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palavras-chave: BRF lucra R$ 902 mi no 4º tri, resultados de Fleury, Minerva, Localiza, Burger King e mais; CCR, Eneva e outros destaques; invistaja.info;
EUCA3 | ROE: 0.0644 | EV/EBIT: 13.36 | PSR: 1.482 | EV/EBITDA: 7.71 | ROIC: 0.0746 | Pat.Liq: 1442060000.0
BRASIL | invistaja.info — A temporada de resultados é o grande destaque do noticiário corporativo. A atenção maior fica para a Vale, que teve um lucro de US$ 739 milhões no quarto trimestre de 2020; a companhia ainda aprovou a distribuição de R$ 4,26 por ação na remuneração aos acionistas por conta do desempenho no segundo semestre do ano passado.
Já a BRF teve lucro líquido de R$ 902 milhões no quarto trimestre, alta foi de 30,8% na base anual. O lucro da Localiza disparou 76% no 4º trimestre, com aumento de preços dos veículos, enquanto a Fleury teve alta de quase 150% no lucro no 4º trimestre, com impulso de testes de Covid-19. Já o lucro da Minerva disparou para R$ 697 milhões em 2020 e a companhia propôs dividendo adicional. Depois do fechamento, Hypera apresentará seus números.
Fora do radar de balanços, a CCR assinou nesta quinta-feira aditivo do contrato de concessão da Rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Confira no que ficar de olho:
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Vale (VALE3)
A mineradora Vale teve lucro líquido de US$ 739 milhões no quarto trimestre do ano passado, ante prejuízo líquido de US$ 1,56 bilhão no mesmo período de 2019, informou a companhia na quinta.
Segundo a empresa, o resultado foi impactado principalmente por maiores despesas relacionadas ao rompimento de barragem em Brumadinho (MG), seguindo o Acordo Global para reparação, em meio a ganhos fortes no segmento de minério de ferro. O Ebitda de minerais ferrosos somou US$ 8,8 bilhões, o segundo maior da história.
Considerando todas as unidades da companhia, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações ( Ebitda) ajustado somou US$ 4,24 bilhões entre outubro e dezembro, alta de 20% ante o mesmo período de 2019.
Em reais, o lucro líquido foi de R$ 4,83 bilhões no quarto trimestre do ano passado, revertendo prejuízo de R$ 6,4 bilhões anotados no mesmo intervalo de 2019. O ganho, contudo, caiu 69% em relação ao trimestre imediatamente anterior por conta de gastos referentes ao acordo firmado com o Estado de Minas Gerais, relacionado à tragédia de Brumadinho (MG). No ano, o lucro da Vale somou R$ 24,9 bilhões, revertendo prejuízo de R$ 8,7 bilhões em 2019.
“A Vale reportou resultados mais fortes do que o esperado no quarto trimestre de 2020, com Ebitda ajustado de US $9,1 bilhões (excluindo o Acordo Global de Brumadinho de US$ 4,9 bilhões), aumento de 47% na base trimestre, 15% versus a estimativa da XP e 13% acima do consenso. O principal destaque foi a realização de preços acima do esperado em minério de ferro (US$130,7 a tonelada, alta de 17% na base trimestral, 8% acima da nossa estimativa). A geração de caixa operacional foi de US$ 4,9 bilhões, com o Ebitda mais forte”, destacou a equipe de análise da XP Investimentos.
Já o Itaú BBA classificou os resultados da Vale como “levemente positivos”. O Ebitda ajustado de US$ 9 bilhões ficou 1% acima de sua estimativa, e 4% acima do consenso, além de 46% superior ao do trimestre imediatamente anterior.
Segundo o banco, foi impulsionado pelos preços e volumes maiores do minério de ferro. O banco também destacou os dividendos de US$ 4 bilhões anunciados pela Vale. O Itaú mantém avaliação de outperform para a empresa, e preço-alvo de US$ 20 para o ADR, frente aos US$ 17,4 de fechamento na quinta (25).
A companhia ainda aprovou a distribuição de R$ 4,26 por ação na remuneração aos acionistas por conta do desempenho no segundo semestre do ano passado.
BRF (BRFS3)
A processadora de carnes BRF anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de R$ 902 milhões no quarto trimestre, acima da média das expectativas dos analistas de R$ 572 milhões, com impulso da forte demanda da China e no Brasil. A alta foi de 30,8% em relação aos R$ 690 milhões em igual período de 2019.
No ano, o lucro foi de R$ 1,39 bilhão, elevação de 14,6%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), foi de R$ 1,496 bilhão, excluindo efeitos fiscais, o que veio em linha com a previsão dos analistas.
A receita líquida teve alta de 23,5%, para R$ 11, 47 bilhões. A receita líquida cresceu 18% em 2020, para R$ 39,47 bilhões, ante R$ 33,44 bilhões em 2019.
A XP aponta que a BRF reportou resultados mais fortes do que o esperado, com um Ebitda ajustado de R$ 1,5 bilhão (ex efeitos tributários) significativamente acima da estimativa dos analistas e também cerca de 5% acima do consenso de mercado. A margem Ebitda consolidada de 13% ficou em linha com a margem do terceiro trimestre, sinalizando eficiência na gestão de sua operação em meio a um cenário de aumento no custo de matéria-prima. No comparativo anual, a margem Ebitda consolidada caiu 121 pontos-base; por outro lado, ela veio 182 pontos-base acima do esperado pelos analistas, sobretudo em função de um desempenho da operação brasileira que surpreendeu positivamente, avaliam.
“A empresa parece ter obtido sucesso na melhoria do seu mix de produtos, já aumentando o número de inovações em seu portfólio. Nesse sentido, entendemos que uma combinação de (i) marcas fortes, (ii) portfólio diversificado, (iii) inovação, e (iv) bom posicionamento dos produtos podem ser ferramentas melhores e mais eficientes do que o hedge de custos apenas. Mantemos nossa recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 30 por ação”, aponta a XP.
Minerva Foods (BEEF3)
O frigorífico Minerva Foods, maior exportador de carne bovina da América do Sul, registrou lucro líquido de R$ 697,1 milhões no acumulado de 2020, uma disparada ante os 16,2 milhões registrados no ano anterior, o que permitiu propor a distribuição de dividendos adicionais em patamar recorde, informou a companhia nesta quinta-feira.
No quarto trimestre de 2020, porém, o lucro líquido ficou em R$ 114,1, queda de 53,2% no comparativo anual. O Ebitda somou R$ 616,9 milhões no quarto trimestre, avanço de 2,2% no ano a ano.
Localiza (RENT3)
A Localiza teve um salto no lucro do quarto trimestre, uma vez o aumento dos preços dos veículos a permitiu margens maiores no negócio de seminovos, além de aceleração nos negócios de locação e de gestão de frotas.
A companhia anunciou nesta quinta-feira que seu lucro líquido de outubro a dezembro somou um recorde de R$ 401,8 milhões, 75,9% a mais do que um ano antes.
A receita líquida caiu 2,2%, para R$ 2,875 bilhões, devido a menores vendas de seminovos para atender ao pico de férias no aluguel de carros, diante da menor disponibilidade de carros novos. Porém, isso foi compensando pelo aumento de 15,7% no preço médio de venda.
A empresa também informou na quinta que seu conselho de administração decidiu que Bruno Lasansky será o próximo presidente-executivo, a partir de 27 de abril.
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Fleury (FLRY3)
O Fleury teve um salto no lucro do quarto trimestre, com o salto na procura por testes de Covid-19 e a retomada por exames e atendimentos após a flexibilização no isolamento social impulsionando receitas do grupo de diagnósticos médicos.
A companhia anunciou nesta quinta-feira que seu lucro líquido de outubro a dezembro somou R$ 139,5 milhões, um salto de 148,7% na comparação anual. Em bases recorrentes, o lucro saltou de R$ 56 milhões para R$ 155,5 milhões no período.
A receita líquida do Fleury somou R$ 928,2 milhões no trimestre, um aumento de 28,9%, com os exames de Covid-19, representando 11,1% na receita bruta e as operações em hospitais apresentaram aumento de 38,8% no faturamento.
Burger King Brasil (BKBR3)
O BK Brasil, que administra as redes de lanchonetes Burger King e Popeyes, teve prejuízo de R$ 97,3 milhões no quarto trimestre de 2020, revertendo o lucro de R$ 41,3 milhões do mesmo período de 2019.
A receita do BK teve queda de 3,7%, indo de R$ 803,4 milhões para R$ 774 milhões entre os últimos três meses de 2019 e os de 2020. As vendas comparáveis tiveram baixa de 8% nas unidades Burger King e 6,2% nas lojas Popeyes. O Ebitda teve queda de 68%, para R$ 49,5 milhões.
PagSeguro (PAGS: Nasdaq)
O PagSeguro, empresa de pagamentos do Grupo UOL com ações listadas na Nasdaq, em Nova York, registrou lucro líquido ajustado de R$ 430 milhões no quarto trimestre do ano passado, alta de 4,5% em relação a igual período do ano anterior. Trata-se do maior resultado líquido da história da companhia para um período de três meses.
O recorde, contudo, não foi suficiente para evitar que o PagSeguro terminasse 2020 em queda. O lucro líquido ajustado da empresa caiu 2,4% em comparação a 2019, ao alcançar R$ 1,434 bilhão.
O total de pagamentos capturados pela adquirente chegou a R$ 55,2 bilhões no último trimestre do ano passado, expansão de 61,2% em relação a igual período de 2019. No ano todo, o crescimento é mais tímido, mas ainda expressivo, a uma taxa de 40,7%, para R$ 161,5 bilhões.
AES Brasil (TIET11)
A elétrica AES Brasil firmou acordo com a Companhia de Ferro Ligas da Bahia (Ferbasa) para o fornecimento de 80 megawatts (MW) médios pelo prazo de 20 anos, com entrega a partir de 2024, informou a companhia nesta quinta-feira. O acordo ocorre depois de a AES Brasil, antiga AES Tietê, ter comunicado em janeiro que havia assinado um memorando de entendimento com a Ferbasa para o fornecimento de energia.
A presidente-executiva, Clarissa Saddock, afirmou que a restruturação societária não alterará as atuais políticas de pagamento de dividendos.
CCR (CCRO3)
A CCR assinou na quinta-feira aditivo do contrato de concessão da Rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A concessão da NovaDutra se encerraria no próximo domingo, 28, e foi prorrogada por um ano, até 28 de fevereiro de 2022.
Segundo informa a CCR em Fato Relevante, o aditivo foi acertado porque a ANTT não teria tempo hábil para realizar um novo leilão para licitação da concessão.
Eneva (ENEV3)
A Eneva anunciou nesta sexta-feira que a apresentou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a declaração de comercialidade da acumulação Fortuna, descoberta no Bloco PN-T-102A, na Bacia do Parnaíba.
Segundo fato relevante, a Eneva solicitou à ANP que a acumulação Fortuna receba a denominação de Campo Gavião Carcará, que será o décimo na Bacia do Parnaíba a ser declarado comercial pela empresa.
“Até o presente momento foram adquiridos 66 km de sísmicas 2D sobre a estrutura e perfurados dois poços, o descobridor e um segundo poço de extensão. A estimativa de gas-in-place (VGIP) da acumulação se encontra entre o intervalo de 9,45 Bcm (P10) a 4,49 Bcm (P90), sendo o volume estimado o Pmean, de 6,78 Bcm (bilhões de m3)”, disse a companhia.
A empresa afirmou também que dois poços de extensão e 54 Km de sísmicas adicionais já estão planejados para completar a avaliação da descoberta.
A partir da declaração, a companhia tem até 180 dias para apresentar à ANP o Plano de Desenvolvimento do campo.
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REFLEXÃO: Harold Pollack, da Universidade de Chicago: Guarde entre 15 e 20% e invista em fundos de índices com taxa baixa.
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