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Cogna: troca de ativos com Eleva será catalisador? Analistas veem empresa no rumo certo, mas seguem cautelosos

Apesar de verem companhia no caminho certo e um bom potencial de valorização em relação ao preço atual dos ativos, analistas seguem com recomendação neutra

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BRASIL | invistaja.info — Após meses de conversas, as negociações para a troca de ativos das empresas de educação Cogna (COGN3) e Eleva podem ser concluídas ainda este mês, segundo informações do Valor Econômico. De acordo com analistas de mercado, a notícia é positiva para a Cogna, que busca se reerguer após um difícil ano de 2020, em que a sua ação registrou uma das maiores quedas do Ibovespa em 2020 (veja mais aqui).

A Cogna possui interesse na aquisição dos sistemas de ensino para sua subsidiária Vasta, que fez abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) na Nasdaq, enquanto a Eleva pretende adquirir as escolas de ensino fundamental em troca.

Levando em conta que os ativos possuem valores diferentes, com as escolas da Cogna com valor superior, a diferença seria paga com ações da Eleva, que por sua vez pretende realizar seu IPO ainda neste primeiro semestre.

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A Cogna possui 52 escolas com marcas reconhecidas, com receita de cerca de R$ 480 milhões nos primeiros nove meses de 2020, enquanto o sistema de ensino da Eleva possui cerca de 200 mil alunos de 300 escolas.

“Apesar de a notícia ainda não ser oficial, enxergamos como positiva para ambas as companhias e por isso esperamos impacto positivo no preço das ações da Cogna e da Vasta no curto prazo. Para a Eleva, a concretização da troca significaria trazer uma empresa mais robusta para um IPO no curto prazo, possibilitando arrecadar mais caixa para a companhia”, avalia a equipe de análise da Levante Ideias de Investimentos.

De acordo com os analistas, a troca faz muito sentido para a Cogna, que adquiriu sua primeira escola em 2018, porém decidiu focar seus esforços nos sistemas de ensino por serem algo mais escalável. Desde o IPO da Vasta, subsidiária que concentra os negócios relacionados com ensino fundamental, a companhia vem sendo cobrada por realizar uma aquisição relevante no setor.

“Enxergamos com bons olhos o modelo de negócios de sistemas de ensino, uma vez que o setor ainda possui muito espaço para consolidação no país com poucos concorrentes de grande porte. Mesmo antes das medidas de distanciamento social impostas pela crise do COVID19, já era observado tendências de digitalização na educação com os sistemas de ensino trazendo plataformas online para alunos e professores”, apontam.

O Credit Suisse aponta que as escolas representam cerca de 5% do lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) da Cogna. Se confirmado, o negócio pode aliviar a dívida e aumentar o foco nos sistemas de aprendizagem, avaliam os analistas.

O Bradesco BBI também aponta que o provável acordo poderia ser positivo para a Cogna, já que seu negócio de sistemas de aprendizagem é a área que os analistas mais veem como com maior potencial, embora os possíveis valores envolvidos no negócio ainda sejam desconhecidos.

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“Além disso, vemos este mercado como do tipo em que ‘o líder leva a maior parte’, na qual a escala é vital para diluir custos e reunir informações de mercado, de modo que a inclusão dos ativos da Eleva seria uma vantagem estratégica. A inclusão dos ativos da Eleva também diluiria a relevância da solução PAR [sistemas de ensino baseado em livros didáticos] entre a base de alunos da Cogna, que vemos como tendo menos potencial do que o resto das operações de sua subsidiária Vasta” apontam.

Apesar de verem a notícia como positiva, os analistas do BBI mantiveram a recomendação neutra para Cogna, apesar do preço-alvo de R$ 6, o que configura um potencial de valorização de 40,85% em relação ao fechamento da última quarta-feira (17).

Vale destacar que, na semana passada, o BBI reforçou a avaliação de que, apesar de ajustes positivos na estratégia da Cogna, a pressão no curto prazo permanece sobre a companhia.

Os analistas ressaltaram que a nova estratégia da companhia de ensino à distância (EAD) parece estar funcionando, já que sua base de alunos voltou a crescer, mas fazem algumas ressalvas. Em 2020, a Cogna decidiu reestruturar seu negócio presencial e introduziu uma série de medidas no segmento para aumentar a eficiência e a lucratividade. Essas medidas incluíram: (i) reestruturação do quadro de imóveis por meio da redução do número de campi operados pela empresa e renegociação de contratos de locação; (ii) encerrar sua oferta de PEP para aumentar a conversão de caixa; (iii) otimização de custos e despesas; e (iv) aprimorar seu portfólio de cursos para oferecê-lo nas modalidades mais rentáveis (EAD ou presencial) de acordo com a demanda, apontam os analistas do banco.

Contudo, a recomendação segue neutra: “no geral, embora acreditemos que os movimentos recentes da Cogna parecem estar conduzindo a empresa na direção certa, os resultados de curto prazo devem permanecer sob pressão, com uma base de alunos em declínio no segmento presencial, provisão para devedores duvidosos em níveis muito mais altos do que seus pares e tickets médios ainda sob pressão, especialmente no EAD, impulsionados por uma mudança no mix de alunos”.

Em janeiro, na mesma linha, ao comentar o início das especulações sobre a troca de ativos com a Eleva, a XP Investimentos apontou que, se a transação fosse confirmada, ela poderia ser positiva em termos de alavancagem, porém não suficientes para compensar o fluxo de notícias negativas vindos da pressão de curto e médio prazo sobre os resultados, também mantendo recomendação neutra para COGN3 com um preço alvo de R$ 5,10 por ação, ou um potencial de valorização de 19,72% frente o fechamento da véspera.

A cautela com os ativos predomina entre os analistas de mercado. De acordo com compilação feita pela Refinitiv, de 13 casas que cobrem o papel, 9 têm recomendação neutra, 3 de venda e apenas 1 possui recomendação de compra. O preço-alvo médio, contudo, é de R$ 6,74, ou alta de 57% em relação ao fechamento da véspera.

Cabe ressaltar, contudo, que também há espaço para otimismo. Em entrevista ao StockPickers no início do mês, Henrique Bredda, gestor da Alaska, destacou que “tudo de ruim que a empresa tem está nos balanços e no preço”. Analisando a relação entre risco e retorno, Bredda afirma que há muito mais para ganhar do que perder nesta tese, já que há um descrédito do mercado com a empresa. “Descrédito gera desconto”, diz. Confira a entrevista clicando aqui. 

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