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As vendas no varejo dos Estados Unidos tiveram alta em março, após dois meses de queda e com dados que ainda não contabilizam os efeitos práticos do tarifaço anunciado por Donald Trump no início de abril – que foi adiado ou atenuado na sequência. Segundo pesquisa da associação varejista NRF, em parceria com a rede CNBC, as vendas varejistas totais, excluindo automóveis e gasolina, subiram 0,6% mês a mês, com ajuste sazonal, e 4,75% na comparação anual não ajustada.
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Segundo os dados do Retail Monitor, em fevereiro tinha ocorrido uma queda de 0,22% na comparação mensal e uma alta de 3,38% na anual.
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“As vendas no varejo aumentaram em março, mas apenas moderadamente, e os gastos vieram antes do anúncio tarifário do ‘Dia da Libertação’ do presidente”, disse o presidente e CEO da NRF, Matthew Shay.
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Ele destacou a retração observada nos últimos meses ocorreu apesar dos fortes fundamentos econômicos, impulsionada pela incerteza causada pelas tarifas. “O aumento de março é em parte o resultado de estocar para se antecipar às tarifas. Com as perspectivas econômicas incertas e a situação fluida, o sentimento do consumidor está enfraquecendo e muitos consumidores estão migrando a renda disponível para a poupança”, explicou.
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Os resultados de março refletem os gastos do consumidor feitos após o presidente Trump anunciar tarifas sobre China, Canadá e México, em fevereiro, mas antes da tarifa mínima de 10% sobre todos os parceiros comerciais dos EUA em 2 de abril, juntamente com tarifas “recíprocas” abrangentes sobre dezenas de países.
As tarifas recíprocas foram suspensas por 90 dias, mas tarifas adicionais sobre a China resultaram em uma escalada entre a China e os EUA.
Mesmo antes disso, no entanto, uma pesquisa realizada para a NRF pela Prosper Insights & Analytics descobriu que 46% dos consumidores disseram que estavam estocando eletrodomésticos, roupas e outros itens no início de março porque estavam preocupados com a possibilidade de ficarem mais caros após as novas tarifas.
A associação explica que ao contrário dos números baseados em pesquisas coletados pelo Census Bureau, o Retail Monitor usa dados reais e anônimos de compras com cartão de crédito e débito compilados pela Affinity Solutions, sem revisões mensais ou anuais.
As vendas de março aumentaram em toda a linha em uma base anual, lideradas por produtos digitais, lojas de mercadorias em geral e lojas de artigos esportivos, hobby, música e livros. As vendas aumentaram em cinco das nove categorias na base mensal.
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REFLEXÃO: Rich Greifner, da Motley Fool: Pense a longo prazo, seja paciente e busque por retornos assimétricos.
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