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Conspiradores, pró-armas, neo-nazis: quem são os vândalos do Capitólio?

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Conspiradores, pró-armas, neo-nazistas: quem são os vândalos do Capitólio dos EUA?

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Conhecido por administrar um grupo pró-armas no Facebook, Richard Barnett afirma que foi parar no gabinete de Nancy Pelosi por acaso

Foto: AFP

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Apoiadores de Donald Trump invadem o Capitólio, em Washington, em 6 de janeiro de 2021 – AFP

AFP
07/01/21 – 19h44 – Atualizado em 07/01/21 – 20h22

Seus rostos deram a volta ao mundo desde que invadiram o Capitólio na quarta-feira, fotografados com os pés na mesa de uma congressista, desfilando com uma bandeira confederada ou sentados no gabinete do presidente do Senado.

Quem são esses apoiadores de Donald Trump, tão embriagados pela retórica do presidente que foram capazes de causar estragos no Congresso dos Estados Unidos?
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Muitos já foram identificados, incluindo a mulher que foi fatalmente ferida. A seguir, os principais pontos identificados sobre alguns deles, a maioria ativa nas redes sociais.

– Richard Barnett, o do pé na mesa-
Originário do Arkansas, este homem de 60 anos com forte sotaque sulista invadiu o gabinete da presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi.

É “minha mesa”, disse ele ao canal local KFSM 5News na quarta-feira. “Sou um contribuinte. Sou um patriota. Não é a mesa dela. Nós a emprestamos.”
Conhecido localmente por administrar um grupo pró-armas no Facebook intitulado “2A NWA STAND”, Richard Barnett afirma que foi parar nesse gabinete por acaso. “Fui empurrado”, afirmou ele, quando “estava procurando o banheiro”.
Apelidado de “Bigo”, o homem deixou uma nota ofensiva para Pelosi antes de sair.
Após os eventos no Capitólio, Barnett sabia que poderia ser preso. “Estou com medo? Não! Mas a prisão é uma possibilidade”, disse ele a repórteres após deixar o complexo.

– Jake Angeli, o dos chifres –
Com o torso nu e usando um chapéu de peles com chifres, esse “guerreiro espiritual” – como ele se descreve – atraiu como um imã os olhares de fotógrafos e cinegrafistas dos quatro cantos do Capitólio.
Natural do Arizona, Jake Angeli foi visto várias vezes em protestos pró-Trump em Phoenix nos últimos meses, sempre usando seu peculiar e agora famoso traje.
O homem de 30 anos se apresenta como “um soldado digital do QAnon”, o movimento conspiratório que fez de Trump um herói e considera a ocupação de quarta-feira uma vitória.

“Somos patriotas na linha de frente do Arizona que queremos trazer nossa energia positiva para Washington”, escreveu ele em uma publicação de dezembro na rede social favorita dos ultraconservadores, o Parler.
– Matthew Heimbach, o militante neonazista –
Fotografado junto com Jake Angeli, este homem de 29 anos de face redonda e óculos sem aro é descrito pelo Southern Poverty Law Center, um observatório de grupos extremistas, como “o rosto de uma nova geração de nacionalistas brancos”.
Ele é considerado um dos organizadores da manifestação de extrema direita em Charlottesville, na Virgínia, em agosto de 2017, na qual uma mulher foi morta por um simpatizante do neonazismo.
– Adam Johnson, o do púlpito –
Pego de surpresa pela câmera quando carregava o púlpito da presidente da Câmara, Nancy Pelosi, este homem de trinta e poucos anos com um gorro escrito Trump acenou sorridente para o fotógrafo.

Ele foi rapidamente identificado como Adam Johnson, um morador de Parrish, na Flórida, de acordo com a imprensa local.
Por enquanto, quem está sofrendo as consequências é sua esposa, uma médica. Muitos sites que fazem referência a ela estão cheios de mensagens sarcásticas sobre o vandalismo de seu marido.
– Ashli Babbitt, a mulher que morreu –
Ela foi a primeira vítima conhecida da violência de quarta-feira. Enquanto tentava atravessar uma janela quebrada em um salão do Congresso, a mulher recebeu um tiro à queima-roupa, disparado por um policial do Capitólio. Mais tarde, Ashli Babbitt sucumbiu aos ferimentos.
Na casa dos trinta anos, californiana, conspiratória e “libertária”, segundo sua conta no Twitter, Babbitt acreditava que o protesto a favor de Donald Trump em Washington seria como uma “tempestade” que tiraria o país “das trevas”.

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