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palavras-chave: CPI deixa Fed mais confortável para reduzir ritmo de juros, mas não para antecipar cortes, dizem analistas; invistaja.info;
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ListenToMarket: CPI deixa Fed mais confortável para reduzir ritmo de juros, mas não para antecipar cortes, dizem analistas – Áudio gerado às: 15:30:57
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A inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) anunciada hoje, de 7,1% anualizados em novembro, confirma a trajetória descendente dos preços nos Estados Unidos e permite que os Federal Reserve reduza sem questionamentos o ritmo de alta dos juros na reunião de amanhã. O indicador divulgado nesta terça-feira (13) era o último dos grandes dados econômicos esperados antes da decisão do Fed. Segundo os analistas, cresceu a chance que o ciclo de aperto monetário se encerre em algum momento a partir do primeiro trimestre de 2023.Angelo Polydoro, economista da ASA Investments, disse que o número foi uma boa surpresa, especialmente os preços dos bens. Nessa categoria, a variação trimestral anualizada já aponta queda de 3,5%. “A gente já tinha visto um número perto de zero na última divulgação e numa sequência de desaceleração. Esse número negativo consolida a narrativa de que a inflação de bens está moderando”, disse.Ele atribuiu isso à normalização das cadeias de oferta e ao fato de que as pessoas estão sendo obrigadas a reduzir o consumo de bens mais caros e focando nos produtos mais essenciais.Polydoro disse que até inflação de serviços mostrou uma moderação no mês (embora ainda esteja 7,2% mais alta que no ano passado). “Esse é o grupo que vai dizer o quanto Fed vai estar confortável para poder parar (o ciclo de alta), e onde ele vê o efeito da política monetária no mercado de trabalho”, explicou.O economista da ASA afirmou que o conjunto de número divulgado hoje vai dar o conforto suficiente para o Fed desacelerar o ritmo de alta para 50 pontos-base amanhã. Mas ele não acredita que o discurso da diretora do banco vai mudar por conta disso porque o Fed precisa se manter conservador, ou “hawkish” em sua comunicação.William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, afirmou que o CPI confirmou a desaceleração dos preços ao consumidor, que atingiram o pico em junho e depois arrefeceu. Ele concorda que o tom do Fed deva ainda um pouco duro amanhã porque alguns dados sugerem cautela. “A gente ainda vê um aumento nos preços de acomodação ou moradia (“shelter”), que é uma coisa que preocupa. Você não vê uma melhora substancial nisso”, alertou.Alvez ainda vê uma necessidade de o Fed adotar a postura mais “hawkish” como uma forma de ajustar expectativas de mercado. Até poque a inflação de 7,1% ainda está muito longe dos 2% de meta do Baco Central americano.Já Itaú destacou que núcleo do CPI dos EUA ficou em 0,20% na comparação mensal, abaixo da projeção do banco. “A surpresa negativa deveu-se a quedas mais fortes do que o esperado em carros usados, passagens aéreas e a outro número fraco de assistência médica”, listou o banco em relatório assinado por Bernardo Dutra e Gabriella Garci.Para o banco, a inflação de bens deve manter tendência de queda com menores pressões de restrição de oferta, a habitação deve manter seu ritmo atual, mas também desacelerando entre o primeiro e segundo trimestres de 2023.. Ainda segundo o banco, outros serviços essenciais ainda podem mostrar força com base na resiliência do mercado de trabalho.O Itaú também espera para amanhã desaceleração do ritmo de alta para 50bps. “Além disso, esperamos que Powell (Jerome, presidente do Fed) sinalize uma possibilidade aberta entre uma alta de 25 ou 50 pontos-base na reunião de fevereiro”, estimou o relatório.Victor Candido, economista-chefe da RPS, disse que o CPI de novembro mostrou que, para a inflação americana, o pior já passou, principalmente nos preços dos bens. “A gente tem visto uma melhora nas cadeias globais de valor e isso tem dado uma ajuda adicional. É preciso ficar de olhos parte de “housing” (habitação), que ainda tem subido.Para Candido, a pausa do Fed em juros pode vir já em fevereiro. Ele espera agora que a taxa terminal (a que marca o fim do ciclo) fique em 5% e não nos 5,25% anteriores.Para o BTG Pactual, o resultado do CPI mostrou-se mais construtivo, com desaceleração em componentes importantes do núcleo e com uma descompressão disseminada. O dado, portanto, reforça a expectativa de desaceleração do ritmo de alta de juros para 50 bps na reunião do Fomc na quarta-feira (14).O banco faz a ressalva que “a despeito da melhora na composição do CPI, Powell deve manter o tom ‘hawkish’ com o cenário de inflação, sinalizando que o menor ritmo será utilizado para calibragem da taxa terminal, ressaltando a necessidade de novas altas de juros e manutenção da estratégia “higher for longer” (mais alto por mais tempo), especialmente em meio a reprecificação da taxa de juros para final 2023, atualmente em 4,3%.”
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