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Consignado do INSS: Bradesco e Santander também suspendem linha após redução dos juros

Bancos reagiram à decisão do governo de reduzir o teto do consignado do INSS; ministro da Previdência critica ‘extorsão e chantagem contra aposentados’

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Edição MarketMsg e invistaja.info

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O Bradesco (BBDC4) e o Santander (SANB11) também suspenderam o crédito consignado para beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), após o governo federal reduzir o teto dos juros da modalidade, que tem desconto direto na folha de pagamento.Entre os grandes bancos, os dois eram os únicos que ainda não haviam confirmado a suspensão. O Bradesco confirmou em nota que suspendeu temporariamente novas contratações, enquanto o Santander retirou o produto da sua prateleira sem se posicionar publicamente sobre o assunto.Até mesmo os bancos públicos Banco do Brasil (BBAS3) a Caixa Econômica Federal pararam de ofertar a linha de crédito, o que gerou críticas do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT).Lupi está no meio da polêmica em torno do consignado do INSS, pois foi quem propôs a redução do teto dos juros. Mas o fez sem consultar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Casa Civil ou o Ministério da Fazenda (veja mais abaixo).Na sexta-feira (17), o ministro da Previdência compartilhou em seu Twitter nota das centrais sindicais criticando a suspensão do consignado pelos bancos falando em “extorsão e chantagem contra aposentados” e que o governo não deveria ceder “aos interesses dos bancos e do mercado financeiro”.“As centrais sindicais cobram do governo a utilização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal para garantir as linhas de crédito para os aposentados e pensionistas que precisarem com as novas taxas em vigência”, afirma o posicionamento endossado por Lupi.*NOTA DAS CENTRAIS: CENTRAIS CONDENAM EXTORSÃO E CHANTAGEM CONTRA APOSENTADOS*+— Carlos Lupi 🇧🇷🌹 (@CarlosLupiPDT) March 17, 2023  Bancos que suspenderam a linhaA Caixa afirmou na sexta que suspendeu a oferta do consignado “para avaliação”. Já o Banco do Brasil disse que, “tão logo haja novidades sobre a retomada das contratações no âmbito do convênio [com o INSS], informaremos”. Disse ainda que “realiza estudos de viabilidade técnica sobre as novas condições”.Além de Bradesco, Santander, BB e Caixa, ao menos outros cinco bancos também pararam de oferecer a linha de crédito: Itaú Unibanco (ITUB4), Banco Pan (BPAN4), PagBank/PagSeguro (PAGS34), Daycoval e Mercantil do Brasil.O Pan (BPAN4), um dos principais players do mercado de consignado (e um dos mais afetados pela redução do teto de juros da modalidade), confirmou que a suspensão foi “em função da redução do teto de juros aprovada pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS)”.Já o Banrisul (BRSR6) disse que a rede de atendimento própria do banco (agências, postos bancários e aplicativo) segue oferecendo o consignado INSS, mas que suspendeu temporariamente algumas operações da modalidade na Bem Promotora (um dos canais de relacionamento do Banrisul).Teto dos jurosA Federação Brasileira de Bancos (Febraban) diz que cerca de 14,5 milhões de pessoas têm uma das linhas do consignado do INSS (empréstimo ou cartão), com R$ 215 bilhões em empréstimos e um ticket médio de R$ 1.576. Diz também que os “negativados” serão os mais prejudicados.A reação dos bancos ocorre após o governo reduzir o teto dos juros do consignado do INSS (de 2,14% para 1,70% ao mês) e o do cartão de crédito consignado (de 3,06% para 2,62% ao mês) — uma queda de 0,44 ponto percentual em ambos os casos.Os novos limites foram aprovados na segunda-feira (13) pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), por 12 votos a 3, e entrarão em vigor quando a instrução normativa for publicada no Diário Oficial da União.O CNPS estipula somente o teto dos juros, mas a definição da taxa a ser cobrada cabe às instituições financeiras. Por isso que elas podem decidir não oferecer mais a modalidade de crédito, caso julguem que o novo limite inviabiliza o produto.Risco para negativadosQuestionada pela reportagem sobre a suspensão, a Febraban disse que a decisão não é coletiva e cabe aos associados, individualmente. “Cada banco tem sua estratégia comercial de negócio na concessão de linhas de crédito e não houve qualquer decisão coletiva”.“Os bancos que ofertam o consignado não reportaram à Febraban a suspensão da linha”, afirmou a federação em nota. “Cada banco tem sua política comercial de concessão de crédito, não cabendo reportar à Febraban as linhas de crédito que concedem ou deixam de conceder”.Após a redução dos juros, na semana passada, a Febraban afirmou que “neste momento, considerando os altos custos de captação, eventual redução do teto poderia comprometer ainda mais a oferta de empréstimo consignado e do cartão de crédito consignado”. “Os patamares de juros fixados não suportam a estrutura de custos do produto”.Disse também que os maiores prejudicados pela redução do teto dos juros serão os clientes. “Os novos tetos têm elevado risco de reduzir a oferta do crédito consignado, levando um público, carente de opções de crédito acessível, a produtos que possuem em sua estrutura taxas mais caras (produtos sem garantias), pois uma parte considerável já está negativada”.A Febraban afirmou ainda que 42% das pessoas que têm consignado do INSS “são pessoas negativadas em birôs de crédito” e que as duas modalidades (empréstimo e cartão) “praticamente são as únicas linhas acessíveis a esse público mais vulnerável”.Confusão no governoSegundo o jornal O Estado de S. Paulo, a mudança no teto dos juros, no momento atual de restrição de crédito, foi feita por Lupi à revelia do Ministério da Fazenda. Os novos limites geraram embaraço ao presidente Lula, devido ao custo político de uma eventual reversão da medida.O presidente chegou a criticar, na semana passada, o anúncio de medidas pelos ministros sem o aval do governo. Um dos alvos do recado era justamente o ministro da Previdência, além do ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), que divulgou um programa de passagens aéreas a R$ 200 para servidores públicos, estudantes do Fies e aposentados e pensionistas do INSS.

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REFLEXÃO: Rich Greifner, da Motley Fool: Pense a longo prazo, seja paciente e busque por retornos assimétricos.

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