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Dados fracos da China podem ser só começo de desaceleração maior e impactam mercado de petróleo e minério

Crescimento da produção industrial e das vendas no varejo da China desacelerou com força e ficou abaixo do esperado em julho

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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BRASIL | invistaja.info — A semana começou negativa para a maior parte dos mercados, com as novas restrições para diminuir o impacto da pandemia do COVID-19 desacelerando a economia do país que primeiro tinha se recuperado do Covid-19: a China.

A economia do gigante asiático deu sinais de desaceleração acima do que era esperado em julho. A produção industrial cresceu 6,4% na comparação anual, de 8,3% em junho (ante 7,9% esperado). As vendas no varejo aumentaram 8,5% (12,1% em junho, 10,9% esperado).

Além das novas restrições contra a Covid, o desempenho mais fraco é atribuído à redução dos estímulos governamentais e  escassez de insumos de produção.

Os preços das commodities operam em queda nesta segunda, devido ao menor crescimento na China, com o petróleo WTI com vencimento em setembro em baixa de 2,5%, enquanto o brent com vencimento em outubro tem baixa de 2,25%.

Enquanto isso, vale destacar o movimento do minério de ferro nas últimas semanas, que já repercutiam os dados fracos anteriores da economia chinesa, entre outros fatores, como a própria atuação do governo no setor. Os preços do minério passaram de US$ 225 por tonelada em maio para cerca de US$ 165 por tonelada recentemente.

Cabe destacar ainda que, de acordo com dados recentes do National Bureau of Statistics (NBS), a China produziu 86,79 milhões de toneladas de aço bruto em julho, queda de 7,6% em relação a junho e 8,4% em relação a julho de 2020.

A produção acumulada no ano foi de 649,33 milhões toneladas, um aumento de 8% em relação ao ano anterior. A produção de aço bruto mensal caiu para o nível mais baixo desde abril de 2020, também em decorrência dos aumentos de controles de produção realizados pelas autoridades chinesas. O objetivo é manter a produção em relação à 2020, enquanto as autoridades de Pequim buscam reduzir as emissões de carbono.

Além disso, a produção de ferro-gusa da China foi de 72,85 milhões de toneladas em julho, queda de 8,9% na comparação anual, e a produção de janeiro a julho foi de 533,50 milhões de toneladas, ainda em alta de 2,3% no ano.

De acordo com a China Iron and Steel Association (CISA), o foco é reduzir a produção de aço bruto em empresas com baixo desempenho ambiental, alto consumo de energia e tecnologia defasada, destaca a XP.

Para isso, Pequim enviou equipes de inspeção para governos locais e usinas para verificar se os cortes na capacidade e produção de aço estão sendo implementados. Altos-fornos defasados estão sendo desligados e a produção vem sendo limitada nas usinas mais poluentes.

Esfriamento contínuo da economia

Carsten Menke, da Julius Baer, avalia que o amplo conjunto de indicadores econômicos desta segunda mostrou um esfriamento contínuo da economia chinesa em julho, com a desaceleração pela pandemia sendo agravada pelas enchentes ao longo do rio Yangtzé.

Menke também reforça que mais especificamente, os dados também mostraram a queda mais acentuada na produção de aço em mais de uma década, o que pesou sobre a demanda de minério de ferro das siderúrgicas e fez os preços despencarem.

O crescimento dos investimentos em ativos fixos, da produção industrial e das vendas no varejo foi mais lento do que o esperado, mas ainda aponta para um cenário econômico sólido. Aprofundando os dados de investimento, o setor de infraestrutura foi o mais fraco, seguido pelos setores de construção e manufatura. Juntos, esses três são responsáveis ​​por cerca de dois terços do consumo de aço chinês.

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“Embora o governo tenha expressado sua preocupação sobre a alta produção de aço e tomado medidas para controlá-la, acreditamos que essa queda acentuada também mostra claramente que os volumes atingiram níveis insustentáveis”, aponta o analista.

Ele destaca que não vê os níveis atuais dos preços das commodities como uma oportunidade de compra, uma vez que o equilíbrio do mercado deve continuar a suavizar.

David Wang, do Credit Suisse, também destaca que os dados recentes da economia chinesa mostram um cenário de desaceleração e que, com o retorno das restrições da Covid, provavelmente se agravará ainda mais no futuro. O investimento em infraestrutura caiu drasticamente visto que os gastos fiscais ficaram notavelmente para trás e a emissão de títulos do governo foi lenta. Em relação ao investimento em manufatura, os dados mostraram uma moderação e as pressões de custo provavelmente pesarão sobre sua capacidade de aumentar o investimento em capital.

Por outro lado, o governo também pode fornecer mais cortes de impostos e isenções para atualização de equipamentos para reduzir as emissões de poluentes. Assim, Wang acredita que o momentum de investimentos em manufatura pode permanecer intacto.

Já sobre as vendas de varejo das grandes empresas, impactadas pelo efeito de base menos favorável e medidas de distanciamento social mais rígidas implementadas, Wang espera que as autoridades adotem algumas medidas de afrouxamento na frente monetária em comparação com o primeiro semestre, e que as mudanças devam acontecer entre o presente momento e o final do primeiro trimestre de 2022. Ele também ressalta que já é bem aceito que o escopo regulatório da China se tornaria mais amplo nos próximos anos, mas ainda há debate sobre a forma das novas regulamentações serem introduzidas.

Revisão para baixo nas estimativas para ações brasileiras

Cabe ressaltar que, em meio ao cenário mais negativo para o minério de ferro, entre outros fatores, o Itaú BBA revisou as suas projeções para as ações do setor de mineração e siderurgia Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3). Eles também incorporaram os resultados de segundo trimestre, novas projeções de PIB e câmbio e uma expectativa de maior custo de capital para essas empresas.

Os analistas apontam que, apesar da média estimada por eles para o minério de ferro em 2021 ter subido levemente de US$ 150 a tonelada para US$ 170 a tonelada, vemos um cenário desafiador para a commodity, destacando os dados recentes indicando queda na produção de aço na China.

Para eles, as perspectivas de valorização da CSN e da Usiminas não representam proposições atraentes de risco e recompensa. Assim, o banco reduziu a recomendação para ambos os papéis de outperform para market perform (perspectiva de valorização dentro da média do mercado). O preço-alvo para CSN passou de R$ 61 para R$ 48 (ainda  alta de 12,6% frente ao fechamento de sexta-feira) e para Usiminas passou de R$ 28 para R$ 24 (ainda alta de 13,5% em relação ao fechamento de sexta).

Além disso, foi reduzido o preço-alvo dos American Depositary Receipts (ADR, na prática, os papéis da companhia negociados no exterior) da Vale de US$ 26 para US$ 25 e da Gerdau de R$ 45 para R$ 40, com potencial respectivo de ganhos de 21,1% e 27,8% em relação ao fechamento da última sexta-feira. A recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) foi reiterada para os papéis das duas companhias.

Com relação à CSN, os analistas do BBA veem a empresa com custos maiores no segmento de mineração, o que vai mitigar os preços realizados de aço doméstico mais altos. Da mesma forma, a normalização no preço da commodity deve afetar os números de Usiminas.

A Vale, por sua vez, deve seguir se beneficiando do forte volume de produção mesmo com a queda nos preços do minério, podendo distribuir cerca de US$ 5 bilhões em dividendos extraordinários. A normalização no mercado de aço deve afetar os preços da Gerdau; Contudo, como a Gerdau não tem exposição ao minério, isso a ajuda, aponta o BBA.

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REFLEXÃO: Michael Batnick, gestor de patrimônios da Ritholtz: Evitar erros catastróficos é mais importante do que construir o portfólio perfeito.

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