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De Magazine Luiza a Mercado Livre: veja as maiores compradoras de startups na América Latina

Estudo mostra alta nos investimentos em startups da América Latina. Aporte em negócios brasileiros do tipo cresceu mais de 16 vezes entre 2016 e 2021

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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ORVR3 | EV/EBIT: 37.44 | ROE: -0.1669 | DY: 0.0 | Liq.2meses: 16860100.0 | ROIC: 0.0814 | Cotacao: 28.03

BRASIL | invistaja.info — O interesse de grandes empresas pelas startups tem crescido na América Latina – e as principais compradoras são conhecidas dos brasileiros.

O Magazine Luiza (MGLU3) é a empresa que mais comprou negócios escaláveis, inovadores e tecnológicos da região entre 2018 e 2021. Suas aquisições foram noticiadas com frequência, reforçando os planos de se tornam um super aplicativo nos moldes das gigantes chinesas do comércio digital. A lista de maiores compradoras também tem empresas como Linx (LINX3), Locaweb (LWSA3), Méliuz (CASH3) e Mercado Livre (MELI34).

O ranking é parte do Relatório Sling Hub Latam, feito pela plataforma de inteligência de dados em inovação Sling Hub. O relatório concentra informações de 24.409 startups e 656 investidores em países como Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai.

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O número de aquisição provavelmente será recorde neste ano na América Latina. Até agosto de 2021, 195 startups regionais foram compradas em processos de M&A (fusão e aquisição). Em 2020, aconteceram 200 negociações do tipo. 83% de todas as startups adquiridas na América Latina foram brasileiras.

O país também tem alta representação do outro lado do balcão: das 10 maiores empresas compradoras, oito são nacionais. As exceções são a irlandesa Accenture e a argentina Mercado Livre.

“A Magalu é a maior compradora de startups hoje na América Latina, com 25 empresas adquiridas. Essa informação que só reforça a importância da companhia no ecossistema brasileiro”, analisa em comunicado João Ventura, CEO da Sling Hub.

Uma das últimas compras anunciada pela empresa foi a maior de sua história: o site de games e tecnologia Kabum!, por R$ 1 bilhão em recursos financeiros mais outros valores em transferência de ações do Magazine Luiza. As vendas do e-commerce do Magalu avançaram 46,4% no segundo trimestre de 2021. O lucro líquido foi de R$ 95,5 milhões, ante prejuízo de R$ 64,5 milhões registrado entre abril e junho do ano passado.

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Mais dinheiro, mais unicórnios

O maior número de processos de fusão e aquisição com startups reflete o crescimento das empresas escaláveis, inovadoras e tecnológicas na América Latina. E o Brasil concentra 77% das startups da região. São 17.987 negócios do tipo, ou uma startup para cada 12 mil habitantes. Essa é a maior concentração de startups por habitante na América Latina, seguida pela concentração do Chile (17 mil) e do Uruguai (22 mil).

Essas empresas também captam mais investimentos a cada ano na América Latina. Entre 2016 e 2021, o único ano que apresentou queda em relação ao anterior foi 2020, marcado pela pandemia do novo coronavírus. O investimento passou de US$ 937 milhões em 2016 para US$ 13,2 bilhões até este momento de 2021. É um crescimento de 14 vezes.

Especificamente no Brasil, não houve ano de queda. O volume de investimento passou de US$ 569 milhões em 2016 para US$ 9,238 bilhões até este momento de 2021. A expansão foi de 16,2 vezes.

No acumulado deste ano, o crescimento do dinheiro colocado em startups está em 109% sobre 2020 na América Latina. Desde o início de 2016, o total investido na região foi de US$ 36,1 bilhões em 5.175 rodadas. No Brasil, o crescimento está em 138% sobre 2020. O total investido nas startups do país desde 2016 é de US$ 22,9 bilhões em 2.819 rodadas.

O Brasil também se tornou o mais relevante em termos de unicórnios, ou startups avaliadas em ao menos US$ 1 bilhão. A Argentina foi único país latino-americano a produzir unicórnios durante uma década, com Mercado Livre em 2007 e Decolar em 2017. Esse cenário mudou em 2018. Sete startups brasileiras ultrapassaram o valor de mercado de US$ 1 bilhão. No mesmo ano, Colômbia e México também entraram para o clube dos unicórnios.

Atualmente, 60% dos unicórnios latino-americanos são brasileiros. 21 dos 34 unicórnios pertencem ao país, segundo a Sling Hub. A plataforma de inteligência de dados incluiu empresas que atingiram a avaliação bilionária sendo empresas públicas, como PagSeguro e Stone, e também coloca a Nuvemshop como brasileira, ainda que seus fundadores sejam argentinos.

Enquanto os M&As têm a lista de maiores compradoras, os investimentos têm a lista de maiores apostadores em negócios que virariam unicórnios. A empresa de telecomunicações japonesa SoftBank ocupa o topo do ranking, investindo em 13 dos 34 unicórnios da América Latina. Os americanos Tiger Global e Endeavor completam o pódio, com 11 e 10 unicórnios respectivamente.

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