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Cielo (CIEL3) interrompe rali e cai 7%, mesmo após balanço forte; companhia vê desafios, mas está confiante em suas operações

Companhia destacou ganhos operacionais e afirmou que margens só não melhoram mais por conta de irracionalidade do mercado

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Edição MarketMsg e invistaja.info

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DOTZ3 | EV/EBIT: -1.9 | Div.Brut/Pat.: -0.45 | Cotacao: 1.93 | P/VP: -2.01 | Cresc.5anos: 0.0 | Pat.Liq: -126909000.0

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A Cielo (CIEL3) divulgou nesta última segunda-feira (31) seu resultado do terceiro trimestre de 2022 que foi visto, por analistas com bons olhos. A companhia trouxe lucro e receita que, de forma geral, vieram acima daquilo que era esperado pelo mercado. Para o futuro, contudo, a empresa assume que pode encontrar mais dificuldades – mas acredita que está preparada para enfrentá-las.Os papéis ordinários da Cielo, por volta das 13h20 (horário de Brasília), recuavam 7,06%, a R$ 5,53 desta terça-feira (1). A queda, porém, pode ser explicada por uma possível realização de investidores – nos últimos três pregões, as ações subiram 10%. Os papéis têm a maior alta do Ibovespa no acumulado do ano e, apesar da baixa de hoje, sobem mais de 154%.Entre os destaques negativos vistos pela empresa, e também pelos analistas, estão, principalmente, os desafios quanto ao crescimento receita e  a competição no setor de adquirentes.O volume total de pagamentos (TPV, na sigla em inglês), por exemplo, cresceu 23% na base anual, para R$ 221 bilhões. Na base trimestral o crescimento foi de apenas 0,1%, trazendo uma desaceleração, o que os executivos atribuíram à sazonalidade.Para o próximo ano, a Cielo enxerga que o crescimento do TPV tende a desacelerar mais.Segundo Filipe Augusto dos Santos Oliveira, diretor financeiro (CFO), a inflação decrescente, em 2023, pode ser negativa para a companhia, por, justamente, diminuir o volume total de transações. Além disso, o fato de a penetração dos cartões estar elevada na base histórica torna mais difícil um crescimento maior quando o assunto é clientes alcançados.Já quanto ao consumo das famílias, que também vem cambaleando, o executivo preferiu não traçar expectativas, por ser um fator difícil de se prever. Apesar de o endividamento estar alto, é possível que o recuo das taxas de juros impulsione maiores gastos dos consumidores.O mesmo recuo das taxas de juros, de acordo com Oliveira, tende, do outro lado, a diminuir os gastos da Cielo com seu endividamento, além de retirar, parcialmente, certa pressão existente na frente do retorno de capital aos acionistas.A relação e risco retorno de uma empresa aos seus acionistas considerada aceitável está diretamente ligado à taxa de juros do país – é esperado que a companhia, por oferecer mais risco do que títulos do Tesouro, pague mais do que a taxa básica.Segundo Cielo, margens não avançam mais por “irracionalidade do mercado”“É importante dizer que quando pegamos a rentabilidade do setor hoje, a Cielo é a empresa mais acertada e mesmo assim ela está abaixo daquilo necessário para pagar o custo de capital dos investidores”, explicou o CFO. “Há uma necessidade de reprecificação das taxas, mas é difícil dizer agora se isso irá continuar ou não. Se o mercado fosse racional, Cielo poderia implementar margens maiores”.A Cielo, neste momento, continuará observando seus pares e a avançar naquilo que já tem feito.“Variações macroeconômicas e em termos de competitividade vão acontecer, mas estamos apresentando disciplina”, afirmou Estanislau  Mendes, diretor executivo (CEO) da Cielo.O novo modelo comercial da adquirente, com bastante foco em grandes contas e no varejo, segundo Estanislau  Mendes, por exemplo, vem se mostrando um sucesso.“Estamos nos tornando muito mais eficientes. Conhecemos mais os clientes e apresentamos proatividade. Oferecemos serviços de pagamento mas também outros serviços com valor agregado, com softwares, por exemplo”, debateu o CEO.A Cielo apresentou uma receita operacional líquida crescendo 12,4% na base anual, chegando a R$ 2,63 bilhões no consolidado. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) saltou 45,2%, para R$ 1 bilhão, com a margem saindo de 23% para 38,2%.A companhia, no último ano, repassou preços mas também avançou por conta do recuo de despesas, com menores subsídios aos clientes, e pelo ganho de espaço de serviços – aumentando a representatividade do cartão de crédito nas transações e da antecipação de recebíveis.De acordo com a empresa, a ideia é continuar avançando na digitalização, conhecendo cada vez mais seus clientes e oferecendo os serviços que eles precisam.Analistas destacam boas margens da CieloOs esforços da adquirente na frente operacional foram bem vistos pelo mercado.O Credit Suisse definiu o resultado da Cielo como neutro, destacando, do lado positivo, a lucratividade da companhia.“Do lado positivo, o lucro líquido recorrente de R$ 422 milhões, alta de 99% no ano e 10% no trimestre, superou o nosso consenso em cerca de 8%, confirmando mais um trimestre de sólida lucratividade”, abrem os especialistas da instituição suíça. “Do lado negativo, a qualidade dos resultados veio mais fraca, com TPV suave e receitas compensadas por menores impostos e custos operacionais”.O Itaú BBA achou que o resultado foi mais forte do que o esperado e destacou o ganho de margens.“As receitas comparáveis cresceram com um mix de melhores volumes (alta de 23% no ano) e taxas. A reprecificação passou, e uma maior participação de produtos financeiro aumentou o rendimento em 3 pontos-base anualmente”, defendem os analistas do banco brasileiro. “O mix de clientes continua a melhorar com o aumento do número de pequenos e medios negócios. As margens operacionais melhoraram, compensando a pequena perda de volumes”.Do lado negativo, o BBA apontou a desaceleração do TPV e a estabilidade da base de clientes, com a companhia priorizando a qualidade ao invés da quantidade.“Ainda assim, uma boa entrega geral, equilibrando crescimento com lucratividade, suporta estimativas otimistas”, expõe os analistas.Já a Genial Investimentos aponta que o ambiente competitivo continua a proporcionar uma melhora na precificação, mas ainda veem um cenário de longo prazo com bastantes incertezas em relação ao ambiente competitivo, produtos (exemplo: PIX), regulação e novas tecnologias que podem impactar o resultado da empresa. “Por ora, acreditamos que a Cielo continue uma trajetória de recuperação dada a situação das concorrentes, mas parcialmente já precificado na bela performance das ações esse ano”, avaliam os analistas.O Credit Suisse, por sua vez, tem recomendação outperform (acima da média do mercado, equivalente à compra) para as ações ordinárias da Cielo, com preço-alvo em R$ 7,50 (upside de 24,7% frente ao preço de abertura). O Itaú BBA tem a mesma recomendação, com preço-alvo em 6,50 (upside de 8,15%). 

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REFLEXÃO: Eddy Elfenbein, dono do site Crossing Wall Street: Seja paciente e ignore modismos. Foque no valor e não entre em pânico.

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