadimplência atingiu 3,2% no 1T22, com avanço de 0,4 ponto percentual na base trimestral e de 0,7 ponto na base anual. Já a Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) expandida foi de R$ 4,836 bilhões no trimestre, aumentando 23,8% na comparação com igual trimestre de 2020 e 12,9% com o 4T21.

No entanto, avaliam os analistas do Morgan, a inadimplência e as provisões estão apenas se normalizando, de volta aos níveis pré-Covid, após um período de baixa dada a grande quantidade de renegociações feitas em 2020 e 2021. “A nosso ver, não há evidências de que a inadimplência seja preocupante e/ou fora de controle”, avaliam.

Guidance foi positivo?

O guidance revisado para 2022 foi visto como muito positivo pelos analistas do Morgan: o banco agora espera um crescimento do NII [margem financeira líquida] ajustada ao risco de 18% ano a ano, contra 9% antes – “também uma forte declaração sobre as perspectivas de inadimplência”, segundo os analistas.

A previsão para a margem com clientes subiu da faixa de 8% a 12% para 18% a 22% e também a estimativa de crescimento das receitas com prestação de serviços no ano passou de 2% a 6% para 4% a 8%. Enquanto isso, a projeção de alta das despesas operacionais neste ano caiu do intervalo de 3% a 7% para 1% a 5%.

Já a projeção de despesa com provisão para perda com calotes agora é de R$ 17 bilhões a R$ 21 bilhões, ante R$ 15 bilhões a R$ 19 bilhões da previsão anterior.

A estimativa para crescimento de 10% a 14% da carteira de crédito foi mantida, embora ela tenha crescido 18,3% no primeiro trimestre. A projeção para o resultado das operações de seguros, de avanço de 18% a 23%, também não mudou. No primeiro trimestre, a alta foi de apenas 4,7%.

“De acordo com nossas estimativas, o novo guidance implica um crescimento do lucro líquido muito mais forte para o ano; de fato, usando o ponto médio da nova faixa de guidance, o lucro líquido seria de R$ 32,6 bilhões (neutro para trading), um aumento de 11% em relação aos R$ 29,4 bilhões anteriores. A nova orientação implica um crescimento do lucro líquido de 24% na base anual, contra 12% antes”, diz o Morgan.

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Por outro lado, o Itaú BBA vê as novas projeções com menor otimismo. A revisão das orientações para o 2022 parece positiva à primeira vista, diz o banco, mas exige uma segunda reflexão. Os analistas da casa acreditam que a revisão para cima da NII do cliente no valor de R$ 5 bilhões poderia ser compensada pela menor NII do mercado.

O guidance de despesas de provisão, embora mais realista, ainda parece um pouco otimista, dado o rápido ritmo de deterioração da inadimplência no varejo, avaliam ainda.

O banco, contudo, mantém classificação outperform para o papel, e preço-alvo de R$ 26,75 frente a cotação de quinta-feira (05) de R$ 17,73.

Olhando para os números em geral, os analistas do BBA apontaram que os destaques positivos foram o crescimento da carteira de crédito, aceleração da receita líquida de juros, despesas contidas e bons números de serviços. Já o índice de inadimplência foi o ponto fraco.

O Credit Suisse ressalta que o resultado de Bradesco estava sendo aguardado com expectativa, apontando ainda que muitos chegaram a esperar um número bem fraco e que poderia pesar no setor inteiro.

No final das contas, o trimestre ficou em linha e o guidance deu suporte para as estimativas da casa, com uma margem de clientes mais forte apesar das maiores provisões.

“O controle de custo está na pauta e deve ser mais agressivo, enquanto que a perspectiva mais favorável para taxas de serviços deve ter um papel importante nos próximos trimestres”, avaliam os analistas do banco suíço. O banco segue com recomendação outperform para o Bradesco, destacando o valuation.

Já a XP ressaltou que os resultados do 1T22 foram marcados pelo aumento das provisões e menor índice de cobertura, vendo os números como ligeiramente negativos.

Isso porque, apesar do aumento das provisões para inadimplência (PDD), seu índice de cobertura continuou caindo sequencialmente, atingindo 235% no trimestre (queda de 25,5 pontos percentuais no trimestre e 114 pontos na base anual)  e sua inadimplência continua aumentando gradualmente.

Por outro lado, a carteira de crédito cresceu 2,7% no trimestre e 18,3% no ano, estando no caminho certo para entregar seu guidance de crescimento de dois dígitos para o ano. Esse crescimento também contribuiu para o fortalecimento da Margem Financeira com clientes, atingindo R$ 15,8 bilhões (alta de 7% no trimestre e 19,6% no ano), compensando a queda do NII das operações de Mercado (que fechou o trimestre em R$ 1,2 bilhão, queda de 43% no trimestre e de 47% no ano).

A XP destacou seguir com visão conservadora para o papel e recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 26, ainda um potencial de alta de 47% frente o fechamento de quinta.

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REFLEXÃO: Harold Pollack, da Universidade de Chicago: Guarde entre 15 e 20% e invista em fundos de índices com taxa baixa.

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