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Correndo contra o tempo, Apple enche aviões com iPhones da Índia para os EUA

Empresa realizou cinco voos em três dias para manter estoques antes da tarifa de 10%; consumidores nos EUA antecipam compras temendo aumentos

Negociando na bolsa de valores

Edição MarketMsg e invistaja.info

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LIGT3 | P/Ativo: 0.071 | Cresc.5anos: 0.0207 | EV/EBITDA: 3.58 | Mrg.Liq.: 0.1105 | P/VP: 0.35 | Liq.Corr.: 1.42

A Apple antecipou embarques de iPhones e outros produtos da Índia e da China para os Estados Unidos no fim de março, com o objetivo de evitar os efeitos de uma nova tarifa de 10% imposta pelo governo Donald Trump. A operação, que envolveu cinco aviões em apenas três dias, ocorreu dias antes da entrada em vigor da medida, no dia 5 de abril, segundo a imprensa local.

A movimentação logística permitiu à empresa reforçar seus estoques nos EUA com produtos ainda isentos da nova alíquota. “As reservas que chegaram com a tarifa anterior vão proteger temporariamente a Apple dos preços mais altos dos novos embarques”, disse uma fonte ouvida pelo jornal Times of India.

O esforço logístico coincidiu com um aumento incomum na demanda nas lojas americanas. Segundo a Bloomberg, consumidores correram para antecipar a compra de iPhones, temendo que os preços subissem com a nova tributação. Funcionários relataram movimento semelhante ao de épocas festivas, mesmo fora da temporada de lançamentos.

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Apesar da mudança no cenário tarifário, fontes afirmam ao jornal que a Apple não pretende, neste momento, aumentar preços em mercados como a Índia. No entanto, a empresa avalia os efeitos das tarifas sobre sua cadeia de suprimentos global, e eventuais ajustes não seriam limitados aos Estados Unidos.

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As tarifas impostas pelo governo americano fazem parte de um pacote mais amplo, que elevou para 54% as taxas sobre produtos da China e para 26% sobre os da Índia. A Apple, que depende fortemente da produção chinesa, viu suas ações caírem 19% após o anúncio — a pior sequência desde a crise das pontocom, segundo o Wall Street Journal.

Para mitigar riscos, a companhia pretende ampliar o envio de iPhones montados na Índia para os EUA. Estimativas do Bank of America indicam que a Apple deve produzir cerca de 25 milhões de unidades no país este ano, o que poderia cobrir até metade da demanda americana, caso toda a produção fosse redirecionada.

Do lado indiano, o governo vê a crise comercial como uma oportunidade estratégica. “Estamos diante de uma chance única na história”, afirmou o ministro do Comércio, Piyush Goyal, em evento realizado em Mumbai. Ele defendeu que a Índia está preparada para se beneficiar das mudanças na estrutura do comércio global.

Enquanto isso, a Apple busca uma solução mais duradoura. Segundo o Wall Street Journal, a empresa tenta obter uma isenção da tarifa — algo já conseguido por Tim Cook durante o primeiro mandato de Trump. Por ora, a companhia considera o momento instável demais para rever sua cadeia produtiva, que segue centralizada na China.

Segundo analistas, a nova tarifa sobre produtos chineses pode adicionar cerca de US$ 300 ao custo de produção de um iPhone 16 Pro, hoje vendido a US$ 1.100. A alternativa de transferir a produção para os Estados Unidos foi descartada devido aos custos muito mais elevados.

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REFLEXÃO: Ben Carlson, autor de A Wealth of Common Sense – A riqueza do senso comum, em tradução livre: Menos é mais. O processo de investimento deve ser mais importante que os resultados. Comportamento correto na hora de investir é a chave.

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